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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Centenário de Luiz Gonzaga




Morava em Mari quando Luiz Gonzaga foi fazer uma apresentação pública. Chegou de manhã, por volta das dez horas. Na barraca de Maria, no centro da cidade, chegou logo perguntando: “Tem panela suja por aí?”.  Comeu picado de porco com pão, com aquele jeitão de matuto simpático.
Isso foi por volta de 1997. Foi a única oportunidade que tive de ver e ouvir o grande Gonzagão de perto. Ele foi minha cantiga de ninar nos anos 50/60, quando a boa música nordestina ainda tocava no rádio fora dos guetos a que foram confinados nossos artistas nos dias de hoje. Música de raiz só toca hoje em horários madrugais. Mas Gonzaga ainda é escutado. É um que está morto de pé, como um chefe asteca. Aliás, um que jamais morrerá porque sua obra eternizou-se.
No dia do centenário de Luiz Gonzaga, desperto mansamente, tal como outrora, ouvindo “A feira de Caruaru” anunciado a “Festa do Milho” onde desponta “Maria Cangaceira” comendo “Marimbondo” por causa da “Mulher do Sanfoneiro” deitada na “Rede véia” sonhando com  “Meu padrim” nessa “Vida de viajante”.

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