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domingo, 28 de setembro de 2014

POEMA DO DOMINGO


PELEJA DE SANDER LEE COM FÁBIO MOZART NA FEIRA DE ITABAIANA (VII)



A urupema e gamela
Simbolizando o mangaio
Marca maior dessa feira
Junto com couro e balaio
Com o mercadão do sexo
Na Rua 13 de Maio.

A memória, como um raio,
Leva à cena social
Dessa feira nordestina
Sua arte artesanal
Sua origem econômica
E cultura sem igual.

Começou com um curral
Antiga feira de gado
Da Itabayanna de então
Um simplório povoado
Às margens do Paraíba
Ficava localizado

No caminho do roçado
Para o brejo e o sertão
Dos vaqueiros tangerinos
Na longa penetração
Desse gado pioneiro
Para aquela região.

Dessa aglomeração
Surgiu este povoado
Nas margens de um bom rio
Matando a sede do gado
Florescendo uma aldeia
Como humilde arruado.

Depois do tempo passado
Desde a Missão do Pilar
Como nos conta a História
E cultura do lugar
Foi se formando esta feira
Que veio bonificar

O progresso do lugar
Com a sua economia
Onde vultosos negócios
Eram feitos todo dia
Sendo que na terça-feira
Chegava a mercadoria

Do varejo e hospedaria
Era aberta ao visitante
Que jogava seu dinheiro
Nesse meio circulante
Causando grande progresso
Essa riqueza abundante.

Economia arrogante
Dos reis do gado vacum
Que acendiam charutos
Ostentação incomum
Com notas de cem mil réis
Sem obséquio nenhum.

De batata a jerimum,
Carne seca, mel e fava,
Até panela de barro
Que o povo fabricava,
O comércio prosperou
Entre aquela gente brava.

Enquanto o gado desbrava
Criando prosperidade
Já a civilização
Chegava nesta cidade
Com jornais, livros, escolas
Dando notoriedade

 F. Mozart


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