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terça-feira, 27 de março de 2012

Merda para todos!


Hoje é o Dia Mundial do Teatro, por isso introduzo (epa!) esse assunto sobre merda, rock e punk. Tem nada a ver, a não ser a tradicional saudação dos artistas de teatro: “merda pra todos!” Significa sorte.

Desejo merda para o elenco da peça “No mundo do faz de contas” que Marcos Veloso está montando no Espaço Cultural, com o dedo talentoso do meu confrade Luiz Carlos Cândido. Auguro muita merda ao mesmo Lula Cândido na hora em que ele chegar na cidade de Itabaiana do Norte para ministrar curso de formação de ator no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar em abril, convênio com a Fundação Espaço Cultural.

Seria ótimo que meu compadre Jacinto Moreno atolasse o pé no monte de merda ao pensar seu próximo filme, sem querer saber se alguém achou seu último vídeo mequetrefe, com atores ruins e roteiro pior ainda combinando com imagens desfocadas e som indecente pela má qualidade. O que vale é o prazer de criar, ou de defecar livremente como faz a banda “Fecaloma”.

Desejo merda caracol para o genial compositor Chico César, nosso impopular Secretário de Cultura da Paraíba, ele que está pegando o beco, abandonando a pasta usando a famosa saída caracol: devagarinho, deixando um pálido rastro. Tempo perturbado e sombrio também para a Ministra da Cultura, sem perspectiva de merda além da que já foi produzida.

Merda para o artista amador Marcello Geovanni, de Itabaiana, ganhador do Diploma de Honra ao Mérito Cultural pelos seus vinte anos de palco.

Marcos Costa disse que a Paraíba precisa de muita merda para sair do buraco em que está. Ele não acha que o governador Ricardo Coutinho esteja pronto para produzir essa quantidade de merda exigida em tempo hábil, ou mesmo encontrá-la no seu coletivo. Mesmo assim, merda pra ele também!

Um pouquinho de cultura Wikipédia que eu não sou intelectual: dizem que a expressão “merda” vem da França, outros garantem que a palavra “merda” desejando sorte é coisa dos gregos, inventores do teatro. A merda era o que indicava o número de espectadores em uma apresentação teatral.

Seja como for, hoje não vou parar no Mc’Donald’s, mas sim na carrocinha de cachorro-quente com caldo de cana. Para passar o tempo, conversar com o cara do cachorro-quente, saber de sua vida suburbana, da sua realidade sem coleta de lixo, sem asfalto, sem luz nos postes, sem esgotos, sem renda e com conta do IPTU todo ano. Isso sim é que é uma vida de merda, mas aí já é outro significado provocando golfadas azedas na boca, uma vontade de “obrar” como diria o ator Romualdo Palhano e outro desejo mais merda ainda de ouvir punk rock.

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