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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O gordinho que vale por quatro e as boquinhas artísticas



Ivaldo Gomes postou esta foto no Facebook. Uma montagem para dar impressão de muita gente em passeata política. Prestidigitação eletrônica comum em ambiente de forte impacto de falsidade que é o processo eleitoral. Enganam o eleitor em tudo, incluindo os números das pesquisas e as promessas.

Mudando de assunto e ficando no mesmo rame-rame, amigo meu foi abordado por um candidato a vereador. “Quero o voto do amigo”, disse o candidato. O eleitor foi direto ao assunto: “Voto no amigo se você firmar acordo formal de desempenho, esclarecer seus objetivos mensuráveis e reais e avaliar os custos do seu mandato, isto é, se vale a pena eu pagar tão caro para você assistir uma sessão mensal na Câmara”. O candidato desconversou.

Mais uma vez tergiversando e patinando na mesma gosma política, o jornalista Jâmarri Nogueira estranha o silêncio dos artistas e produtores culturais nesta eleição. “Estão quietos... Por que? Medo de manifestar opinião e perder as boquinhas”. Para ele, “o nível de dependência impede a manifestação da opinião, maior bem do artista”.

Como produtor e consumidor de arte, atiro a primeira pedra numa boa, porque jamais tive medo de perder “boquinhas” inexistentes para este velho Leão. Para manter a independência, até abdiquei de um cargo na Secretaria de Cultura, vide matéria: http://fabiomozart.blogspot.com.br/2011/05/carta-aberta-aos-culturais.html
“O bom de não ter rabo preso em canto nenhum é poder exercer com liberdade sua cidadania. Coisa que muita gente não pode fazer, pois se fizer estará demitido. Logo, engula a angústia e a falta de coragem de não ser quem realmente gostaria de ser”, diz meu compadre Ivaldo Gomes, outro que atira quantas pedras forem necessárias.

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