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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Reencontrei Santos Souza no Facebook




Santos Souza com suas expressões faciais nos palcos cariocas


Normando Reis e Jacinto Moreno conhecem bem essa figura, o ator Santos Souza. Planejei montar uma peça sobre a obra de Augusto dos Anjos e me aparece essa figuraça querendo participar da montagem do espetáculo “O Banquete final”. Chamei Normando Reis e Jacinto Moreno para o elenco, mas fomos vencidos pela petulância e estrelismo do Santos Souza. O resultado foi que a peça saiu, mas totalmente desfigurada, com Santos Souza como diretor, ator principal, figurinista, cenógrafo e produtor. Quase assinava o próprio texto.

Da última vez que vi Santos Souza, ele voltava do Ceará. Partiu de João Pessoa com uma troupe circense, onde deve ter brigado com o dono do circo pelo papel principal. Pediu alguns livros meus para vender, na base do meio a meio. Nunca mais voltou. 

Dito isso, parece que eu tenho bronca do Santos Souza, mas não. Longe disso. Eu até gosto do danado. É um rapaz alegre, bonachão, talentoso como ator. Só tem esse mal do estrelismo exacerbado e a mania de querer aparecer até em velório. É do tipo que bota chulé até em pé de mesa. 

Descubro no Facebook que Santos Souza está no Rio de Janeiro, na Oficina Escola Nossa Senhora do Teatro. Numa praça como o Rio, é pra virar o juízo pouco de qualquer um que sofra do mal do estrelismo. Esse rapaz deve estar aprontado todas, com seus modos de bicão inveterado. Bom saber que Souza está bem, fazendo o que gosta, brilhando sempre no seu microcosmo de fantasia.

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