FOTO MEMÓRIA – Fábio Mozart em uma reunião de lideranças comunitárias rurais, em Mari. Ano de 1998.
Ajudei a formar muitas lideranças, atletas, comunicadores, atores, dirigentes comunitários nos encontros, associações, grupos de estudo, palcos de teatro, estúdio de rádio, redação de jornal e nas centenas de reuniões do partido político que também ajudei a fundar em Mari.
Fui do meio popular, digamos assim, e nesse meio, do movimento dos trabalhadores, da luta dos artistas para assumir seus espaços, da fome de justiça da juventude, do incentivo ao esporte sadio, batalhamos por uma sociedade aberta, livre e engajada.
Não avançamos muito, mas, desses grupos de lazer, esporte, política, movimento social e mesas de bar saíram bons quadros.
Acho que contribuí para mudar destinos. Isso conta muito no cálculo do valor de uma vida que já se aproxima do epílogo.
Por onde andei, liberei
gritos, esperanças, sonhos, esperneios, lições de plantação de sementes boas.
Em Mari, cidade onde morei por 12 bons anos de minha vida profissional e
pessoal, espalhei muitas sementes.
Algumas germinaram.
Trabalhei com futebol de base, fundei associações comunitárias, jornais, teatro
e rádio comunitária. Movimentos mirrados, em uma sociedade muito conservadora,
mas produzimos bem, alastramos ideias, estimulamos talentos, espalhei e
fomentei arte, cultura e rebeldia.
Valeu a pena, enfim.
Nos Estados Unidos, 47
milhões de pessoas vivem sem saber se terão o que comer. A Venezuela tem 34
milhões de habitantes. Os Estados Unidos já viraram uma “Venezuela” e meia.
A realidade social da Venezuela é marcada por uma crise humanitária complexa com pobreza generalizada, emigração em massa e deterioração de serviços básicos. Culpa de quem? Dos Estados Unidos e sua política de boicotes, bloqueios e sansões econômicas contra os venezuelanos.
O que querem os Estados Unidos? Pegar o petróleo da Venezuela.
Apoiaram a tentativa do deputado Juan Guaidó de assumir o controle do país
através de um golpe.
Donald Trump promete invadir o país e tomar o
poder à força. “Seria ótimo”, disse o Presidente dos Estados Unidos.
O atirador responsável pelo ataque no Centro Federal de
Educação Tecnológica (Cefet) do Maracanã, no Rio de Janeiro, em 28 de novembro
de 2025, foi identificado como João Antônio Miranda Tello Ramos Gonçalves.
Ele não aceitava ser chefiado por mulheres.
Matou duas funcionárias.
Maioria dos deputados da Paraíba aprovam a devastação do
meio ambiente.
Faleceu o colega Aldo, mais um ferroviário de
minha geração que se vai.
Aldo morava em Itabaiana. Trabalhei com ele por mais de
vinte anos na ferrovia. Um homem simples, calmo, que viveu em paz e morreu
assim.
“Viver é arrumar as malas
para ir a lugar nenhum”. – (Kubi Pinheiro)
Apesar das evidências em
contrário, Deus existe e ele é ateu.
Não sou ateu, e sim agnóstico. Quem não sabe o
que isso significa, me dê o prazer de consultar um dicionário. Admiro,
entretanto, as pessoas que têm fé absoluta.
Aliás, é bom lembrar que somos todos ateus em relação ao deus dos outros. Um evangélico, por exemplo, não acredita em Ogum, entidade do candomblé, ou associa ao demônio.
Acabo citando Eduardo Rickrot: “acho que um ateu deve valorizar e aproveitar melhor a vida, pela consciência de que ela é única e não merece ser desperdiçada se reunindo em grupos para tentar conversar com um amigo imaginário tímido.”
“Até a religião
católica cita que alguns dos seus Santos eram agnósticos. Ouço sempre alguém
dizer, ‘Eu sou como São Tomé, preciso ver para acreditar”. - Orlando Araújo
A Sociedade Cultural
Poeta Zé da Luz, de Itabaiana, está trabalhando na confecção de selo comemorativo
pelos cinquenta anos de atividades da organização não governamental.
O lançamento será em
janeiro próximo, por ocasião da noite de autógrafos do livro “Artistas de
Itabaiana”, de Fábio Mozart.
O projeto de lançamento do selo comemorativo
tem apoio do poeta Sander Lee, que é funcionário dos Correios e ex-presidente
da Zé da Luz.
Quem viver verá e chorará, ou
não. Em 2026, a saga da Barata maluca irá prosseguir pelas ondas da rádio
DiarioPB e dezenas de rádios online.
Rádio Barata no Ar não vai lutar
por um mundo melhor, não vai fazer jornalismo livre, íntegro, revolucionário
nem questionador. A Barata só quer comer
seu toco e dar sua risadinha.
Vou contratar um bom repórter que
se chama Quelyno Souza, o qual será demitido logo, porque, conforme dizia
Millôr Fernandes, “a função do jornalista é trabalhar para ser demitido”.
A luta segue!
Adriano Galdino negociou retirada
de sua candidatura a governador da Paraíba. Em troca, prometeram a Secretaria
da Educação e a presidência da Assembleia nos quatro anos do futuro governo.
Não falem de Galdino. É assim o
jogo do político profissional. Não importa a coloração ideológica.
Qual a possibilidade de alguém
morrer atacado por leões na capital da Paraíba? Sábado, um homem invadiu o
recinto de leoa no zoológico da Bica, em João Pessoa. O predador da floresta
fez o que o instinto manda.
Criança é ferida com fogos de
artifício em festa do Flamengo; torcedores passam mal com calor. Meus gatos
sofrendo com grande estresse por causa do barulho dos foguetões. Oh, inferno!
Tijolinhos para o poeta Sander
Lee, o nordestino japonês.
VERSO
DO DIA
Conheci
um bar que não existe,
um
bar que fica numa rua triste,
em
um subúrbio que ainda persiste,
onde
a simplicidade subsiste
e na
fachada, escrito em cima que é um bar.
Nesse bar o vencido ainda resiste
e a felicidade só consiste
em cantar velhas canções de copo em riste
à energúmena grei do ébrio triste
que já morreu e
esqueceram de enterrar.
F. Mozart
