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domingo, 5 de fevereiro de 2012

POEMA DO DOMINGO

Rosa de luto

DESARMONIA

F. Mozart

Nem ditadura
nem democracia;
pra seu governo,
quero anarquia.

Nem madrugada
nem noite fria;
o que sei de mim
vivi de dia.

Nem estribilho
nem melodia,
mas canto vil,
desarmonia.

Nem a tristeza
ou alegria;
sem comoção,
com apatia.

No sangue rola
com anemia
Pura e sem jaça
egolatria.

A mente capta
apoplexia
como o exaurir
de uma sangria.

Segue sem rumo
a poesia
por falta de
cartografia.

Segue sem sonho
ou alegoria
aflito canto
que atrofia.

Flores funestas
Sem energia
Marcando o fim:
Minha alforria.

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