ELVIS PRESLEY E RAUL
SEIXAS TOCAM A BARATA NAUSEABUNDA
Edição 67 da Rádio
Barata no Ar:
ELVIS PRESLEY E RAUL
SEIXAS TOCAM A BARATA NAUSEABUNDA
Edição 67 da Rádio
Barata no Ar:
VIDENTE MADAME PRECIOSA PREVÊ QUE
BOLSONARO VAI MENTIR AMANHÃ E NAS PRÓXIMAS SEMANAS E NO MÊS QUE VEM
Rádio Barata no Ar – Edição 65:
ENTREVISTA COM O CÃO CANJIQUINHA, GAROTO PROPAGANDA DE CLOROQUINA
Edição nº 64 da Rádio Barata no Ar –
RÁDIO BARATA NO AR APRESENTA A COMÉDIA ELEITORAL GRATUITA
Partido FODEMOS e seu anticandidato Bento Filho. O único partido que está fora da margem de erro de qualquer pesquisa. Aqui não tem erro: votou, se ferrou.
EDIÇÃO 63 no Radiotube:
BARATA REALIZA CONVENÇÃO DO SEU PARTIDO E CONSAGRA ANTICANDIDATO BENTO FILHO
RÁDIO BARATA NO AR – Edição nº 62:
O radialista, poeta cordelista e dramaturgo Fábio Mozart
acaba de lançar um opúsculo em formato de bolso com o título “Poemas malditos
em prosa, verso, gesto e grito”, tentativas de haicai, tercetos que reduzem ao
mínimo a imagem poética. Nos gestos e gritos miniaturizados, Fábio recomenda a
leitura do livrinho em filas, sanitários, praças e ônibus. Baratinho, o livro
foi produzido abrindo os direitos autorais. Diz a legislação que “aos autores pertence o
direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras,
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar”. O autor Mozart quer
que o usufruto da obra seja de todos, de maneira comercial ou apenas moral. Ele
avisa:
Contrariando a lógica
do mercado salafrário
o poema circulando
na praça e no
sanitário.
Que a indústria
cultural “ilumina como engano a massa”, conforme Theodor Adorno, isso já se
sabe desde as peripécias de Monteiro Lobato na tentativa de criar um parque
gráfico acessível para o autor nacional e uma base de leitores interessados no
que nossos escritores têm a dizer. A poesia de Fábio Mozart circula entre
amigos e nos sebos. Sua ideia determinante é produzir arte no teatro e na
literatura, enquanto dissemina empreendedorismo social e cultural. Criou grupos
teatrais, rádios comunitárias, times de futebol, associações de artistas,
jornais e academias. Conheci o dito cujo na década de 1980, no movimento
teatral amador da Paraíba. Ele vivia em Itabaiana, cercado pela influência de
prodígios feito Zé da Luz, Sivuca, Ratinho, Vladimir Carvalho e mais
recentemente, Jessier Quirino, vindo de Campina Grande para “salvar o que
estava perdido”, parodiando o evangelista. Sim, porque a cultura popular acompanha
a decadência da sociedade moderna. O pensamento mágico e espiritual, a memória
coletiva, os valores artísticos do povo nunca estiveram mais ameaçados. Daí a
importância do trabalho de um Jessier Quirino.
Mas eu falo da poesia
de Fábio Mozart no livrinho “Poemas malditos em prosa, gesto, verso e grito”,
que esta não tem raiz no pensamento e na forma do folheto tradicional da
literatura de cordel, outro vetor da criatividade deste pernambucano, radicado
na Paraíba há mais de meio século. Tive o prazer de inaugurar uma de suas
crias, o Teatro de Bolso Nautília Mendonça, em Itabaiana, improvisado em um
galpão. O teatrinho fechou, sem sustentação alguma dos tais órgãos públicos,
como aconteceu com o nosso Teatro da Juventude de Cruz das Armas, o JUTECA em
João Pessoa. E Mozart sempre foi descrente dos tais entes públicos e das
divindades. Isso evidencia-se no verso:
Desconfiado
de Deus e da ciência
morreu
com um pé atrás
ponto
final com reticência...
O livro é farto em
concepções e imagens anarquistas. O autor sempre combateu o fascismo cultural,
e hoje, nesses tempos assombrosos de atraso e decadência cultural, o velho
poeta ainda arregaça as mangas da camisa bastante gasta nas suas inúmeras
atividades democratizantes, humanizadoras e solidárias. Criador progressista,
Mozart não tolera ser chamado de poeta. “Sou trabalhador ferroviário”. Aqui e
ali, o livrinho fala de ternura. “Nesses tempos de ódio, amar nos faz
revolucionários”. E o velho ferroviário não planeja encerrar seu ofício na
estrada de ferro da arte nem tão cedo. Assim ele finaliza o livrinho, que recomendo:
Reinstalei
a memória
que eu
pretendo ser
uma longa história.
