Papo de fim de ano com minha comadre Marinalva

Marinalva Dionísio no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar. Ela é aluna da oficina de música e canta no grupo "Ganzá de Ouro"

--- E aí, como é que está o Ponto de Cultura?  Já estou sabendo que o professor Mauricio não vem mais.

--- Tudo indica que vai fechar agora em janeiro. O aluguel vai passar pra 500 paus, não temos condições de pagar.

--- Que pena! Eu cansei de me esforçar para ficar aberto. Ajudei no que pude.

--- Pois é.

--- Agora fiquei triste. Tanto esforço pra nada.

--- É assim a merda da vida. Mas, valeu a pena o pouco que fizemos, não acha?

--- Não tem como achar um lugar mais barato?

--- O problema é achar gente que bote fé no projeto. Estamos cada dia mais sós.

--- Itabaiana não tem jeito não. Nada de bom prospera.

--- Não culpe a cidadezinha. Talvez tenhamos sido incompetentes pra tocar um projeto maior do que nossa capacidade de gerenciamento e aglutinação.

--- Aglutina o que?

--- De juntar gente em torno de interesses comuns, entende?

--- Mas, tinha tanta gente antes! Talvez o que faltou foi alguém pra tomar conta.  

--- Minha comadre Marinalva, aquilo era uma oficina de ideias, de disseminação de cultura e bom gosto pela leitura. Pelo menos era esse o propósito. Não está na pauta dos gestores públicos.

--- Vamos tentar reverter essa desgraça! Temos que mostrar que precisamos de ajuda pra não fechar, e alguém comprometido pra cuidar, porque nós estamos muito atarefados com nosso ganha pão, pois o Ponto é só por amor à arte.

--- Pois é, continuar confiando na própria vontade. Fazer mágica de novo no ano que vem, é tirar PHd de Mandrake.

-- O que é isso?

--- Mandrake era um mágico de revista em quadrinhos de minha época. E PHd é pós-graduação em alguma ciência complicada, como filosofia.

---  O Ponto é sem fins lucrativos. Tem gente que não entende, pensa que ganhamos rios de dinheiro cuidando do Ponto. Não sabem o que passamos de dificuldades por lá. Quando eu penso na situação, chega me dá uma gastura.

--- Gastura é ótimo! Quero dizer que a expressão é bem paraibana.

--- Pois, só não mando votos de boas festas porque sei que tu não gosta, mas queria que 2014 fosse mais feliz pra gente.

--- Mesmo assim, vai aqui meu agradecimento pela tua presença nas nossas batalhas culturais, enquanto deu.

--- Xau, o tempo ta acabando aqui na lan.

"Alô comunidade" recebe locutor de rádio comunitário do interior da Paraíba

José Mailton e Vital Alves no "Alô comunidade" do dia 28 de dezembro 

Nesta edição, entrevista com o cantor e compositor Vital Alves. O programa conversou também com o radialista comunitário José Mailton, da Rádio Comunitária Difusora Central da cidade de Gurinhém.

De Pilar, o repórter Evânio Teixeira, da Rádio Comunitária Difusora Verdes Mares, traz mais uma matéria exclusiva com o tema dos Conselhos Tutelares.

Produção de Fábio Mozart. Apresentação de Marcos Veloso, Beto Palhano, Dalmo Oliveira e Fábio Mozart. Sonoplastia de Maurício José.

Um programa da Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares, em parceria com a Rádio Tabajara da Paraíba.

Ouça a gravação do programa no Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=prXWZ6plN4E&feature=share

Toca do Leão na coluna de Rubens Nóbrega

A maldição de Chico da Mata

Sob esse título, Fábio Mozart publicou na quinta (26) no seu Toca do Leão (fabiomozart.blogspot.com) o excelente escrito que reproduzo abaixo. Faço-o em homenagem a Apporelly, que domingo passado inaugurou neste espaço (com ‘A sina de Cabedelo’) a série sobre municípios paraibanos alcançados por supostas pragas que privam seus moradores de governos minimamente competentes ou decentes.

