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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Nota de esclarecimento e agradecimento ao baiano velho e todos que nos apoiaram


Esse baiano velho é meu compadre Dalmo Oliveira, jornalista de grosso calibre e alma bondosa. Ontem ele escreveu no seu blog uma matéria sobre a situação por que passa o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, onde eu fiz um ligeiro esclarecimento. O compadre não gostou, pegou mais ar do que pneu de trator, no que eu peço publicamente as desculpas deste blogueiro. Sei que o Dalmo é pessoa engajada nos movimentos sociais e quis dar uma força. Agradecendo ainda ao mestre Dalmo, aproveito para fazer uma reflexão junto com o jornalista Samarone, do Recife, que na sua crônica na internet pergunta o que é que está havendo com as pessoas.

“Não sei o que há, mas sinto, no ar, um certo peso. As discussões políticas se tornam quase impossíveis. As câmaras secretas do egoísmo estão às escâncaras. Discordar, agora, é quase uma blasfêmia. Sei de vários casos fraticidas via Internet, amizades desfeitas por causa de textos publicados. Comentar algo que alguém escreveu é quase como liberar cinismos trancafiados, com palavras que ferem e deixam cicatrizes.” Isso na visão de Samarone. Eu acho natural que na internet as pessoas mostrem os monumentos que são seus egos. Tem gente que se leva tanto a sério que acredita mesmo que é o centro do universo. Claro que não é o caso de Dalmo e da grande maioria dos meus amigos conectados nessa máquina doida que se chama rede social.

Arrogância à parte, quero dizer aos meus compadres e comadres que o caso do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar caminha para uma solução muito positiva. O clamor foi grande entre as pessoas ligadas à cultura e movimento social, e estão acontecendo respostas. Acho de uma importância fundamental o apoio de pessoas como Dalmo Oliveira, Buda Lira, Bebé de Natércio, Edileide Vilaça, Cacá Barbosa, Beto Quirino, Fernando Abath, Marcos Adriano e tantos outros que assinaram a Nota de Solidariedade online. Só duas pessoas se recusaram a assinar, entre elas um rapaz que foi estudante de música no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, talvez porque ligado à família proprietária do imóvel.


É como diz Edgar Morin, filósofo: há pessoas com a “cabeça cheia” e outras com a “cabeça feita”.

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