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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O palhaço não agradou


Ontem, fui a uma reunião com alguns compadres no Sebo Cultural, cuidar da formação de uma associação de rádios comunitárias. Aproveitei e levei um banner do meu livro “Artistas de Itabaiana”, para expor na livraria, a única que vende o livro em João Pessoa.

Postei essa foto no Facebook, com a legenda: “Lançamento do meu livro só apareceram três gatos pingados. Mandei todo mundo tomar na jaca e fui pra casa.” Claro que se trata de léria, brincadeira. Mas, a galera não entendeu.

É crime não ter senso de humor! Clama aos céus! E agride a saúde pública, porque o humor reduz o estresse. Vejamos o lado leve das coisas, não levemos a sério demais.

Meu humor não é muito espirituoso, confesso e reconheço. Meio ácido e irreverente, às vezes até agrido. Mas, é assim mesmo, não tem humor a favor, já dizia Jaguar. Todo humor é do contra. E politicamente incorreto. Minhas piadas e trocadilhos às vezes ofendem, como todo humor sério. Eita caray! E tem humor sério? Só pode ser piada, né não?

Portanto, esquenta não, compadre velho! Enxerguemos a graça e o absurdo da vida cotidiana, antes que caia o choro da amargura. Você precisa ser engraçado, mas não seja chato, pedante, metido a palhacinho de circo mambembe que não renova piada e não areja os trejeitos. Cultive o senso de humor que sua horta floresce. Cuide dela e da veia aorta com risadas e cambalhotas. Só evite contar piada de casca de banana, por exemplo, para o cara que escorregou na dita cuja e passou seis meses de muletas.

Se não sabe contar piadas, apenas ria. E se não gosta do palhaço, troque por outro. Mas, se desde criancinha jamais achou graça no palhaço, teve até mesmo vontade de sacudir objetos cortantes no artista, nada de anormal. Nem todo humor será igual ao seu. O que pode me fazer rir, talvez o faça dormir de tédio. Só não ria em enterros, porque no seu próprio féretro, você não achará graça nenhuma.


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