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domingo, 18 de junho de 2017

POEMA DO DOMINGO


Poema sem alarde
passarinhos
no fim da tarde

***

Amor doloso:
clara e manifesta intenção
de forçar o gozo.

***

Sou um PC
sem serventia
quando me abraça
você me reinicia

***
Nasceu sem nome
no nono mês
de fome

***

Esqueci no banco
da praça
um verso branco
o outro manco
e uma elegia
sem graça

***

Desguardou
os dez mandamentos
as leis do alcorão
e todos os editos
dos subjugados

***

Com medo da noite
virou poeta
de grito estéril
em luz e sombra



F. Mozart

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