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terça-feira, 31 de janeiro de 2012
QUEM LÊ MEU LIVRO
Antonio Martins
Esse senhor é uma das figuras mais importantes do movimento de teatro amador da Paraíba. Fez história como presidente da Federação Paraibana de Teatro Amador nas décadas de 70/80, conseguindo agregar mais de 90 grupos de teatro atuantes no Estado, incluindo o nosso Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana. Durante as gestões de Antonio Martins, a Federação de Teatro Amador foi uma das mais atuantes e fortes entidades da cultura paraibana. Atualmente, a FPTA não existe mais. Morreu com seu último presidente, João Balula.
Foi nas lutas teatrais que conheci Antonio Martins. Somente agora, há poucos dias, voltei a rever o companheiro no Sebo Cultural durante lançamento de livro do nosso amigo comum, Romualdo Palhano. Conversamos sobre teatro, evidentemente, lamentando o enfraquecimento do movimento amador na Paraíba, hoje sem representação política, sem rumo e sem voz.
Relembramos a força do nosso teatro naqueles tempos ditatoriais, quando os amadores discutiam política e cultura, como uma espécie de linha de vanguarda de nossa sociedade. O amor pela arte dramática era o motor daquela agitação, junto com o desejo de bater de frente contra um sistema político opressor, contra a censura à produção cultural e intelectual. Foi nessa conjuntura adversa que o teatro amador cresceu. Hoje, igual ao cachorro que corre atrás do automóvel, depois de oito anos de governos pretensamente de esquerda, não se sabe o que dizer e o que fazer, para quem e com que finalidade produzir teatro amador nesta terra.
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