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segunda-feira, 13 de junho de 2011

“Toada de terreiro” jamais tocou em parte alguma



É meu “jamais” de hoje: em primeiríssima mão, apresento a música “Toada de terreiro”, autoria minha e do meu compadre Orlando Otávio. Você militante da tribo “fã nº 1 do Fabinho Mozart”, tem como presente essa magnífica obra no play que posto agora.

 Sei que meus inimigos, entre eles o pérfido poeta Maciel Caju, vão dizer que a música é de má qualidade, não tem originalidade e coisa e tal. Para essas facções adversárias, estou obrando e fazendo cooper, como diz meu compadre Anco Márcio.

Meu parceiro Orlando Otávio quase teve um desentendimento com Madame Preciosa. Essa falsa entendida de música ousou criticar o trabalho de Orlando. Meu compadre fez como a funkeira Yane de Simone, a Mulher Filé: fez piada de si mesmo e cantou o batidão: "Minha música é ruim / E eu não sei cantar / Mas muito beijo na boca eu vou te dar." Disse e partiu pra cima da madame, resolvendo na hora o problema de altercação estúpida/musical. Sonsinho anda procurando Orlando Otávio para tirar satisfações.

A música “Toada de terreiro” está na voz do cantor Túlio Melo, com arranjo de Arnaud Neto e acompanhamento da orquestra “Puro Charme”.

O que marca o meu trabalho é a cultura popular. Nesta música, falo do Boi de Reis, manifestação folclórica nordestina onde se encontra maior teor de musicalidade e teatralidade. Vi um Boi de Reis pela primeira vez em 1988, no vilarejo de Entroncamento, e fui tomado por uma emoção muito grande. O brinquedo é mais um elemento da cultura popular que realça a alma coletiva do meu povo.

"Música ruim dói na minha alma, não nos ouvidos", disse um dia o mago Hermeto Paschoal. “Toada de terreiro” não é tão ruim. Por certo não dói na alma.

Um comentário:

  1. Como a gente escuta a Toada de Terreiro? Cadê o play?

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