O Cão Canjiquinha tentando afanar a alma de Maximilien Robespierre Mozart, meu filho caçula, a partir de uma foto do rapaz quando garoto.
Nosso vizinho Márcio no papel do
diabo. Aliás, na minha vizinhança tem toda sorte de artista: mágico,
pandeirista, mestre de boi de reis, cantor, ator e sanfoneiro como o compadre
Walter Luiz, o maior imitador de Luiz Gonzaga dessa ribeira. Já se apresentou
até no Faustão.
Não
esquecer: em 2017, Hugo Mota era o menino de recado de
Cunha pra favorecer ou intimidar empresários.
Manchete
de 2017: “Roberto Santiago, dono do Manaíra Shopping,
é pego em blitz da operação Lei Seca e perde o direito de dirigir sua Ferrari.
Só poderá dirigir carro popular por dois anos”. (Barata Press)
O velho Trump Cabeça de Cenoura foi visto na Casa Pálida com um uísque falsificado na mesa, cantando e pensando em Alexandre de Moraes: “É a sua indiferença que me mata / É uma invasão, um nó dentro de mim”.
A velhinha do pano de pratos é uma velhinha que vende panos de pratos nas ruas de João Pessoa, óbvio! Ela chegou pra mim e falou, com cortesia:
-- O senhor me desculpe dizer, mas tenho na minha frente um coroa muito do charmoso, que deve ser uma pessoa bondosa, caridosa e muito feliz. Obrigado pelo senhor existir nesse mundo! Não quer ajudar a velhinha comprando um paninho de pratos pra dar ao seu amor em casa? Custa só cinco reais.
A arte de vender ao alcance de todos.
Em 2015, a Câmara Municipal de Mari aprovou projeto de lei
que concedia Medalha de Honra ao Mérito Patrono José Paulo de França ao
jornalista Fábio Mozart.
A propositura foi do vereador Marcondes
Baltazar, o qual justificou a homenagem citando serviços prestados à comunidade
mariense por mim quando residi na cidade, nos anos 80/90.
O vereador lembrou que Mozart fundou o Coletivo Dramático
de Mari, a Liga Mariense de Desportos, a Associação Atlética do Canteiro, o
Jornal Alvorada e a Rádio Comunitária Araçá. “Ele teve uma forte atuação na
nossa vida cultural e social, colaborando ainda na organização dos movimentos
sociais”, acrescentou Baltazar.
Em 2015, o vereador Semeão Rodrigues, de
Itabaiana, quis levar meu livro “História de Itabaiana em versos” para o
currículo escolar da cidade, para despertar a vontade da juventude de ler e
gostar de cordel. Seu projeto foi derrotado na Câmara.
Faz parte do jogo onde a gente aprende e desaprende. Que me
importa o descompromisso dos outros, se a faísca da poesia sempre nos olha
amorosamente e pede que a gente mire a parte principal de la vida?
“Quando Deus quer, até o diabo ajuda”, confirma
meu compadre Vavá da Luz, mestre do verso fescenino.
Em agosto de 2018, Pedro Marinho informava que Lucélio Cartaxo daria palanque a Bolsonaro na Paraíba. (Informação da Folha de São Paulo). Onde estará Lucélio Cartaxo hoje?
"O Brasil é lúdico! Em Olinda tinha um restaurante francês chamado La Mer. Aí abriram uma barraca em frente chamada La Merdinha!" - José Simão
"Quem planta uma árvore, se for para o inferno, vai pela sombra" - Ameba, o inconsequente.
Do reacionário Jorge Luiz Borges: "A democracia é um erro estatístico, porque na democracia decide a maioria e a maioria é formada de imbecis."
“No avião, o medo é passageiro.”
Dirigido pelo cineasta russo Dziga Vertov em 1929, “Um homem com uma câmera” foi eleito pela revista britânica “Sight & Sound” o melhor documentário de todos os tempos.
O filme de Dziga Vertov era uma câmera fotografando outra câmera que fotografava outra câmera. Genial.
Como assessor de imprensa de mim mesmo, tenho o dever de publicar carta de Adeildo Vieira, em agosto de 2010: “Fabio Mozart é um ativista cultural da maior importância para nosso estado. Suas matérias, que muitas vezes são mal compreendidas, contribuem para o debate público e para os avanços do pensamento cultural do nosso povo.”
“Trata-se de uma figura que precisa de apoio para que, junto aos nossos companheiros itabaianenses, possa se fortalecer na realização dos projetos que têm colocado Itabaiana num lugar de respeito no cenário cultural da Paraíba.” (Adeildo Vieira)
Foi quando eu fui processado por suposto crime de calúnia e difamação contra uma figura de alta projeção no setor do comércio artístico.
“Li e reli o seu artigo várias vezes e não identifico qualquer palavra de desagravo que venha a conter calúnia ou difamação. Deveriam lhe agradecer pelas colocações positivas a respeito do assunto”. (Heriberto Coelho de Almeida)
A velha médium vidente Madame Preciosa é quem tem razão: melhor se consultar com ela do que padecer nesses consultórios de esculápios mercenários.
Pra você sentir o peso, Madame Preciosa fala cento e quatorze línguas, sendo que doze delas já mortas e esquecidas, incluindo sete antigos dialetos de tribos brasileiras.
Madame lê as inscrições primordiais das Runas e as treze formas corretas de interpretação dos hexagramas do I Ching. Fala corretamente a língua dos anjos e soletra qualquer coisa do alfabeto de Lúcifer e seus black caps.
Fui finalmente atendido no consultório. A médica mandou comer linhaça, licopeno do tomate e melancia, óleo de alho e suco de uva, soja preta, farinha de banana verde e lecitina de soja. Regime de fome, que é pra morrer bem sequinho, com a silhueta de monge budista. Vou marcar com Madame Preciosa.
Marquei no meu diário: no dia 14 de agosto de 2010 li o livro “No tempo das coisas singelas”, de Tião Lucena, das onze horas da manhã até às quatro da tarde, com intervalo para o almoço. São 145 páginas de crônicas saudosistas deliciosas. O conhecido e festejado jornalista de Princesa Isabel mostra a frescura (no bom sentido), a vivacidade e o calor das melhores páginas memorialistas.
Conforme escreve Clotilde Tavares na orelha do livro de Tião, “seu tom picaresco pode até ofender os puritanos, mas garanto que até mesmo estes arranjam um local solitário para se deliciarem secretamente com o texto”.
“A religião começou quando o primeiro patife encontrou o primeiro imbecil”. (Voltaire)
Tijolinhos discretos
para o amigo Manoel Pedro locutor, em Mari.
VERSO DO DIA
“Morrer tão discretamente como vivi,
morrer de uma morte tão calada
que dela não se saiba nada
e meus amigos pensem que não morri”.
(Francisco Gil Messias, poeta paraibano)
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