Páginas

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Rock pop saudosista no rádio

Eu com os rapazes do The Ze's: Zé Maria, Zé Orlando, Zé Gonçalves (Brasinha) e Saulo
No dia da República, 15 de novembro, conseguimos reunir um grupo de amigos que formavam uma banda de rock na minha cidade, nos idos de 1960/1970. No programa “Alô comunidade”, da Rádio Tabajara da Paraíba, os rapazes, agora cinquentões e sessentões saudosos da Jovem Guarda, contaram sobre a aventura de montar uma banda numa cidade do interior da Paraíba naqueles recuados tempos, embebidos de Bleatlemania, inspirados nas versões dos sucessos dos caras de Liverpool gravadas por conjuntos como Renato e seus Blue Caps e Os Incríveis. José Maria Filho, o líder da banda, agora é militante católico, mas não deixou de lado a paixão pela música. Formou um grupo gospel com os antigos parceiros. Nas horas vagas, se reúnem para relembrar os velhos tempos de Jovem Guarda e tocar o repertório do conjunto itabaianense “Os brasas”, banda que repercutia o carisma desse movimento musical pioneiro da cultura pop no Brasil.
Zé Maria, Zé Ronaldo e Zé Gonçalves, o Brasinha, agora são componentes da banda The Ze’s, que ainda conta com o baterista Saulo e o tecladista Vilinho, com a missão de passar para as novas gerações o que foi musicalmente aquela época da Jovem Guarda, e também bebemorar o prazer de estarem vivos, com amizades consolidadas, sem esquecer os grandes ícones do velho rock romântico, a partir do estouro dos Beatles em 1964 no Brasil.
Gostei de ver que o tempo passa e os tremendões, já em meia idade, ainda têm muito gás para fazer rock and roll. Os Brasas, ou The Ze’s, cantaram e tocaram algumas músicas ao vivo no estúdio da Rádio Tabajara, sobressaindo-se, logicamente, as canções de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, considerados os Lennon & McCartney brasileiros daquela época.
Foi uma tarde especial, onde revi conterrâneos que há muito tempo não encontrava nas quebradas desse mundaréu, apesar de vivermos na mesma cidade, João Pessoa. Gosto de fazer este programa por causa disso. A gente se diverte, ouve boa música, bons papos, e ainda debate temas ligados à cultura e à cena da comunicação comunitária. Nesse pé, já caminhamos para o quarto ano que estamos no ar, sempre aos sábados às 14 horas. 

Um comentário:

  1. Feliz daquele que pode falar e lembrar do se passado.Velhos tempos, Belos dias.
    João Wilson.

    ResponderExcluir