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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Cultura “por um mundo melhor”


Arte nas camisetas da Escola João Fagundes de Oliveira, estampando o meu rosto


A grande parceira do Ponto de Cultura cantiga de Ninar em Itabaiana é a comunidade escolar. Com os estudantes e professores já fizemos uma edição da Gincana Cultural, e em todos os eventos de nossa agenda incluímos com prioridade essa clientela, porque, teoricamente, é o grupo que produz conhecimento, uma área de manifestação do interesse por coisas novas, e nessa seara de massa jovem vamos tentando difundir a cultura local, principalmente.

Na condição de autor de alguns livros sobre nossa história, posso avaliar a própria produção, em viva voz e através das ações culturais das escolas. Nesse processo, vejo com imensa satisfação projetos como a Mostra de Cultura promovida no dia 23 de agosto pela 12ª Gerência Regional de Ensino, com a participação de grande número de escolas públicas estaduais. Não faço questão de disfarçar o sentimento de orgulho por ver meu trabalho sendo lido, avaliado e enaltecido pelos estudantes itabaianenses. Sem, no entanto, esquecer que não me afeta essa coisa de glória pessoal, o culto do eu que tanto desmerece muita gente. Mitologia pessoal não é comigo. Sou um cara simples, humilde e com um forte sentido de auto-crítica.

Ainda sobre parcerias, o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, do qual sou coordenador executivo, procura dividir as responsabilidades com outros atores da cena cultural de Itabaiana, entre eles a própria Secretaria de Cultura do Município. Sem querer ocupar o vácuo deixado por anos e anos de inoperância nesta área, mesmo porque não temos recursos nem estrutura para isso, convocamos esses parceiros naturais para fins de interesses comuns, entretanto, noto certo estado de impassibilidade, alguma apatia por parte dos gestores. Não se pode negar que o Ponto de Cultura é, hoje, uma instância importante e legítima no fazer cultural de Itabaiana. Se queremos nos constituir em parte de um processo maior de divulgação e produção cultural, deveríamos ser melhor tratados, com a consideração mínima por parte dos que, oficialmente, são responsáveis por esta importante área administrativa.

Muitas são as ideias e projetos que encaminhados para serem tocados em conjunto, mas parece que há sempre algum entrave, não sei se de caráter político ou outro qualquer. Quero crer que iremos ultrapassar essas barreiras e preconceitos, para enfim inaugurar um momento diferente nesta cidade, onde as picuinhas menores da política não criem compartimentos separados. Mesmo porque não somos competidores, não estamos disputando espaços de poder. Somos apenas um coletivo de artistas interessados tão somente na criação e difusão cultural, “por um mundo melhor”, como lembra nosso lema.

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