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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

DE MONERAS E OUTRAS PROSOPOPÉIAS DE OUTRAS ERAS



Eu com meu compadre Valdo Enxuto levando um papo com o poeta Augusto dos Anjos na Academia Paraibana de Letras. Enxuto querendo saber o que porra é “monera” de que tanto fala Augusto nos seus poemas noiados. Eu, na dúvida se perguntava ao poeta se realmente a árvore da serra era o filho que ele emprenhou numa escrava da fazenda do seu pai. Não querendo entrar nas intimidades do poeta dos Anjos da Morte, indaguei sobre os termos científicos usados em seus trabalhos, se seria uma espécie de propaganda subliminar de remédios ou de cursos da área, já que a publicação do seu primeiro e único livro foi financiada pela Faculdade de Medicina. 

O poeta permaneceu calado na sua mudez de bronze, caso em que fomos obrigados a ler suas respostas no livro “Eu”, soubemos que Augusto vive agora na pátria da homogeneidade, quando pararam todos os relógios. De fato, o relógio do começo do século vinte pendurado no casarão da Academia encontra-se devidamente parado, “abraçado com a própria eternidade.”

Leia meu cordel sobre Augusto dos Anjos, obrigado:


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