(Na edição de domingo, 29, do Jornal da Paraíba, Rubens Nóbrega publica na íntegra a crônica postada neste blog.)

POEMA DO DOMINGO

Hai-Kai

No boteco de quinta

Mesa posta

Descomeço de semana

Segunda encosta.

De si em si

Ensimesmado

Como estátua de sal

Ao sol dobrado

Ninguém controla

A minha ânsia

Em discagem direta

À distância.

Manipule

Re-construa

Re-formate

Faça transpoesia.

Sou objeto

Quase identificado

Made in China

Personalizado.

F. Mozart

Neto de líder político itabaianense lança CD em programa de rádio neste sábado

Vital Alves é um do maiores talentos da música paraibana, segundo o maestro Luiz Carlos Otávio. Ele é neto de Daciano Alves de Lima, que por sua vez foi fundador da banda filarmônica 1º de Maio na década de 40, um dos maiores líderes políticos da cidade de Itabaiana em todos os tempos. Além de artesão seleiro e mestre em várias atividades artísticas, Daciano foi Prefeito, Vereador, Juiz de Paz, Presidente da Câmara e animador cultural, tendo fundado clubes carnavalescos, times de futebol e a União dos Artistas e Operários, um dos mais influentes clubes artísticos da cidade por muitos anos. Daciano Alves era cunhado de Zé da Luz, um expoente da arte literária paraibana.

Vindo dessa família, Vital Alves tem a música no sangue. Ele acaba de gravar o CD “Vitalidade”, cujo lançamento será neste sábado, 28, na Rádio Tabajara da Paraíba AM, às 14 horas, no programa “Alô comunidade”, comandado pelos radialistas Dalmo Oliveira, Fábio Mozart, Marcos Veloso e Beto Palhano.

Na mesma edição do programa, o DJ José Mailton vai falar sobre suas experiências como comunicador em uma pequena difusora em Gurinhém, no interior da Paraíba. “Será nossa homenagem às diversas rádios comunitárias e difusoras que retransmitem nosso programa, nesta última edição de 2013”, disse Beto Palhano, um dos apresentadores.

O programa “Alô comunidade” é produzido pela Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares em parceria com a Rádio Tabajara da Paraíba, retransmitido por onze rádios comunitárias e diversos serviços de som espalhados no interior do Estado.

O programa pode ser ouvido em tempo real pelo site da emissora:

http://radiotabajara.pb.gov.br/

Minha mãezinha que já ta com oitentinha

Dona Iraci abre seu presente de aniversário

Quando eu tinha mais ou menos um mês de vida, em Timbaúba, minha mãe quase que se converte ao catolicismo, contra a sua fé protestante. Porque o Frei Damião foi fazer uma missão na cidade, conclamando aos católicos para não querer conversa com os “nova seitas”, como eram chamados os crentes naqueles tempos de intolerância. “Quem vender qualquer coisa a um nova seita, vai pro inferno”, gritava o frei fundamentalista em suas prédicas. Para meu azar, o leiteiro era devoto do frei e deixou de vender o leite da minha papa. Numa época em que não existia o leite enlatado, foi preciso meu pai dar parte ao delegado que, por sua vez, forçou o amedrontado leiteiro a fornecer o produto, senão este leão teria morrido de fome.

O caso vem-me à lembrança a propósito da data de hoje, 27 de dezembro, dia do aniversário da senhora Iraci, minha mãe. Não pela sofrida circunstância do fato de uma mãe se ver numa enrascada dessas, mas para registrar que essa senhora foi bem sucedida em sua missão de genitora. Cumpriu seu papel com dignidade, honradez e uma certa dose de heroísmo, condignamente assessorada pelo esposo, seu Arnaud.

