Um não é contra nem a favor, o outro muito pelo contrário

Magdiel, vereador em Mari

Sem ressentimento nem mau humor, vamos rir dos nossos políticos e suas imponentes besteiras. Aqui eu quero contar um caso que se dá em três cidades: Sapé, Mari e Itabaiana. Na cidade de Sapé, o vereador Jojó apresentou um projeto obrigando a Prefeitura a contratar artistas da cidade para abrir shows promovidos em praça pública. O artista local ganharia 30% do contrato da banda principal. Achando bonito e justo, o vereador Magdiel, de Mari, copiou o projeto e apresentou na Câmara, proposição que está aguardando parecer dos seus colegas. Em Itabaiana, o vereador Júnior Pacheco recebeu projeto idêntico. Ficou de apresentar na Câmara depois de conhecer plenamente a lei que beneficia quem faz música na cidade.

O interessante do caso é meu compadre Assis Firmino, Diretor de Cultura de Mari. Entrevistado pela rádio comunitária local, Assis não soube dizer se era contra ou a favor do projeto de Magdiel que favorece os artistas locais. Se afirmasse que era a favor, poderia levar um carão do prefeito, porque o vereador proponente é de oposição. Dizendo que era contra, atrairia a raiva dos artistas. De forma que meu compadre velho Firmino ficou feito cachorro quando quer cagar, fazendo aquele arrodeio todo.

O fato é que político, sendo falso feito beijo de rapariga, promete tudo para se eleger, depois cumprirá ou não as promessas. É possível que sim, é provável que não. Na verdade verdadeira, a maioria dos gestores públicos não tem nenhum interesse em promover cultura alguma. Na lógica politiqueira, é besteira colaborar com atividades culturais que não dão votos e não tem ligação com políticos influentes. Lembra uma frase que li não sei onde: “A melhor maneira de ver o caráter de uma pessoa é observar como ela trata as pessoas que não podem lhe trazer benefício algum.”