(Bento Júnior - Poeta, professor e ator)
Lua estática
Eu sei e você sabe
Olhando friamente
Que todo o universo
Maquina contra a gente
Eu sei e você sabe
No espelho desta hora
Cruzando mar hostil
Avançamos na tora
A nossa história gira
Um século por hora
No apego inusitado
A gente ri e chora
Igual nossa canção
Se a vida se apagar
Você vem e se deita
Nós dois sob o luar
De lua estacionada
Então eu não direi
Palavras benquerenças
Que você sabe e eu sei
E tudo o que me resta
É me quedar calado
Nós dois nos adorando
Em um mundo parado
F. M.
BARATA ENSINA TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA FUMAR E CHEIRAR TABACO
Programa 59 da Rádio Barata no Ar:
BARATA INVADE AEROPORTO DE MOSCA E LANÇA O CARECA BENTO FILHO PARA ACADEMIA DE LETRAS DA PARAÍBA
RÁDIO
BARATA NO AR – Edição 58 no Radiotube:
--- Ameba bola murcha não fura gol na meta de Madame Preciosa
RÁDIO BARATA NO AR – Áudio da edição 57 no Radiotube:
O pequeno rebelado, era como o chamávamos. Menos de um metro e sessenta, sorriso perpétuo nos lábios, engajado nas lutas sociais desde sempre. Raramente tomava birita. Quando o fazia, virava palhaço. No carnaval, ele na rua acompanhando as troças, puxou o rabo do boi. “Quem mexeu com o boi?” “Foi aquele menino de bigode!” Eterno menino, Frederico Guilherme de Araújo Lopes foi padrinho do meu casamento. Numa crônica lembrei dessa patuscada:
“Eu e meu parceiro Frederico Guilherme de Araújo Lopes, (que algum deus misericordioso com os bêbados, comunistas e galhofeiros o guarde em algum lugar legal), estávamos na esquina paquerando as meninas, sim, porque naquela remota era se dizia paquerar o ato de chavecar o sexo oposto. Pois bem, estávamos naquela de azarar as fulanas, quando surge na esquina meu pai puxando uma moça pela mão, aquela que era minha noiva. Foi aí que eu lembrei que era o dia do meu casamento. Em pânico, tentei fugir, no que fui impedido pelo dito cujo Fred Lopes, auxiliado por Zenito Oliveira, outro camarada meio abilolado que fazia parte da turma. Começava minha comédia dramática deste dia”.
Fred foi ferroviário, companheiro de profissão. Comunista de carteirinha carimbada, ele cometeu a suprema ousadia de namorar a filha de um tenente do Exército, numa época em que os militares mandavam em tudo no Brasil. Foi demitido da empresa e desapareceu. Quarenta e tantos anos depois, na última semana desse agosto de 2020, surgiu no meu Facebook. Morando em Parnamirim, “ainda comunista e contestador”, bisavô e palhaço nas horas vagas. Romualdo Palhano lembra que Fred foi um dos fundadores do nosso grupo de teatro. Ateu, emprestava sua voz para a gravação das falas da “Paixão de Cristo”, que encenávamos nas ruas de Itabaiana. Era a voz de Jesus. Emocionado torvelinho de cenas e falas e lances de nossas vidas como artistas amadores e profissionais da estrada de ferro. Para provocar, lembrei a ele que o Partido Comunista da China expulsou um presidente de estatal que chamou o líder Xi Jinping de “palhaço”, pelo modo canhestro de lidar com a pandemia do corona vírus. Fred rebateu: “pior é aqui que não temos um palhaço no comando, e sim um exterminador do futuro”.
Fred vivia preocupado com os trinta milhões de miseráveis no campo e na cidade, mas não ficava se lamentando nas redes sociais, que na época nem se sonhava. Dava a cara à tapa, ia à luta, “pero, sin perder la ternura”. Ponta direita medíocre, gostava de proclamar: “esquerda, só a consciência”. Fred provou que não só o Homem Aranha pode parar um trem. Ele fazia isso nas greves da categoria. Estancava a força das máquinas com a robustez de uma energia que não existia concretamente, mas vivia disfarçada naquele pequeno homem como se fosse um superpoder a crescer com suas certezas e suas mais fundas esperanças. Fazia reuniões com trabalhadores rurais sem terra no pátio da estação, à vista dos policiais ferroviários. A Polícia Ferroviária produzia relatórios semanais para os chefetes. Só porque levei para ler no trabalho um exemplar do jornal “O Pasquim”, fui citado num desses relatórios. Fred era a estrela máxima daquelas narrativas autoritárias. Acabou demitido pelos milicos. Foi ser sindicalista e agitador profissional.
Após quarenta e tantos anos, eis que me aparece o compadre
Fred nas redes sociais. Uma semana depois veio a notícia do seu falecimento.
Dogmático e fanático e devoto de um deus realmente sensível e humano, o deus do
homem redentor de si mesmo, morreu Frederico Guilherme.
“Onde o porto a que levei meu morto?”, indaga o poeta Moacyr
Félix.
QUADRINHAS E CONTRADANÇA
Chamam de agro negócio
Tomar terra do nativo
Ocupar terra vazia
É “comunismo abusivo”
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E os juros no cartão
Quase quinhentos por cento
Mas tomar grana do pobre
É do comunismo intento
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Em um momento da história
O homem perdeu o bonde
A caravana que passa
E o cachorro se esconde
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“O voto é como o beijo
Que só por prazer se dá
Não vos pedirei um voto
Acho uma praxe má
Se quiser votar em mim
Agradeço desde já”
(Para seu Ciço)
O
Tenente Edson Gomes, da PM da Paraíba, foi o primeiro leitor do meu livro de
versos curtos “Poemas malditos em prosa, verso, gesto e grito”. O livro foi
lançado ontem (4), e vai chegar nas casas dos que me honraram com a gentileza
de comprar antecipadamente.
Tenente
Edson Gomes tem afinidades comigo: é cordelista, radialista comunitário e
defensor dos direitos humanos. Uma figura de alto nível moral. Só tenho leitor
desse padrão!
INFESTAÇÃO DE HUMOR MEDÍOCRE - BARATA SELECIONA AS PIORES PIADAS DO MUNDO
Rádio Barata no Ar – 56ª edição no Radiotube:
Em nota oficial, a barata, a ema, o jumento e todos os bichos vertebrados e invertebrados agradecem publicamente ao Presidente Jair Bolsonaro por ter indicado um veterinário no Ministério da Saúde pra cuidar de nós. - Edição 55 no Radiotube: