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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Sexta-feira, 13



Tem gente que tem medo e estupor da sexta-feira 13. Dizem que os elementos se revoltam, a natureza fica desordenada nesta data em que tudo pode acontecer. Esse medo tem nome e é mais esquisito do que a própria fobia: parasquavedequatrafobia é o medo de Sexta-feira 13.

Não sou supersticioso, mas recito uma antiga oração antes de entrar na sexta-feira 13. Lembrando que a Apolo 13 foi a única missão espacial que não deu certo. No Brasil, criaram um partido com o nº 13, aí o sonho do socialismo começou a perder carne, mudar de cor, perder as forças até dar em mensalão e mensalinhos. Tem dessas coisas, fantasmas e pesadelos de nossos azares cotidianos sobre as perecíveis estradas do subconsciente.

Hoje se comemora o dia do cantor e dia mundial do rock. Como protetora desse dia aziago, respiramos aliviados porque temos nada mais nada menos do que Nossa Senhora Rosa Mística.  Os irmãos da Umbanda e do Candomblé costumam usar pinhão roxo, atipim e arruda para afastar o mal, a inveja e as perseguições. Hoje, como em toda sexta-feira, é dia de Orixalá, Senhor do Bonfim no sincretismo religioso.

Se essa bola que chamamos terra é mesmo governada por algum deus onipotente, nada a temer. A “Força” proverá. Souto Maior, folclorista falecido em 2001, lembra que os romanos acreditavam na existência de um dragão que passeava pelo céu nesse dia e jorrava fogo pelo nariz. O bicho, na verdade, era a constelação de Leão. É sempre assim: o bicho é sempre menor do que aparenta.

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