Ela continua evangélica. Temos motivos suficientes para lhe votar uma admiração especial. Nessa quadra da vida, acrescentei mais um: seu devotamento ao marido doente, dia e noite, amenizando o forçado repouso do guerreiro. Dona Siduca, como a chama o companheiro, flutua em torno do mestre Arnaud, o passo leve de quem conhece os caminhos do afeto mais verdadeiro, mesmo com a osteoporose atrapalhando um pouco.   

A maldição de Chico da Mata

Rubens Nóbrega conta a história de um cigano que foi parar em Cabedelo e lá enterrou uma caveira de burro, justificando o azar daquela cidade.

Zé de Lila tem uma lenda comum em seu repertório, que seria uma temeridade eu contar aqui, mas, diante da insistência do meu compadre Ameba, irrequieto conterrâneo de Itabaiana do Norte, passo a desfiar o fato, que tem a mesma linha narrativa da crônica do Rubens, faltando só a maresia do ar de Cabedelo.

Diz que se deu nos idos de 1970, numa época em que proliferava um bicho safado chamado dedo-duro da ditadura. O cara aproveitava o clima de terror do regime de força e dedurava os inimigos, apontava como comunista aquele seu desafeto, entregando-o à sanha dos milicos. Pois foi um dedo-duro desses que fez uma varredura na cidade. Tudo que era de intelectual, jornalista, líder político, a raça dos estudantes inteligentes, a turma de artistas, a chamada elite pensante do lugar, foi tudo preso. Quem não pegou cadeia, largou-se no mundo, com medo de sentar na cadeira do dragão nos quartéis. Meu pai Arnaud Costa, Secretário da Prefeitura no governo do ex-prefeito Hugo Romero Saraiva, montou num cavalo chamado Mamão, propriedade do fazendeiro Zé de Paulo, e se mandou por esse mundaréu, com o jipe do Exército correndo atrás por causa das ideias que esse jornalista andou espalhando no jornal “A Folha”. O professor Israelzinho foi pego em impedimento na zona do agrião, acusado de jogar na ponta esquerda de um time chamado Grupo dos Onze, treinado por um tal de Brizolão. Pois bem, na cidade só ficou o lado analfabetizado da humanidade, já que os militares têm ódio de quem pensa antes de prestar continência.

Apontado como comunista, comedor de criancinha, cheio de intenções malévolas de criar a república anarco-sindicalista-raparigueira na Rua das Flores, Rua 13 de Maio e adjacências, o famoso poeta e biriteiro Chico da Mata foi procurado pelas forças de segurança para ser imediatamente preso e recambiado para o quartel mais próximo a fim de responder a rigoroso inquérito militar. O poeta não foi preso por dois motivos. O primeiro de ordem econômica, já que dormiu com a rapariga Maria Cento e Vinte e não pagou o programa, por insuficiência de fundos, tendo que se mandar de madrugada, pulando a janela. O outro de ordem estética, porque foi obrigado a raspar o grosso bigode devido a uma camada de chato que pegou na cama da rameira, dificultando o reconhecimento.

Na sua rota de fuga, Chico da Mata pegou o atalho do córrego que corta a cidade, onde se deu a famosa batalha do Riacho das Pedras. Ali, o perseguido cultor das musas enterrou uma caveira de burro e rogou uma praga: “Itabaiana, nunca mais tu vai ter um prefeito que preste!”

Igual ao caso de Cabedelo, o tempo tratou de confirmar a maldição.

ETC & ETC

No Natal de 1870, madame Laura posa com seu celular que ganhou de presente.

“Mesmo respeitando sua tendência ateísta desejo-lhe, no dia em que os cristãos celebram o nascimento de Jesus, que não lhe falta os bens sobrenaturais que o fazem respeitado e lido, por aqueles que admiram sua capacidade de sonhar e por em prática suas fantasias, em prol dos mais carentes.” – Lourdinha Luna, amiga e admiradora.

Vou mudar meu estilo de vida em 1º de janeiro como todo mundo.

As redes sociais formam um Homo digitalis triste, solitário, invejoso.

Em vez de Feliz Natal, desejo vida digna para todos.

