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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Meu livro foi reprovado na Câmara dos Vereadores de Itabaiana




Vereador Gugu Xavier, filho do meu ilustre poeta repentista Zé Xavier de Mari: um seu colega de Itabaiana enviou projeto para a Câmara, para adotar meu livro “História de Itabaiana em versos” nas escolas públicas do Município, mas a proposição foi reprovada porque consideram que o projeto implicaria em despesas para a Prefeitura. Vereador não pode fazer lei onerosa. E ainda reclamam quando nossos parlamentares só votam nomes de ruas e títulos de cidadãos. Sem gastar dinheiro, só apertar mão e sorrir. Mas, a questão é: por que, em Mari, projeto semelhante foi aprovado e a lei está em vigor? Eu acho que teve uma certa má vontade dos vereadores de minha cidade.
Não entendo de leis, mas compreendo a realidade que me cerca. Sei que o livro é importante para a educação da juventude itabaianense. Que o diga o professor Luiz Antonio Silva, da Escola Municipal Antonio Santiago, que já utiliza o livro em sala de aula. “É uma leitura lúdica, agradável de se ler porque em versos de cordel, ideal para passar aos estudantes as informações básicas de nossa comunidade, como se formou, seus grandes líderes, sua cultura e tudo o mais”, disse Luiz. Ele aproveitou para me convidar para um evento folclórico na escola, nessa segunda-feira, dia 25 de agosto. Na semana do folclore, eles estudam nossas manifestações culturais de raiz, e estão todas lá no meu livro: o boi de reis, a ciranda, a lapinha, o carnaval e tudo o mais.
O professor Luiz Antonio lastima que sua escola não tenha biblioteca e os alunos não tenham acesso aos livros fundamentais para seu crescimento enquanto cidadãos e cidadãs.  O vereador Júnior Pacheco chegou a dizer que a educação na terra de Abelardo Jurema “nem a maquiagem esconde a verdade: uma catástrofe”. Segundo Pacheco, o prefeito mandou demolir a creche de Campo Grande e as demais estão fechadas.
No currículo de todo prefeito que se preze não pode ter essa mancha, de fechar creche e deixar à míngua a educação de sua juventude. Cometa esse crime não, prefeito Antonio Carlos Melo Júnior! Mas, não é culpa só do prefeito que ele ande tão desacreditado com sua gestão medíocre. Todo morador que votou nele deveria ter o dever de cobrar, ajudar no aprimoramento dos mecanismos de administração, acompanhar os vereadores no seu trabalho de fiscalização.
O prefeito Antonio está agora com filhos de poucos meses, o que deve mudar sua perspectiva de vida, porque todo pai novato tem isso de se renovar enquanto ser humano. Com a notável popularidade que o caracteriza, ele pode muito bem reverter o quadro administrativo, dar a volta por cima e começar realmente a gerenciar sua cidade pensando nas futuras gerações, onde seus recém nascidos estarão incluídos. Assim espero, embora sem aquela famosa fé do tamanho de um grão de mostarda.

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