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domingo, 5 de abril de 2020

POEMA DO DOMINGO



Haikay da pandemia

Isolado estando
verme humano não vê
velho mundo remoçando

Definitivamente morto
o obstetra infecto
cancela o aborto

Num impulso correto
distúrbio copidesca a vida
e infecta o feto

Segue isolado
o mal-estar
do condenado

Vírus mestiço
cabra cafuzo
vive em cortiço

Na idade mídia
pueblo enaltece
toda perfídia

Pela fala ou pelo falo
terás que obedecer
insigne vassalo

Na pandemia
um virtuoso vírus
destrói e cria

Hoje és a caça
nada te pertence
nem a carcaça

À dúvida atento
isola-se o vírus
ou o virulento?

F. Mozart



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