terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

O profeta Eliseu preferiu continuar no liseu e não aceitou a peita do general da banda podre




Eliseu dando um empurrãozinho na carruagem de fogo do profeta Elias


Reginaldo Bispo, de São Paulo, tascou na mosca: “quando o povo descer do morro e não for carnaval, pode ter certeza de que é a revolução”.
Enquanto isso, vamos para o retiro espiritual, ler a Bíblia, estudar o “livro santo” para fins de purificação e orientação neste mundo de ilusões e sacanagens. Nesses tempos em que a chamada grande mídia carrega no tema “corrupção” para fazer o caminho de outros corruptos que não estão mais no plantão e esperam sua vez, abra-se o sagrado livro em Reis II, capítulo 5º, que conta a história de um general sírio chamado Naamã. Esse milico tinha lepra e o profeta Eliseu o orientou para se banhar no rio Jordão, mergulhar sete vezes para se curar do mal. Deu-se então o prodígio: o general acreditou e acabou por se curar.
Agora, vem a parte mais edificante do enredo. O general Naamã ficou muito grato ao profeta Eliseu. Como era um sujeito rico, mandou seu servo chamado Geazi levar ao Eliseu uma pequena fortuna em dólares mediterrâneos, letras de câmbio, ações da Petrobras, cheques pré de prefeitinhos safados e fundos imobiliários com isenção do imposto de renda, além de jóias roubadas dos povos conquistados. Eliseu, sendo um sujeito simples e honesto, recusou o presente, a chamada peita. Foi então que o servo Geazi viu a oportunidade realmente de ouro para tirar o pé da merda. Embolsou os presentes e disse ao general que Eliseu ficou muito agradecido e coisa e tal, na maior cara de pau.
Sabendo da treta, o profeta Eliseu ficou muito irritado. Orou ao Deus e recebeu orientação para exemplar o tal subordinado pelo desvio de recursos. Deus então foi claro: “a sentença é que esse servo pegue a mesma lepra que consumia o general pelo seu ato de ganância”. Não satisfeito, Eliseu pediu e foi atendido, para estender o castigo a todos os parentes vivos ou por viver, do azarado corrupto. De modo que, até a terceira geração, os descendentes de Geazi já nasciam com hanseníase.
Tudo bem que Geazi pagasse pelo seu ato de desonestidade, mas, o que os seus descendentes tinham a ver com isso? Os filhos de Geazi pegaram lepra por causa do erro de seu pai, consegue ver justiça nisso?”, diz o comentarista de Facebook. Outro comentarista lembra a história de Adão e Eva. Só porque Adão vacilou e Eva abriu as pernas para a cobra, até hoje a humanidade nasce com o tal “pecado venial”, caminho para os pecados mortais ou capitais, entre eles a luxúria, muito em voga nesses tempos carnavais. 

De modo que Geazi, o malsucedido corrupto, foi vítima da delação premiada do tal Eliseu. Sua divindade pegou pesado e avisou: “No meio de ti aceitam-se subornos para se derramar sangue; recebes usura e lucros ilícitos, e usas de avareza com o teu próximo, oprimindo-o. E de mim te esqueceste, diz o Senhor Deus. Eu certamente baterei as mãos contra o lucro desonesto que ganhastes...” Ezequiel 22:12-13. Portanto, senhores banqueiros e grandes financistas do mundo, pastores voadores, padres avarentos, fariseus e filhos do Diabo, políticos de resultado e ratos afins, tratem de preparar o lombo que os castigos da divindade estão a caminho.

Mas, aqui pra nós e mudando de assunto: não fica essa sensação de que você desperdiçou sua vida se não participou do carnaval?

domingo, 7 de fevereiro de 2016

POEMA DO DOMINGO



Carnaval...

Meu fumo e minha ioga
Você é minha droga
Paixão e carnaval
Meu zen, meu bem, meu mal

Caetano Veloso


Mas nós dançamos no silencio, 
Choramos no carnaval, 
Não vemos graça nas gracinhas da TV
Morremos de rir no horario eleitoral..

Engenheiros do Havaí


Custei a compreender que a fantasia
É um troço que o cara tira no carnaval
E usa nos outros dias por toda a vida.

Aldir Blanc


Eu conheci uma guria que eu já conhecia
de outros carnavais com outras fantasias
Ela apareceu, parecia tão sozinha.
Parecia que era minha aquela solidão.

