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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Bisneta de cangaceiro nascido em Itabaiana


"Cangaceiro", de Portinari

Certo dia eu procurei entreter meus dois ou três leitores desta Toca com uma história de um pretenso parente meu, nascido na vila de Guarita, município de Itabaiana do Norte, que não é outro senão o temido cangaceiro Cocada, como ficou conhecido Manoel Marinho, do bando de Antonio Silvino. A família de minha mãe é dos Marinho, itabaianenses da gema, inclusive meu avô chamava-se Manoel. Fiz uma analogia, forçando os galhos de minha árvore genealógica para dar como ligado por consaguinidade a esse cabra valente e perverso que foi Cocada.

Ontem recebi uma mensagem de Luana Santos Tinoco Pacheco, que se diz bisneta de Cocada, moradora de São Paulo. Eis a cartinha eletrônica:

“Conheci seu blog Toca do Leão, show de bola. Outra coisa é que gosto muito de fazer amizades com gente de diversos lugares, culturas, países.

Fabio, cheguei no seu blog meio que sem querer, pois estava (e ainda estou) numa busca por mais conhecimento e informações sobre minhas origens. Como vi que comentou no blog que teria um parentesco com um dos integrantes do cangaço, nem pensei duas vezes pra me aproximar e saber mais. O que eu sei é que sou bisneta do Cocada. Sei também que minha avó materna também conheceu eles. Você pode me dizer como soube desse seu parentesco? O que sabe mais sobre eles?”

Pois aí está, cara Luana, a origem do meu “parentesco” com o cangaceiro Cocada. Esse cangaceiro mereceu até um livro escrito pelo juiz de direito Sérgio Dantas, que faz um perfil desse integrante do bando de Antonio Silvino. Cocada foi líder de um subgrupo e foi morto em novembro de 1907 em Timbaúba, minha cidade natal.

Entretanto, minha família mais moderna é tudo gente estilosa, garbosa e do bem. Nenhum malfeitor na parada. Não sei se Cocada é parente, apesar de ter Marinho no nome e ser itabaianense como meus pais. Se for, então somos primos distantes, eu e Luana. Meu compadre Luciano Marinho também deve ter ancestralidade comum com o célebre Cocada.

Assim é a Toca do Leão, sempre interessada no “fator humano”, sempre em busca de nossa identidade cultural própria.


Forte abraço a Luana e seus familiares. 

Um comentário:

  1. Hei amigo Fabio, aqui estou de volta.
    Mas dessa vez é para agradecer pela menção especial aqui no seu blog, que me deixou um tanto lisonjeada porém feliz. Como disse, vou persistir na minha busca e quem sabe, descobrir e voltar aqui pra te contar.
    Um grande abraço!

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