domingo, 12 de outubro de 2025

TIJOLINHOS DO MOZART

 


Ednamay Cirilo e um turista francês, admirador de Zé da Luz. O poeta matuto é um dos nomes biografados no meu livro “Artistas de Itabaiana”, cuja segunda edição será lançada em novembro em Itabaiana, sua terra natal, como parte das comemorações do cinquentenário da Sociedade Cultural Poeta Zé da Luz. (Foto: Sérgio Ricardo Santos)

Contado por Jessier Quirino: “Um doido armado com uma foice me abordou na rua: ‘o senhor é o tal de Jessier Quirino que vive contando histórias de matuto?’ ‘Sou não senhor!’ ‘Mas, já foi?’ ‘Já, sim senhor’. ‘Então, pode passar”.

Jessier Quirino também está no livro “Artistas de Itabaiana”.

"Arnaud Costa, um dos primeiros comentaristas esportivos que comecei a escutar na vida. Na Rádio Cultura de Guarabira ao lado de Martins Junior e Germano Ferreira". – Heleno Alexandre, poeta cantador sapeense.

Arnaud Costa também consta no livro “Artistas de Itabaiana”.

“O rádio que se faz na Paraíba é medíocre. A programação musical é de baixa qualidade, com raras exceções. Os programas jornalísticos imitam uns aos outros no que há de inexpressivo e banal. Os empresários do setor não apostam na renovação, e as estações de rádio se nivelam por baixo.” – (Marcelo Piancó (in memoriam), em entrevista ao programa “Alô comunidade”)

"Meu voto não tem preço. Mas, dependendo da proposta, dá pra conversar". - (Ameba, o execrável)

Sinal dos tempos: passei em silêncio, o vizinho respondeu com outro silêncio. Ambos somos da chamada maioria silenciosa.

A usina de ódio que rola nessas tais redes sociais dá energia suficiente pra abastecer o inferno durante 10 anos, no mínimo.

"A mão de Deus desviou os mísseis para o mar", disse o crente, citando a Bíblia, sobre suposto milagre na guerra em Israel.

A mão de Deus permaneceu inerte enquanto os canhões dos judeus matavam crianças palestinas inocentes.

O dramaturgo paulista Plínio Marcos comercializava suas obras nas ruas de São Paulo. Hoje ele estaria comemorando 90 anos.

Aos setenta anos, vou vender meus livros na praça no dia do meu aniversário, na Festa Literária do Extremo Oriental. Será na Praça do Bispo, centro histórico de João Pessoa, a partir das 9 horas do 25 de outubro. 

Montei a peça “Dois perdidos numa noite suja”, texto de Plínio Marcos, nos anos 80 pelo Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana. Contracenei com o ator Normando Reis.

No final do espetáculo, meu personagem fuzilava o personagem de Normando. Um dia, o revólver falhou. Tive que “matar” o cara a pauladas.

Quando adolescente, comecei um conto com a frase: “o que há atrás da porta?”  Uma tentativa frustrada de produzir um conto de fundo psicológico.

Idalmo da Silva era professor do Ginásio de Itabaiana, ensinando História Geral. Nas suas aulas, Idalmo falava de tudo. Seu discurso incluía até questões sexuais, liberdade para as mulheres disporem de seu próprio corpo, entre outros assuntos explosivos para a época.

O resultado dessa audácia foi que um grupo de professores se reuniu, pedindo a cabeça do mestre Idalmo por “incitar a imoralidade e a subversão”. Idalmo foi expulso do Ginásio, vítima da intolerância dos próprios colegas.

Faleceu ontem (12) meu amigo ferroviário Luiz Teixeira, pai da nossa estimada Clévia Paz, em Itabaiana. Nosso sentimento de pesar e compaixão pelo sofrimento da amiga diante da perda do seu amado pai.

O padre Djaci Brasileiro leu a Toca do Leão e mandou mensagem: “Li o seu blog e gostei. Vá em frente com seu expressivo e significativo trabalho cultural. Fique com Deus”. Padre Djacy Brasileiro, de Itaporanga-PB.