Engenheiros do Havaí


Quando o futuro é arquitetado
Por um carnaval de idiotas em amostra
Seria melhor você ficar quieto.

Coldplay


Quem me vê sempre parado, distante
garante que eu não sei sambar
tou me guardando pra quando o carnaval chegar
eu tô só vendo, sabendo, sentindo, escutando
e não posso falar
tou me guardando pra quando o carnaval chegar...

Chico Buarque


Carnaval, Carnival, Carneval...

Vida, carnaval:
Euforia no começo,
Cinzas ao final...

Francimar Prestes Leal


Aquelas máscaras me faziam sentir
Estar na festa de fevereiro baby
E eu odeio carnaval
Foi-se o tempo de me forçar

Nana Caê


Sei que nosso amor vai durar pouco
Porque começou pelo fim.
Mas está belo nosso carnaval...
Ah, passista! Como está belo nosso carnaval...
Mesmo com tanta folia,
Quebrada de dia,
Mesmo com tanto caco de sonho,
Ainda assim vale a pena me cortar.

Rosemary Chaia


Eu não quero mais chorar
Por causa de um amor qualquer
Minha dor tem que acabar
No carnaval, se Deus quiser

Gilberto Gil


Corpos vestidos de pele humana é fantasia barata.
E na sua simplicidade faz mais sucesso que penas de pavão,
Em desfiles, nos concursos, clubes e nas camas.
Entre na brincadeira porque depois tudo vira cinza mesmo.
Retira essa tua máscara de ano inteiro e desfile a fantasia que você é.

Jack Bosman



sábado, 6 de fevereiro de 2016

Papo de coroa nostálgico do carnaval


Eu brincando de brincar carnaval com a galera do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar

No meu retrovisor imaginário, vejo mestre Chico do Doce tocando seu banjo, com o eterno Nabor Nunes vestido de bebê chorão e cagado de abacate nos fundilhos da frauda, empurrando o “anda já”, imensa chupeta pendurada no pescoço e uma mamadeira de cachaça de cabeça.

De repente, dobra a esquina o pastoril de Aguiar e um bebinho fantasiado de doutor de próstata, querendo examinar as falsas meninas do azul e do encarnado. Outra autoridade do carnaval, Iomar rege a batuta da escola de samba, brigando com Zé Dudu pra ver quem botava a batucada mais ritmada e as alas mais bem vestidas.

“Faça tudo o que você mais teme”, dizia o reclame do uísque Johnny Walker naqueles tempos passados. No caso dos machos, o que mais receiam é serem confundidos com os “macho-fêmeas”, como antigamente se apelidava o homossexual. Daí a multidão de homens vestidos de mulher, alguns suspeitosos.

No velho Itabaiana Clube, a elite brincava com seus melhores trajes e sua excelente lança perfume importada. Zuquinha Tavares, Ivon Rabelo, Orlando Araújo, Zé Mário Pacheco, Cazuzinha, Luiz e Nair Ramos esnobavam nos bailes com suas saias de filó, suas fantasias de malandros, turcos, chinesas, rei momo e o indefectível Pierrot.

A saudade, essa companheira inseparável que assiste ao enterro de nossa última quimera, parafraseando o poeta, ela bate danada nesses dias de carnaval para os sessentões como este blogueiro que vos tecla. Da festa de hoje, não pretendo falar. Apenas manter um distanciamento tipo cordão sanitário. Confesso que não tenho saquinho para levar o arrastado e cansativo debate sobre o passado e o presente. Esse lance de choque de gerações é de endoidar o cabeçote do mancebo nostálgico. Nos tempos que correm, emburrecidos pela indústria da cultura de massa, os garotos e garotas rolam soltos no lixo musical do carnaval. O que ocorre é o massacre do bom gosto e das possibilidades de discernimento. Na velocidade da metralhadora vulgar, o refinamento deslumbrativo é assassinado. 

E o que é que eu tenho com isso? Só me resta perseguir meu pedaço de beleza mundo afora, ou no interior das nossas mais enternecedoras lembranças.


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Carnaval dos hominídeos sem cérebro


“Neste carnaval, que tal uma fantasia de presos da Lava Jato? É só algemar o braço de um no outro e evitar a delação premiada. Pode até levar um amigo mascarado de Japonês da Polícia Federal. Vale também um Cerveró — um olho fiscalizando as saliências da cintura para cima; outro da cintura para baixo.” – Xico Sá.

