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domingo, 17 de fevereiro de 2013

POEMA DO DOMINGO




ATÉ O QUE NÃO PRESTA

Caminhei pela vida feito louco
Procurando essa tal felicidade.
Encontrei um pouquinho, muito pouco,
O bastante pra sentir feliz saudade.

Transformei todo ódio em amizade,
Desdenhei da inveja e da mentira,
Fiz em versos de amor a minha lira
Mesmo sendo uma vítima da maldade.

Quero agora viver intensamente,
Sem sofrer ou cansar-me inutilmente
Procurando desfrutar o que me resta

No momento em que meu tempo já se escoa,
Reconheço que essa vida é tão boa
Que, em si, tem até o que não presta.

Erasmo Souto Camilo
Recife, 14/2/2013


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