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domingo, 10 de agosto de 2014

Profecia do bode


No dia 16 de novembro de 2011, a Toca do Leão publicou crônica sobre dois bodes pretos que passeavam tranquilamente na frente da matriz da Conceição em Itabaiana do Norte. Dizia a Toca:

“Esses dois bodes pretos moram em Itabaiana do Norte, onde são felizes e vivem tranquilos no centro da cidade, livres de qualquer ameaça à integridade física caprina ou bovina, posto que o matadouro local foi devidamente lacrado. As perseguições dos fiscais do meio ambiente também fazem parte do passado. A Prefeitura aboliu a intolerância contra a presença de animais nas ruas, seja cachorro, gato, bode, porco, galinha, boi ou cavalo, inclusive os que se enquadram no sentido figurado.”

Um dos bodes, chamado Francisco Orelhana, em homenagem ao famoso bode do desenho de Henfil, confidencia ao amigo que estão querendo arrumar um bode expiatório para o estado de avacalhação em que se encontra o lugar. “A cidade está cheirando a bode. Querem nos culpar, mas nós prezamos por um bom banho e não temos caspas, portanto deveriam buscar o culpado em outros elementos no quadro de secretários da Prefeitura”, disse Orelhana. 

Preocupado com o futuro, o outro bode fazia campanha para um candidato que prometia ser o continuador da administração tão zelosa pelo bem estar dos animais soltos nas ruas. O candidato do bode, por sinal o ganhador, não botou no seu discurso, mas estava implícito: iria deixar em paz os bodes, porcos, cavalos, bois, vacas, bêbados, favelas nas praças, mijadores dos postes, perturbadores do sossego público, espertos, marotos, tratantes e aproveitadores em geral.

Realizou-se a profecia do Bode. Atualmente, o administrador da cidade deixa em paz os animais, incluindo cavalos, conforme foto publicada no blog do Gil.   

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