Carnaval pode ser sinônimo de música ruim, putaria, gente bêbada beijando na boca e pulando atrás de um caminhão, orgia pública, cachaceiros e maconheiros com dedinhos levantados e sorrisos de idiotas cantando alalaô... 

“O Carnaval é uma festa Cristã em comemoração à traição de Judas Iscariotis, na qual é realizado um famoso ritual de sacrifício humano à Deusa da Bunda feito por povos indígenas pouco desenvolvidos da região do Rio de Janeiro. As pessoas, geralmente mulheres seminuas, são obrigadas a vestir fantasias pequenas e que não cobrem quase nada do corpo, usar maquiagem pesada e sambar até a morte, por uma longa passarela, ou ser atropeladas por um carro alegórico gigante com alguma tema sem graça. As vítimas, conhecidas como passistas, geralmente se unem em bandos, e sambam juntas em direção ao holocausto, enquanto uma turba em êxtase os observa da arquibancada. Isso geralmente ocorre em fevereiro, no solstício de verão e praticamente nos outros 364 dias de folias das micaretas, sem que nenhum otário,trouxa ou boçal se enjoe desse troço todo.” (Desciclopédia).

Na cidade Itabaiana do Norte, segundo meu compadre Marconi Lucena, teremos o primeiro carnaval silencioso do Brasil. É que, pela lei, o barulho em área residencial próxima a comércio não pode exceder os 55 decibéis durante o dia e 50 decibéis durante a noite. A Promotoria Pública proibiu a zoadeira. Os críticos afirmam que tais medições são impraticáveis no caso dos paredões, que são 40 mil caixas de som transportadas por um carro, tocando o fino do cocô pseudo musical. “Carnaval sem paredão de som não é carnaval”, reclama o mano que é fã da “Metralhadora”, o hit das dez mais bostais do carnaval 2016, glória do funk batidão. “Caralho véi, essa velharada não tem gosto pra música de farra, carnaval é carnaval, sem sensura por favor”, reclama o mano de boné, óculos raibunda que parecem olhos do ET, tatuagem e bermuda, querendo fazer parte da subcultura do rock, fingindo ser bandido, mas é falso, Bandido é mais inteligente. 

O Ministério da Saúde Adverte: Ouvir funk pode causar demência irreversível.



terça-feira, 2 de fevereiro de 2016




BOM DE COPO

Acabei de ler “Hollywood”, de Charles Bukowski. O cara bebe cerveja, uísque, vodca, vinho e conhaque do começo ao fim, da primeira à última página. É um profissional do birinaite. Do livro em si, não gostei muito. Longe de ser “o Grande Romance Americano”.

O livro conta os lances de um roteiro que Bukowski fez para um filme que fala de... bêbados profissionais. É sobre a produção desse filme com orçamento limitado, “um filme que quase ninguém quer fazer e quase ninguém vai pagar para ver.” Lembrei dos meus compadres cineastas Marcos Veloso e Jacinto Moreno. Os dois, aliás, ex-bebedores e eternos amantes do cinema "vai à força". 


PODRES PODERES

O poder do Estado nos faz idiotas. Em Itabaiana, paga-se uma taxa de iluminação pública que, em si, é ilegal. O prefeito de lá, achando pouco, aumentou em mais de 500 por cento a tal taxa. O triste é a incapacidade do povo se opor a esse poder escroto.


CARNAVAL

Na conjuntura atual, vou pular o carnaval. Isto é: vou esquecer que tem carnaval no calendário e deitar na rede velha para ler. Na fila de leitura, uns vinte livros. Carnaval de João Pessoa? Acho tudo relativamente desprezível. Lavagem da escadaria das putas, imitação barata de eventos culturais de outras cidades, blocos de virgens cheio de vagabundos de facções criminosas se pegando no tapa com seus vestidos horrorosos e suas cabeças de merda. Tou correndo por fora feito cavalo de carrocel.


FALANDO PARA NINGUÉM

Nas minhas informações biográficas, há de constar: locutor em programas radiofônicos de três ou quatro ouvintes. Assim é o Multimistura, uma espécie de mesa redonda com sujeitos quadrados que eu faço semanalmente com meus compadres velhos Beto Palhano, Dalmo Oliveira, Ivaldo Gomes e Marcos Veloso na Rádio Zumbi. Não há de ser nada. Alguém já pregou no deserto e ainda hoje sua mensagem ecoa. Então...


