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segunda-feira, 2 de março de 2015

Misturando Hip Hop com frevo, caboclinho e cordel

 A rapper Clareana Cendy vai levar a a Nega Nagô, boneca de carnaval, para a festa em Itabaiana


Pode? Acho que dá liga. Vou tentando engendrar esse projeto para a entrega do Prêmio Leonilla Almeida, em 14 de março, na cidade de Itabaiana, terra do mestre Zé Leiteiro, antigo cacique de tribo indígena do carnaval, cuja filha, do Carmo, será homenageada por manter a tradição dos caboclinhos do pai.

Na mesma festa, vai entrar o frevo com orquestra local tocando para o Zé Pereira, figura tradicional do carnaval de Itabaiana, porque vamos homenagear dona Mocinha Lopes, aguerrida carnavalesca mantenedora da tradição. E no meio da zoada, aparecerá Clareana Cendy, com seu Hip Hop engajado nas lutas sociais.

Entre um batuque e outro, poetas de Itabaiana declamarão seus poemas em homenagem às mulheres, esses seres festivos por natureza. O prêmio também será entregue à professora Ozaneide Vicente, de Mari, professora Luzinha de Itabaiana e outras figuras femininas da região.

Misturar rap, maracatu e batida de tribo indígena é unir cultura de rua que vem dos americanos e nossos batuques de raiz, fortalecer nossa cultura afro-indígena, em meio aos elementos tradicionais da literatura de cordel, os versos dos poetas e o canto falado do hip hop. A própria cultura Hip Hop gosta de misturar. Vai dar liga, podes crer, brother!

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