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sábado, 21 de março de 2015

Dia do narcisista

Hoje é dia do narcisista, o cara que pensa que o mundo gira em torno do seu umbigo. Não quero me gabar, porque isso é feio, ridículo, mesmo porque eu sei bem que somos complexos, intrigantes, vulneráveis, passíveis de erros. Mesmo uma máquina maravilhosa de inteligência e afeto como eu, um fenômeno de ideias, de sonhos e produção de arte, um ser para além do trivial, também pode ser modesto. Por isso, passo a palavra a um xará, o nobre Fábio Oliveira:

“Fábio significa, em pós-grego-contemporâneo, ‘o detentor do segredo das esferas mais ínfima’, sendo, assim, nome tão significativo e poderoso.

Em hebraico-germânico, fábio é ‘salvador das pátrias’.

Em pré-hepúblico-soviético, o sentido é deveras profundo: ‘aquele que mantém’.

Os radicais se estendem mais adiante - para trás -, chegando aos caros egípcios-pré-colombianos, para quem fábio é, apenas, “o semi-deus”.

Mas há um fábio - sim, apenas um, ele que foi escolhido pelo Criador para ser o único - que foge dessas banalizações idiotas, ignorando toda a etimologia de seu nome, assim como a riqueza histórica por trás de tudo. Isso porque ele não se chama fábio.

Chama-se Fábio Mozart. Que é anagrama de Criador.


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