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terça-feira, 24 de março de 2015

Eu nas quebradas

Eu com Chico Tadeu, Ricardo Ceguinho, Marcos Veloso e Neneu Batista

Eu nas quebradas com meu compadre Marcos Veloso, visitando a cidade de Mari, onde encontrei meu velho amigo Ivo Severo, parceiro de aventuras de rádios livres em Itabaiana do Norte, anos 70. Ivo agora reside em Mari, descansando de suas lutas pela comunicação no rádio e na fotografia, profissional qualificado que é na arte de bater chapa.

Visitamos a Rádio Comunitária Araçá, onde tiramos essa foto no pátio da antiga estação ferroviária, sede da emissora que ajudei a fundar em 1998.

Reencontrei o Chico Tadeu e meu compadre velho Ricardo Alves, o ceguinho, companheiros de teatro naquela cidade, onde morei por 12 anos.

Rapaz, como eu gostaria de morar em um mundo habitado por seres amigos! Em Mari, sou cidadão habilitado com direito a diploma na Câmara dos Vereadores. 

Meu compadre velho, o Chico Tadeu, é uma criatura muito invulgar. Sujeito espirituoso, recebeu o codinome “Biu Penca Preta de Mari” por gostar de tomar cachaça e debater teses escalafobéticas. Chico é fã de Elvis Presley e John Lennon. Do músico inglês, gosta de citar a frase: “Imagine all the people living life in peace.” É um cara de paz, um sonhador.

Meu amigo Neneu Batista também estava na rádio Araçá, comunicador que é da pioneira comunitária do brejo paraibano. “Ta tudo caminhando, não sei pra onde”, disse Neneu. Meu antigo território continua o mesmo. Cidade calma, clima bom, boa gente.

“Com nossa turma não dava pra fazer um filme, porque só tinha artista, faltava mocinho”, lembrou Chico Tadeu. É, mas acabamos fazendo um documentário sobre a cidade, que depois virou peça de teatro. “Mari, Araçá e outras árvores do paraíso”, espetáculo que queremos remontar, se o Governo do Estado fizer a fineza de liberar recursos para o projeto, inscrito no Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos.

Neneu Batista é radialista eventual, ex-farrista exemplar, amigo fiel, apreciador da cultura popular. Boa praça. No mais, é isso. Talvez nem tanto.



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