Manual de Autoajuda para vilões: “Ao nascer, aproveite seu próprio umbigo e estrangule toda a equipe médica. É melhor não deixar testemunhas. Não vá se entusiasmar e matar sua mãe. Até mesmo supervilões precisam ter mães”. (Joca Reiners Terron)

Mozart, o gênio da música (1756-1791) foi enterrado como indigente por meia dúzia de gatos pingados. Beethoven era alemão. Outro gênio.

Fui transmitir programa na zona rural. Na casa onde instalamos o estúdio havia um cachorro chamado Beethoven. Meu colega de microfone, Sargento João de Deus Rafael, mandou ver a piada: “dois colegas se encontram”.

Pelé fez exatos 1.282 gols, e eu vi um ao vivo. Foi na inauguração da iluminação no estádio do Santa Cruz. Fui com meu pai, tricolor fanático.

Lembro que, na entrada do Arruda, a multidão nos levava como uma onda. O radinho de pilha do meu pai caiu e foi pisoteado. Faltou energia, achei lindo o espetáculo de mil cigarros sendo acesos nas arquibancadas, ao mesmo tempo, como uma nuvem de pirilampos. Foi a primeira vez que fui a um campo de futebol das dimensões do estádio coral.

Pelé era a grande estrela daquele time fantástico do Santos. Ainda no primeiro tempo, Pelé chutou do meio de campo e o goleiro do Santa Cruz, um tal de Lula Vasquez, abaixou-se e deixou passar o tiro de meia altura. Ainda hoje penso que o goleiro quis levar o gol para contar aos netos. O Santos venceu por 4 a 0.

Lula do PT esteve em Itabaiana em 1987, e lá tomamos umas e outras com o “sapo barbudo”. No meio da conversa sobre política, Lula começou a falar de futebol e perguntou quais os times pelos quais a gente torcia em São Paulo. Não havia nenhum corintiano no grupo, e ele, exibindo orgulhoso a camiseta do seu Corinthians por baixo da camisa: “Ninguém é perfeito!”.

O Presidente Lula é uma mãe de leite para a curriola dos picaretas no Congresso. Adora passar a mão na cabeça dos caras do centrão. Um dia Lula diagnosticou que o Congresso era covil de mais de trezentos picaretas. Precisando do apoio dessa rapaziada para os projetos do Governo, Lulinha paz e amor se vale da falta de memória do brasileiro, que não resiste a uma noite de sono.

No bar de Mané do Bar, o senhor evangélico entrou para catequisar os papudinhos. “A palavra de Jesus diz que o Filho do Homem veio buscar e salvar quem está perdido”. Foi quando Maninho tascou: “Então vá salvar Tarcísio de Freitas, que ele tá perdidinho pra Lula!”

Nos meus tempos de teatrista amador, nunca gostei de encenar a paixão de Cristo e teatro infantil. O primeiro porque lembro do ridículo das encenações nos circos mambembes de minha época em Timbaúba e Itabaiana. Paixão de Cristo, para mim, tem que ser uma super produção. Na versão amadora, vira inevitavelmente comédia.

E teatro infantil sempre achei chato. Um bando de marmanjos com cara de imbecis, querendo que a plateia seja um magote de pequenos débeis mentais. Criança é inteligente mais do que se imagina, e texto infantil de qualidade é coisa rara.

Voto pelo fim da escala seis dias de trabalho por uma folga. Segunda-feira deverá ser uma extensão do domingo.

Meus tijolinhos de segunda-feira para meu companheiro sindicalista ferroviário José Cleofas.

 

VERSO DO DIA


Na mesma pedra se encontram,

Conforme o povo traduz,

Quando se nasce - uma estrela,

Quando se morre - uma cruz.

Mas quantos que aqui repousam

Hão de emendar-nos assim:

"Ponham-me a cruz no princípio...

E a luz da estrela no fim!

 

Mario Quintana

 


 

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