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domingo, 16 de fevereiro de 2014

O professor e seus discípulos


Meu compadre professor Luiz Antonio é uma figura cuja sabedoria e impetuosidade, além do compromisso com a verdadeira educação, o tornam singular e muito benquisto na comunidade escolar da “João Fagundes de Oliveira”, onde fiz meus primeiros anos escolares. Ele levou seus alunos para a feira de livros do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, sempre cordial e amoroso com a moçada.

Meu amigo Giuseppe me confidenciou que Luiz Antonio gostaria de fazer uma peça de teatro. Como é cadeirante, precisa de um texto com personagem nessa condição. Lembrei de um espetáculo que vi há muito tempo, “B em cadeira de rodas”. O patrão, numa cadeira de rodas, não deixa que o empregado saia de sua casa, usando uma série de empecilhos para isso. O jogo de poder revela submissão e as velhas dualidades em discussão, como opressor e oprimido, patrão e empregado. O texto é de Ronaldo Radder. Talvez um dia a gente monte esse espetáculo.

Voltando ao professor, ele está sempre rodeado de gente jovem, seus alunos afetuosos.

Citando Pablo Picasso: “É preciso muito tempo para a pessoa se tornar jovem.”  E tem aquela de Menckel: “Seja legal com suas crianças. Elas é que vão escolher o seu asilo”. Depois, fechando com Cora Coralina, em homenagem à humildade do meu professor Luiz Antonio: "O saber a gente aprende com os mestres e com os livros. A sabedoria, se aprende é com a vida e com os humildes."

Tenham um bom domingo, senhoras e senhores, moços e velhos. 



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