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quarta-feira, 30 de maio de 2012

A peleja de Penacho com Cento e Vinte


Penacho foi o cabra famoso por possuir a maior manjuba de Itabaiana e adjacências. Certo dia levaram Penacho à praia. O bicho mergulhou na água, saiu com aquele calção de brim fininho todo ensopado, transparente. Todo mundo olhando a bengala de Penacho. A bicha chegava perto do joelho do jumento. Ele percebeu a situação, ficou todo encabulado:

--- O que é que vocês tão olhando? Vão dizer que quando vocês pulam na água fria, o pintinho de vocês não encolhe também? 

Deu-se que a quenga “Cento e Vinte” apaixonou-se pela jamanta de Penacho. Essa tal “Cento e Vinte” foi uma rameira histórica da Rua das Flores, 13 de Maio e outros becos menos afamados da zona boêmia da velha Itabaiana. Era mulher pra toda obra, servindo inclusive como “professora” dos garotos adolescentes. Foi quem iniciou Roberto Palhano e Joacir Avelino no reino da safadeza.

Ciosa da dignidade de sua profissão, “Cento e Vinte” apostou com as amigas que teria coragem de enfrentar a estrovenga de Penacho em luta franca no ringue da cama, recebendo garantia antecipada de que teria ampla assistência se por acaso as coisas saíssem do controle. Foi assim acertado o coito histórico entre “Cento e Vinte” e o Monstro do Cochila, como ficou conhecido o anormal. 

No início da refrega, a puta experiente mostrou a finura do seu estilo, na exata dosagem de malícia e dengo, levando o jogo na maciota, driblando o bruto com a manha forjada em décadas de atividades fodetícias. “Trepar é um dom, é um favor do céu”, costumava rezar Bebé Chorão, o sacristão mais putanheiro da paróquia. Assim, “Cento e Vinte” deitou e rolou com Penacho, auxiliada pelo tamanho também avantajado da sua “porta do céu”.

Não, a indomável “Cento e Vinte”, predecessora da Madame Preciosa, não perdeu a batalha com Penacho como sugere, em princípio, o relato das amigas que acompanhavam a cópula histórica atrás da porta do quarto na pensão de Julieta. Foi excesso de confiança. Cada vez mais vigorosa e abrangente, “Cento e Vinte” esnobou. No final, em exagerada superioridade, ela ofereceu o fiofó, qual um Garrincha driblando a zaga adversária e voltando pra driblar de novo, só para humilhar o adversário. 

Levada às pressas para o Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo, foi atendida na emergência pelo doutor Aglair, famoso e competente cirurgião. Examinando o estrago na bunda de “Cento e Vinte”, doutor Aglair constatou que foram rompidas as doze pregas regulamentares e mais dois canais subalternos, com dano maior verificado na prega mestra, de grande importância econômica para as mulheres “da vida”. 

--- Quer que costure todas as pregas, “Cento e Vinte”? – perguntou o médico. 

--- Não, doutor. Basta costurar oito. Vou pedir uma revanche praquele fela da puta acavalado...

Um comentário:

  1. Mozart,
    A revanche não pode ficar no esquecimento. Tem que ser divulgada em horário nobre e em todos canais.
    Não confundir com o horário eleitoral (desgraça ainda é pouco).
    Vai dar mais ibope

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