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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

No centenário do coreto, que tal pensar na sua conservação?

O coreto, tendo ao fundo casarões também centenários que já forma demolidos


O coreto de Itabaiana completou cem anos. É uma peça única na Paraíba. Não existe outro equipamento desse tipo em nosso Estado, por isso, e porque é o símbolo maior de Itabaiana, mereceria maior atenção dos administradores do Município. O maior golpe contra o coreto foi desferido pelo ex-prefeito Aglair da Silva que mandou desfigurar a praça do entorno para construir esse monstrengo que chamam de rodoviária.  Da mesma forma, qualquer prefeito maluco e sem noção pode muito bem mandar demolir o coreto pra fazer, por exemplo um mictório público, a exemplo da ex-prefeita Dida Moreira que ergueu um sanitário no meio da ex-belíssima praça 24 de Maio, no centro da cidade.

O maior presente que daríamos ao coreto centenário e à cidade seria uma legislação de proteção ao nosso patrimônio público. Nos termos do art.32 da Constituição Federal, os Municípios juntamente com a União, Estados e o Distrito Federal têm competência comum para, entre outras, proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos. Porém, a proteção ao patrimônio cultural não deve ficar apenas nas iniciativas do Poder Público, cabendo às comunidades e a sociedade como um todo o dever de colaborar com este processo, aliás como previsto no § 1º, do art.216, CF. Pensando nisso, o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar preparou projeto de lei que está para ser encaminhado à Câmara pelo nosso associado, vereador Semeão Rodrigues.

O patrimônio cultural de uma comunidade é importantíssimo para a sua própria sobrevivência, de forma que deve ser protegido primordialmente por seus cidadãos e pelos Municípios. É uma questão fundamental para a qualidade de vida de nossa população.

O coreto tem um porão onde poderia ser instalada uma organização não governamental para dar vida ao ambiente, promovendo eventos culturais no próprio coreto e na praça, como por exemplo o próprio Ponto de Cultura Cantiga de Ninar que não tem sede própria. É uma ideia que esperamos tenha guarida nos setores competentes do Município. 

Um comentário:

  1. Se existe uma coisa que detesto é ser repetitivo, mas infelizmente eu sou, e muito, principalmente quando vejo patrimônios históricos serem destruídos e apagarem registros da historias. Alguns fatos muitos escritores registram em suas obras, mas quando o local físico é demolido o Município perde a essência histórica e com o passar do tempo passa ser ignorado pelas gerações seguintes.
    Sobre nossa querida Itabaiana já falei muito e repeti muito sobre a destruição que vem ocorrendo com seu Sitio Histórico, O próprio coreto já foi sequelado. Eu ainda tive o privilegio de ver a beleza total do coreto na plenitude total de sua praça. Tive a infelicidade de assistir a destruição de parte da praça para construção de uma rodoviária atualmente fora do circuito rodoviário e totalmente maltratada e parcialmente obsoleta. Recordo a luta do Sr. Onaldo Fonseca para manter a integridade da praça.
    Entre outros Itabaiana já perdeu historicamente:
    A praça 24 de maio ( hoje ponto de encontro de bebuns e se assemelha a uma favela no centro da cidade)
    Colégio de São Jose ( Educandário histórico da grande mestra Itabaianense Marieta Medeiros)
    Praça Monsenhor Coelho ( hoje um posto de gasolina)
    Escola do professor Mendonça ( grande mestre itabaianense, que muita gente já desconhece)
    A estação Ferroviária ( hoje uma bela pousada, mas que poderia ter se transformado num centro de artesanato a exemplo de muitos outros municípios.)
    Outros prédios ou monumentos continuam resistindo não se sabe até quando, talvez até despertar algum interesse político. São eles, Instituto Nossa Senhora do Carmo ( Professor Maciel ), o Obelisco ( conhecido como pirulito) , o Hospital São Vicente de Paula, a União dos Artistas entre tantos.
    O ideal seria que o Município criasse lei de tombamento para esse prédio, mas acho difícil, porque que a palavra “ Tombar” deve estar sendo entendido pelos gestores como levar ao chão, derrubar, fazer cair, aí fica difícil.
    Vale lembrar que ate o rio Paraiba do norte que corta a cidade tentaram acabar, imaginem o resto.
    Valeu Fabio, espero que o Arquiteto do Universo te ouça e o correto seja mantido por vários séculos.
    Orlando Araujo,

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