Religião ou irreligião não definem caráter. Não tenho preconceito contra qualquer religião. Só combato canalhas, que podem ser até ateus.

Fim de ano, tempo propício para pseudociências, crendices, mistificações e pensamento mágico, tudo com muito molho de picaretagem.

Tradicional no Natal, panetone surgiu por "erro" de padeiro cansado. Por isso não tolero esse pão

Jessier Quirino virou atração de fim de ano da Globo. Pronto, não falta mais nada pra ser o Roberto Carlos do Nordeste. Tem coisa mió?

Oportuno lembrar que, por trás de todo Natal, tem sempre um SPC e Serasa na espreita.

Helen Adams Keller, surda, muda e cega, escreveu 14 livros. Aceito seu livro A HISTÓRIA DE MINHA VIDA como presente neste Natal.

MELHOR FRASE DE NATAL: "Neste Natal, disponibilize perereca na ceia. O peru agradece."

Jogo de bingo é proibido no país desde 2002. Itabaiana é a única cidade no Brasil onde bingo não é contravenção penal.

Autoridades católicas dizem que anjos não têm asas. Será que voam nos aviões da FAB?

Ronald Bigg, "o ladrão do século", roubou apenas uma vez. Comparado a certos prefeitinhos, é um inocente.

Neve fake é a grande atração deste Natal em João Pescoço.

"Fazer Natal em João Pessoa imitando Gramado é fazer cover do cover" – Rubens Nóbrega.

Luciano Cartaxo, o abominável homem das neves.

É preciso reinventar os caminhos. Em 2014 farei tudo do mesmo jeito, só que com nova técnica.

"Pedro Osmar disse que gostaria mesmo era de fazer uma música como as que Reginaldo Rossi fazia." - Humberto de Almeida.

Tuma: "Lula combinava as greves com os empresários e avisava o DOPS". Ou Tuma é escroto ou Lula é canalha

E a careca de Renan Calheiro, será que já nasceu cabelo? Se precisar de retoque, a FAB ta aí pra isso mesmo.

"Sou brasileiro, pago impostos, minha mulher precisa se depilar em Miami, posso requisitar um avião da FAB?" - Tonico Pereira

O paraibano está casando mais e com menos idade, de olho no Bolsa Família.

Ratos expulsam turistas das praias de João Pessoa. Ratos mesmo, fora os gabirus propriamente dito.

O Brasil está entregue às baratas e João Pessoa aos ratos.

“Não ligo pros teus sentimentos porque tou sem crédito" - Ameba, o cínico, para a namorada.

“Neste Natal, não passe em branco, coloque sua cor preferida, abra na cara seu falso sorriso franco.” – Poeminha que fiz com meu compadre Professor Luiz Antonio, no Facebook.

“Natal sem presentes! Papai Noel falido! Aplicou tudo na Telexfree.” - José Simão

Pela 1ª vez, ganhei uma cesta de Natal, do Sindicato dos Ferroviários. Grato, companheiros, por lembrar dos velhinhos aposentados.

Manifesto pedindo que o Supremo Tribunal de Justiça proibisse a execução da música 'Então é Natal', cantada por Simone, foi arquivado.

"Independe de esquerda ou direita. Em matéria de corrupção, o Brasil é ambidestro." - Humor sustentável

"Eu se orgulho-me todinho por ser cidadão dessa merda. Jamais verás um país da porra feito este!" - Luiz Berto

Em dezembro já foram pagos 110 bilhões de impostos. E a cidade de Itabaiana do Norte continua sem uma ambulância para servir à população.

Concurso explicitamente segregacionista e racista na TV Globo. A Globeleza só pode ser da raça negra.

"Melhor ser solteiro e deixar várias esperançosas do que ser casado e deixar uma Iludida!" - AMEBA, citando Zé Gotinha

Viva a imprensa brasileira, berço da corrupção, da omissão, da enganação, da mentira e do racismo.

