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terça-feira, 2 de julho de 2013

Sem discurso e sem arrufo





Aqui está o velho leão voltando a fazer o papel de relações públicas de si mesmo neste blog menos lido do que bula de remédio.  Mas, fazer o que? Se eu não me anunciar, quem o fará?
Mais recentemente, recebo convite para proferir palestra sobre cultura imaterial na Segunda Conferência Municipal de Cultura de Itabaiana, nesta quinta-feira, 4 de julho. Quem faz o chamamento é o Conselho Municipal de Cultura. Grande honra para mim, mas causa de arrepios de desassossego. Primeiro porque sou um elemento avesso a discursos. Lembrando o humorista paraibano Anco Márcio, que recentemente subiu para o andar de cima: “De uma coisa me orgulho, nunca fiz um discurso”. Outro gaiato já confirmava que discurso pra ser bom tem que ser como fuzilamento: rápido e indolor.  Enfim, o fato é que não falo em público. Toda vez que tentei, dei a impressão de atabalhoamento, fiquei com cara de Sonsinho. Portanto, desejo boa conferência a todos, mas fica patente a inconveniência de minha humilde presença naquele evento sócio-cultural.
Outra nota que quero divulgar é o lançamento do meu livro “Biu Pacatuba, um herói do nosso tempo”, no dia 31 de julho, durante o Festival de Areia, a convite do professor José Octávio de Arruda Mello, do setor de literatura da Secretaria de Cultura do Estado. Neste evento estarei presente, porque não precisarei fazer discurso nem desafiar a estabilidade da “Ré-pública”.
Nesta mesma data, o jornalista Dalmo Oliveira também lançará seu livro “Anotações sobre discursos no relise difusionista – linguagem científica e tecnológica no jornalismo”, Editora Ideia. É o resultado de sua dissertação de mestrado em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco, concluído em 2007. “É um livro técnico destinado principalmente para os colegas que trabalham com assessoria de imprensa. Só agora conseguimos publicá-lo, mas acho que traz uma discussão ainda inédita no cenário do jornalismo paraibano”, diz o autor.
Meu compadre Dalmo, que é um sujeito loquaz, certamente falará por mim e o por ele neste lançamento. O Leão velho falando é um vexame permanente. Calado é igual a Pelé: um poeta.




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