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domingo, 27 de novembro de 2011

POEMA DO DOMINGO


LIRA DESVAIRADA

Fábio Mozart

Lira desvairada
acondicionada
& metrificada.

Lira que ressuscita,
sem pensar em nada,
sem saber de nada,
a grandiloqüência
dos estados febris.
 
Desvairada,
cordas que vibram,
cordas quebradas,
obscenas, improvisadas,
desvairadas...
 
Lira,
do poeta de Itabira,
dos poemas de ira.
Lira,
oásis interior,
inferno multicor
que rende, contrita,
um pleito à dor
 
Lira desvairada,
sempre buscada
nunca à mercê.
 
Afinal, eterno sonho
que se deforma e se conforma
com essa vida
de A a Z.

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