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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

GILBERTO JÚNIOR E O 11 DE SETEMBRO


Obama, nós brasileiros
Sabemos que a ambição
É a mola propulsora
Que rege vossa nação
Pelo poder vocês matam
Sem dó e nem compaixão.

MANOEL MESSIAS BELIZARIO NETO

Duas torres caem e põem em xeque a segurança mundial. Comovente como a mídia brasileira reflete essa tragédia mundial. É como se vivêssemos numa sociedade de paz e harmonia, como naquele filme do Stallone, um mundo sem violência. 

Minhas reflexões sobre essa datinha podem até ser desumanas no ponto de vista de muitos, mas confesso que naquela manhã de 11 de Setembro eu senti um gostinho de vitória ao ver aquelas torres ruírem e senti muita raiva por não terem acertado o Pentágono de jeito e principalmente a estátua da Liberdade. Aí sim, seria épico. Mas o por que de tanto ódio? Fui perguntado várias vezes.
O ser humano, ao longo de sua caminhada existencial, se apega a várias visões e as segue: uns acreditam que vieram ao mundo para vivenciar ensinamentos de um livro e seguir regras comportamentais num propósito de voltar aos “céus”, outros se abstêm totalmente desse caminho e vivem sob sua ótica. Eu me coloquei numa visão ruidosa sobre muitas coisas da vida e nesse caso tenho motivos de sobra pra querer guiar esses aviõezinhos. Falo de Cuba e seu embargo econômico desumano, falo da Palestina e sua luta pela sobrevivência diante de um plano diabólico de extinção de seu povo. Falo de mais de 900 mil mortos no Afeganistão e Iraque. Falo do massacre ao Japão em 1945, Hiroshima e Nagasaki. Todos orquestrados pela mesma vítima do terrorismo.

Terrorismo é o que os padrinhos americanos fazem na tão esquecida e sofrida África. Alimentando ditadores e loucos num mar de sangue sem fim. Terrorismo, meus amigos, é o extermínio de sua cultura, decapitada como todas as nações indígenas daquele país.

Terrorismo é o massacre de Eldorado dos Carajás e todas as mortes dia a dia nos assentamentos e campos de nossa sofrida América Latina, Candelária e ruas, vielas e morros, Carandiru e suas execuções sumarias.
Diante desses fatos, eu defendo com toda a firmeza que o dia 11 de Setembro deveria ser lembrado como o dia da reação!


Gilberto Júnior é poeta, escritor e músico, diretor da Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares – Publicado no blog www.ruidoturmalina.posterous.com

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