No
primeiro dia do ano, tenho alvíssaras para meus compadres da Academia de Cordel
do Vale do Paraíba. O blog da Academia já está no ar, para divulgar nossas
atividades e os trabalhos dos poetas.
Sei que
pode parecer estrambótico, mas vou sugerir que os acadêmicos tenham seu fardão,
que é praxe em toda academia. O nosso seria camisa de mescla e chapéu de
vaqueiro, por óbvio que seja a representação.
Portanto,
no dia 24 de janeiro, no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, vamos empossar os
poetas de gabinete e os repentistas de viola e pandeiro, numa festa para a qual
já vou convidando meu compadre Assis Firmino, diretor de cultura de Mari e
grande apologista da arte da poesia popular.
De Natal,
vem o radialista e poeta Bob Motta. De Ingá, montado no seu ginete, galopará o
grande poeta Vavá da Luz, com um torrado de cobra para fazer tira-gosto de
cachaça e declamar seus versos fesceninos. Para quem não tem conhecimento de
assuntos indecorosos, fescenino é o poema lúbrico, o verso obsceno e malicioso,
tendo como contraponto a poesia de amor sacrossanto do considerado Antonio
Costta, o poeta de Deus, devidamente acolitado pelo pastor Sander Lee, outro
vate de proa que se inspira na Bíblia Sagrada.
Da terra
de Augusto dos Anjos acudirá o consagrado repentista violeiro Heleno Alexandre,
o grande da trova popular, com seu parceiro Divinho. Orlando Otávio, que é um
cordelista da terra de Zé da Luz, vai com seu irmão Agenor Otávio declamar sua
poética.
É festa
de acudir gente, em grande sarau que marcará o surgimento da Academia de Cordel
do Vale do Paraíba. Por aclamação, deverá ser eleito o companheiro Sander Lee,
um cabra que tem nome de japonês, mas é um poeta pátrio, com quem tive uma
peleja na feira de Itabaiana cujo resultado vamos lançar nesse dia.
O projeto
do blog tem o endereço abaixo, em fase de acabamento:
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