Está mais fácil Seu Madruga pagar os 14 meses de aluguel ao Seu Barriga do que aquele rapaz me pagar o que me deve.

Gracinha do Twitter: “Comida gordurosa é romântica: vai direto pro coração”

 “Portuguesa toma no caneco” – Manchete de um jornal popular em São Paulo.

É melhor tomar no caneco ou tomar na rima?

Apesar das evidências em contrário, Deus existe e ele é ateu

Em lugar nenhum do mundo existe registro histórico de que Jesus ou qualquer outro deus nasceu no dia 25 de dezembro. Mesmo assim, neste dia celebram a crença de que um menino nasceu magicamente de uma mulher virgem e a mídia cobrindo o fato regularmente sem qualquer menção crítica.

Entendo que algumas crenças religiosas merecem respeito. Há, entretanto, algumas ideias que simplesmente não são respeitáveis, como a de que negros são inferiores, ou a de que a Terra é plana. Eu respeito a crença dos que celebram o 25 de dezembro, e também peço aos cristãos o respeito devido a quem não acredita em suas lendas.

Não sou ateu, e sim agnóstico. Quem não sabe o que isso significa, me dê o prazer de consultar um dicionário. Admiro, entretanto, as pessoas que têm fé absoluta.

Aliás, é bom lembrar que somos todos ateus em relação ao deus dos outros. Um evangélico, por exemplo, não acredita em Ogum, entidade do candomblé, ou associa ao demônio.

Acabo citando Eduardo Rickrot: “acho que um ateu deve valorizar e aproveitar melhor a vida, pela consciência de que ela é única e não merece ser desperdiçada se reunindo em grupos para tentar conversar com um amigo imaginário tímido.” 

 

Ponto de Cultura prepara selo comemorativo dos dez anos de atividade

O Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, de Itabaiana, está trabalhando na confecção de selo comemorativo pelos dez anos de atividades da organização não governamental. O lançamento será em janeiro próximo, por ocasião da noite de autógrafos do livro “Artistas de Itabaiana”, de Fábio Mozart.

A confecção de um selo vai da elaboração da logomarca, organizada pela entidade, envio da proposta para os Correios e o ato solene, onde uma carta com a logo da instituição e a dos Correios é carimbada e enviada a uma instituição de registro histórico. Após carimbado, o selo circula pelo mundo todo e tem valor comercial, pois é impresso pela Casa da Moeda do Brasil.

O projeto de lançamento do selo comemorativo tem apoio do poeta Sander Lee, que é funcionário dos Correios e ex-membro da Sociedade Amigos da Rainha do Vale do Paraíba, entidade mantenedora do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar. Sander Lee ressalta a importância do Ponto de Cultura para a comunidade: “além de colaborar para uma formação de qualidade de artistas e estudantes, é uma ponte entre a sociedade e os produtores culturais, sob um viés alternativo”, afirmou. “Vai ser a primeira vez em que uma entidade itabaianense terá um selo comemorativo, que é uma forma de perdurar esse momento solene de lançamento do meu livro e aniversário da entidade”, acrescentou Fábio Mozart,  

POEMA DO DOMINGO

O BAR

Conheci um bar que não existe,

um bar que fica numa rua triste,

em um subúrbio que ainda persiste,

onde a simplicidade subsiste

e na fachada, escrito em cima que é um bar.

Nesse bar o vencido ainda resiste

e a felicidade só consiste

em cantar velhas canções de copo em riste

à energúmena grei do ébrio triste

que já morreu e esqueceram de enterrar.                                 

Conheci um homem nesse bar

coberto com um pano de mortalha

enchendo seu encéfalo canalha

esbandalhando sua mente falha

mourejando nessa ânsia de encontrar

no espelho em frente sua verdadeira cara

entre uma clara e outra escura,

em meio à ilógica contextura

de sua própria e fiel loucura.

Com uma cara ele enfim se acha,

com a outra cara ele se procura.

