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segunda-feira, 30 de outubro de 2023
10 MINUTOS NO CONFESSIONÁRIO - 128
Confissões de
resistência
10
MINUTOS NO CONFESSIONÁRIO - 128
https://www.radiodiariopb.com.br/confissoes-de-resistencia-dez-minutos-no-confessionario-episodio-128/
sexta-feira, 27 de outubro de 2023
RÁDIO BARATA NO AR – 432
Barata desaparecida é encontrada
por cachorro maluco
RÁDIO BARATA NO AR – 432
Cachorro Vira Lata aprendeu o que
é etc... au, au.. etc...
domingo, 22 de outubro de 2023
10 MINUTOS NO CONFESSIONÁRIO - 127
Dia da Praça
da Paz e da Guerra
10 MINUTOS NO CONFESSIONÁRIO - 127
sexta-feira, 20 de outubro de 2023
domingo, 15 de outubro de 2023
Acoitado na orelha de Bento Júnior
Ao centro, Bento Júnior no papel de cangaceiro |
O cordel de Bento Júnior de parelha com a
pesquisa de Kydelmir Dantas eu coloco na categoria de vaqueiros de vaquejada,
trajados de sete peles de boi brabo, gibão e pederneira da cantiga popular,
guarda peito de couro de boi de Minas e outras assombrações poéticas dos
sertões e veredas, protegida contra os espinhos e folhas pontiagudas do
esquecimento histórico do povo brasileiro. Sim, porque essa inclinação perversa
dos seres humanos formando movimento armado de bandoleiros justiceiros
aconteceu/acontece no mundo desde que se formou a primeira quadrilha organizada
responsável pelo assalto ao jardim do Eden e roubo da famosa maçã do amor
varonil, com apoio do próprio Adão, expulso do Paraíso por comandar a falange
dos anjos derrubados, sustentáculos da matriz do inferno com filial em todos os
processos revolucionários subversivos, em uma guerra de guerrilha contra a
sociedade dos mafiosos legais e suas falanges oficialmente autorizadas. E o
cangaço é nossa história dos samurais soltos na buraqueira do feudalismo
nordestino, escrevendo seus destinos e das suas pátrias arbitrárias com o risco
do punhal e o código de honra dos homens primitivos.
Assim como a vaquejada recebe o veemente
repudio das entidades
de defesa animal brasileiras, em razão dos maus-tratos aos bois e cavalos que
participam dos eventos, o cangaço não é bem visto por muitos historiadores.
Caio Prado Júnior, sobre a formação do cangaço: “É entre estes desclassificados
que se recrutam os bandos turbulentos que infestam os sertões, e ao abrigo de
uma autoridade pública distante ou fraca, hostilizam e depredam as populações
sedentárias e pacatas; pondo-se a serviço de poderosos e mandões locais, servem
os seus caprichos e ambições nas lutas campanárias que eles entre si
sustentam”. Ciente das muitas histórias de assassinatos entre famílias inimigas
no Nordeste, Euclides de Cunha infere que o cangaço teria seu início com as
batalhas mortais entre famílias inimigas. Nesse burburinho ensopado de veneno
ideológico, o comunista Luiz Carlos Prestes pensava assim dos cangaceiros: “Os
cangaceiros são grupos mais ou menos numerosos de camponeses que, perseguidos
pelos senhores feudais ou pelas autoridades governamentais, não podem subsistir
senão em luta. Entre outros, o mais conhecido é Lampião, que combate
vitoriosamente há mais de dez anos contra todas as forças enviadas contra ele.
A crise atual, agravada no Nordeste brasileiro por longos anos de seca,
aumentou o número de ‘cangaceiros’ e hoje, ao lado de Lampião, formigam
pequenos chefes de bandos que vivem do dinheiro e das mercadorias arrancadas
aos ricos comerciantes. As massas nutrem a maior simpatia pelos ‘cangaceiros’
que dividem com ela grande parte dos víveres e mercadorias tomadas”.
Kydelmir Dantas dedicou sua vida de
estudioso e poeta para entender e preservar a cultura desse fenômeno social. No
rastro caatinga afora, o cangaço deixou sua influência e encontrou em Kydelmir
um pesquisador que reconhece a importância desse movimento como influenciador
da cultura, isso no teatro, na música, culinária, artesanato, folclore e
cinema. O cordel é a Bíblia do cangaço. Narrou as peripécias dos mitos
cangaceiros e viajou longe e profundo nas burundangas, nos cacarecos da cultura
popular, porque a memória dos cabras da peste ainda estão muito vivas na nossa
época, e gente como o poeta Kydelmir acha mega importante que sua pesquisa
histórica preserve para as gerações seguintes esse patrimônio das tradições, as
representações da identidade do seu povo. Daí ele se encontrou com o poeta
cordelista Bento Júnior e juntou sua sondagem científica com a jocosidade do
Júnior para compor este trabalho poético que vem para fazer parte do extenso
ciclo do cangaço na literatura de cordel nordestina. E grato por terem me
acoitado na orelha do livro.
Fábio Mozart
Cordelista e dramaturgo, autor da peça “A
peleja de Lampião com o Cão Canjiquinha”
Para a orelha do livro "CANGACEIROS NORDESTINOS, ENTRE TANTOS OS DESTINOS", de Kydelmir Dantas e Bento Júnior
sexta-feira, 13 de outubro de 2023
segunda-feira, 9 de outubro de 2023
10 MINUTOS NO CONFESSIONÁRIO
Os demônios de cada um
10 MINUTOS NO CONFESSIONÁRIO
https://www.radiodiariopb.com.br/os-demonios-de-cada-um-dez-minutos-no-confessionario-episodio-125/