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terça-feira, 26 de junho de 2018


ETC & ETC 


Grupos de WhatsApp mostrando vídeo onde o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, aparece dentro de um carro, no banco de trás, sem usar o cinto de segurança. Dizem que o prefeito dá mau exemplo. Mais uma picuinha para melar a figura do político, cujo irmão é pré-candidato a governador. Minha opinião: para ser digna, a galera contrária deveria focar em temas realmente de interesse público. Patético!

Um colunista do jornal A União, que se diz membro da Guarda Nacional, aconselha à filha, faixa preta de caratê: “Se sofrer alguma agressão, não bata para aleijar; bata para matar. Use os golpes letais que você sabe.” Desconfio que esse senhor é eleitor do Capitão Caverna.

Vocês fiquem espertos, inclusive o coronel colunista da Guarda Nacional, porque “ou seremos todos cidadãos ou ninguém será, ninguém viverá a ‘segurança’ almejada pelos ricos.”

O romance “Fogo morto”, de José Lins do Rego, completa 75 anos de lançamento. No romance, o cego Torquato leva uma pisa do alferes Maurício, que suspeitou de ser ele espião do cangaceiro Antonio Silvino. Esse alferes deve ser parente do colunista truculento.

“Eu não sou esse monstro que eles dizem que eu sou. Eu sou muito pior.” – (De um romance que li, cujo autor esqueci.)

Vou lançar o livro de poesias “Laranja romã”. No lançamento, confessarei que meu sonho era ser contista. Nunca escrevi um conto que prestasse. Optei por fazer poesia, que é um gênero onde você escreve um monte de besteiras para que um leitor inteligente reinvente e reformule o jogo de palavras.

Compadre meu enviou um exemplar do livro "Manual da Poesia Fajuta", de Sérgio Cortêz. Não sei porque, senti a cutucada de uma certa indireta.

Um meme do Twitter: “A sorte de Neymar é que ele joga ao lado de Jesus. Toda vez que Neymar cai, Jesus ordena: ‘levanta-te e anda!”.

A Pátria de Chuteira entra de sola. E o Brasil em queima geral para entrega do prédio.

Enquanto isso, eu faço um programa de rádio potoca que desafia o coro dos contentes e tira o couro dos indecentes.

Che Guevara era médico e asmático. Tratava-se com maconha. Há quem diga que, em Cuba, se vivo estivesse, não estaria satisfeito com a política antidrogas de lá. O cidadão que for pego com uma baga leva cana por longos anos. A “revolução” não trata bem os malucos beleza.

De um colunista carioca: “se eu tiver de escrever com raiva, falarei de Bolsonaro. No caso desse senhor, nenhum excesso é possível.” O cara perde a ternura ao falar do linha dura.

Dizem as boas línguas que o governo petista de Lula e Dilma quis eliminar a miséria, substituindo-a pela pobreza. “A miséria isola, enquanto na pobreza ainda é possível a união dos lascados. A miséria é a falta absoluta. A pobreza não tem o necessário”.

“Nóis sem nóis não é nóis” – (Ferréz, escritor dos guetos)

Um tal Biliu de Campina cunhou frase de efeito cruel: “Não sou a favor da pena de morte; sou pela morte sem pena.” No rádio, você já acorda ouvindo o povão rosnar: “Tem que matar, tem que ter pena de morte”.

A questão é: ajudemo-nos uns aos outros ou salve-se quem puder.

O mundo religioso, como o político, é cheiro de mentiras bem contadas. Ainda hoje tem quem acredite em inferno, satanás, maçã do Paraíso, baleia que engole gente e burra que fala. Na Igreja Católica, o Espírito Santo é o maior eleitor do Papa, o único monarca absoluto do Ocidente. Doideira absoluta!

“Irmão, o demônio fode tudo ao seu redor, pelo rádio, jornal, revista e outdoor.” – (Racionais MC’s)