F. Mozart

Artista plástico de Pilar concede entrevista em programa radiofônico da capital

Del Pilar dá aulas de pintura em seu ateliê

O artista plástico Del Pilar é um dos entrevistados do programa “Alô comunidade”, da Rádio Tabajara da Paraíba, que será transmitido ao vivo neste sábado, 21, a partir das 14 horas, com apresentação do jornalista Dalmo Oliveira e do comunicador Beto Palhano. O programa é produzido pela Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares e está na grade de programação de doze rádios comunitárias, além de difusoras e blogs na internet.

Del Pilar é presidente da ONG D. Pedro II, onde oferece oficina de artes plásticas para jovens pilarenses. Ele pede ajuda de entidades e de pessoas da cidade que queiram doar material de expediente e de construção para a conclusão do espaço físico da associação que funciona em seu ateliê. “Fico triste com os políticos locais que não valorizam este trabalho onde priorizamos a inclusão social de crianças e adolescentes em risco social”, afirmou.

O programa “Alô comunidade” pode ser sintonizado no site da emissora na internet, no endereço: http://radiotabajara.pb.gov.br/

DEPOIMENTOS SOBRE REGINALDO ROSSI NA INTERNET

“Vaginaldo Rossi, o fenômeno das partes intimas, o rei dos cabarés, famoso em todas as zonas do Nordeste.” – Ricardo Santos

Depois que Reginaldo foi "globalizado" suas músicas não são mais como antes... – José Pereira

“Pois é, quase tudo começou em Recife. Parece que a maioria dos incautos do Brasil não sabem disso por preguiça de buscar informações e/ou por serem doutrinados pela mídia ítalo-árabe de São Paulo. Agora cabe ao povo de Recife ser mais orgulhosos e focar mais no presente e futuro para resgatar o "tempo perdido". (Sobre a música “Recife minha cidade”) – Cigano do Norte

“Partiu o rei do brega, deixando a nossa música ainda mais pobre. O 'brega de Reginaldo era carregado de romantismo e de um sarcasmo inteligente, bem diferente do brega de hoje em dia que realmente estupra nossos ouvidos.” – Fernando Wismeck

“Ele representa uma página importante da cultura de Pernambuco e do Brasil.” – José Ricardo Silva

“Caro Reginaldo Rossi: será que eu também sou corno como você? Tou em dúvida... Eu só acredito vendo, e mermo assim só se eu ver o caba safado montado na minha mulher e fungando. Senão, amigo, vou pensar que é salva-vida”. – Carta de um fã.

“Reginaldo Rossi é um dos últimos intérpretes do romantismo que os falsos intelectuais chamam de brega. Ele realmente nos dias atuais, saiu de sua origem para um estilo meio baixo de cantar as dores, os insucessos amorosos, as paixões incontidas. Tirabndo as apelações, é um dos melhores intérpretes românticos do país.” – Erivaldo Pinheiro

“Moro em recife ao lado do bairro onde ele nasceu. Vamos tomar todas em sua homenagem. Valeu, parceiro!” – Napoleão Neto

“Tenho 14 anos e adoro as músicas de Reginaldo, e num tô nem aí que outros mim chamem de cafona.” – Milena Cristina

“Reginaldo Rossi é um grude em minha vida, náo sai nunca.” – Maria do Socorro Porto

“Cara, eu sou motorista de ônibus, um dia vi ele gravando um comercial, parei o ônibus e fui lá falar com ele que parou a gravação e mandou tirar uma foto comigo e madou beijos pra galera do busão.” – Nino

“Reginaldo, você me canta, pois sou uma mulher que vive apaixonada, que tenho a sensualidade na pele... aliás sou amazonense, povo quente.” – Minel Amorim

“Em 1970, Reginaldo Rossi gravou o LP “À procura de você”, no embalo da jovem guarda. A música “Por que você já não me mata de uma vez” foi o grande sucesso do disco, numa época em que o jabaculê nas rádios não decidia o que seria ou não sucesso.” – João Melquiades