SEM CUCA

Nem todo chapéu tem uma cabeça e nem toda cabeça tem um chapéu, conforme a lógica do compadre Sonsinho. E tem gente que não tem chapéu nem cabeça. E tome gente sem cérebro! As pessoas se acostumaram tanto a consumir merda que não mais percebem que era merda. Vide esse tal de funk.


REZA

Oração de Ameba no dia do carnaval: “Senhor, livra-me das tentações, mas não hoje.”


CARNAVAL RETRÔ

No meu retrovisor imaginário, vejo compadre Geraldo Caranguejo vestido de padre, benzendo as putas da rua do Carretel na terça-feira de carnaval em Itabaiana, e eu de coroinha nessa missa moderna onde a hóstia era carne de bode e o vinho era uma cachacinha suspeita no cabaré das Malvinas. Mas tudo dentro do maior respeito.


SAIDEIRA


Ajumentado pela própria natureza, assim é meu compadre Sonsinho. Ele jura que acredita no amor dos prefeitinhos pelas suas cidadezinhas tão problemáticas, o gozo desesperado desses gestores nos seus cargos, o choro e a gritaria dos alcaides, a gemedeira geral desses políticos que, entretanto porém todavia, não querem largar o osso de jeito maneira. Ontem, encontrei meu compadre Marcos Martins, prefeito de Mari por várias ocasiões, atual alcaide municipal e candidato à reeleição. Depois de me contar as angústias da falta de money, confessou que quer ser reeleito, “por amor ao meu povo”. E haja sacrifício! 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016



O auxílio moradia de suas excelências é quase o dobro do meu salário de aposentado. “Gratificação mensal imoral, indecente e antiética recebida por vias transversas e escusas”, diz internauta no Facebook. Espero que suas excelências não me processem por publicar isso.

MAIS MORDOMIA

Juízes do Paraná gastam dez milhões com lanches e serviço de garçons. Os juízes vão ter direito a garçom para atendê-los durante o expediente, em Curitiba, no Paraná. Serão contratados 104 profissionais para atuarem nos fóruns da capital.

Baile de Máscaras do Sarau das Almas: os raros escolhidos para fazer a diferença continuam fazendo mágicas, cada vez mais interessantes.

Meu compadre Sonsinho é um homem muito inteligente. Foi ele que inventou a goiabada em pó pra comer com queijo ralado. O que ele tem na cabeça não é diferente do que tem nos intestinos.

VAI TER EVANGELISMO PICARETA
Uma TV ligada a um grupo fundamentalista faz "MATÉRIA ESPECIAL" sobre consumo de vinho. Vem logo após um "vinho abençoado" para picaretagem.

VAI TER CHURRASCO DE COBRA
Hoje tem Náutico e Santa Cruz. Clássico pernambucano numa segunda-feira.

VAI TER VOLTA
Pesquisa revela que mais de 94% dos turistas que vistam a Paraíba pretendem retornar ao Estado.

VAI TER FARRA NO SISTEMA FINANCEIRO
Em meio à recessão de 2015 e o aumento do desemprego, Bradesco registrou lucro de R$17 bi.

VAI TER ESPANTO
SUS é a maior obra da história do Brasil, diz Leandro Beguoci, da BBC Brasil.

VAI TER BONECA INFLÁVEL
Busca e apreensão da Lava-Jato encontrou mala de brinquedos sexuais na casa de Collor.

VAI TER CPI DA SOPA
Justiça bloqueia bens de cunhado de Alckmin por fraude em merenda.

VAI TER ALELUIA E GLÓRIA!
Dilma agrada evangélicos com lei inconstitucional.

VAI TER NOVO MINISTÉRIO
Para combater o mosquito da dengue, Governo cria o Ministério da Picada.

VAI TER MOVIMENTO NA MATERNIDADE (E tome Bolsa Família!)
Mais de 60 mil bebês nasceram no estado da Paraíba em 2015.

VAI TER DESMAME DO PMDB
Temer promete que o PMDB terá candidatura própria em 2018 para a presidência da República.

VAI TER BABAQUICE
Grupo judaico cogita processar loja da 25 de Março por vender máscara de Hitler.

VAI TER CRISE
CORREIO DA PARAÍBA não circula mais nas segundas-feiras.

"Nesse carnaval eu quero é perder o lacre da piriquita" - Madame Preciosa, querendo vender gato por coelho.

400 mil homens vestidos de mulher desfilaram ontem nas Virgens de Tambaú. Ameba ficou só encostado na parede, por via das dúvidas... Madame Preciosa fez Sonsinho desfilar vestido de Dilma. Quase foi linchado.