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segunda-feira, 26 de março de 2012

Viva a banda, viva o maestro Zezé!


Banda 1º de Maio no coreto de Itabaiana na década de 50

A cidade de Itabaiana tem um mestre que precisa ser reconhecido e valorizado. Trata-se do maestro Zezé, músico com 57 anos de trabalho na formação de instrumentistas, primeiro na banda 1º de Maio, depois na Nova Euterpe, e agora buscando formar músicos de sopro e percussão no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar.

Temos uma forte tradição na cultura musical. Foi com os antigos mestres de bandas itabaianenses que Sivuca aprendeu os rudimentos da teoria, passando a desenvolver seu extraordinário talento. Desde 1888 que a nossa crônica registra a existência de sociedades musicais na terra de Daciano Alves de Lima, talvez o maior incentivador da cultura musical na terra do grande saxofonista Severino Rangel, o Ratinho da dupla “Jararaca e Ratinho”, considerada a melhor dupla sertaneja que o Brasil conheceu. 

O Ponto de Cultura Cantiga de Ninar propõe a retomada dessa escola de bons músicos que tivemos no passado. Para isso contamos com o maestro Zezé, mestre de bons instrumentistas como Marreta, Chico Sanfoneiro, Walmir, Paulão, Tota, Zé Maria, Zé Guerra e tantos outros seguidores dessa tradição de Itabaiana. 

Pena que atualmente já não exista a escola de música da banda, onde crianças recebiam orientação musical gratuita, imprescindível para a transferência de conhecimentos e na formação de novos instrumentistas. É uma pena mesmo que hoje os músicos não possam se apresentar como antigamente, quando a banda saía da sua sede em formação militar, com os músicos de uniformes limpos, engomados, sapatos engraxados, quepes na cabeça, desfilando pelas ruas ao som de dobrados, em direção ao coreto da Praça Álvaro Machado. É isso que queremos resgatar. 

As bandas de música são uma tradição que está morrendo no Brasil. Em seu lugar, a juventude estraçalha os tímpanos na frente da estupidez dos “paredões”. Precisamos da ajuda dos amigos para concretizar a escola de música do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar. 

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