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domingo, 6 de novembro de 2011

POEMA DE DOMINGO


POEMINHAS FORTUITOS

A nova classe média
jamais baterá na janela
fora do eixo.
Com seu destino singelo
as deixo.

O sagrado e o profano
em versos de circunstância
debulhando redundância.

O corpo da linguagem se confunde
com o corpo do sujeito poético;
ideias em sexo grupal.

Quando a poesia se despe
das suas vestes de Medusa,
o poeta usa e abusa.

O existencialismo abstrato
só é bom com destilado
e tira-gosto de rato.

Eu sobrevivo
com o meu ódio-amor
caça e perseguidor
triste e animador
qual rastejante condor.

Tenho meus direitos
reservados,
mas, só por educação
abro mão.

F. Mozart



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