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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Piada politicamente incorreta, mas boa


Duas bichas, uma delas meio surda, estavam no avião indo passar as férias em uma cidade na África.

Logo no início da viagem, o comandante fala: - Bom dia, senhores passageiros. Bem vindos ao vôo 06, da South African. Nosso tempo estimado de viagem é de 12 horas.

E a bicha surda imediatamente perguntou: - Que ele disse?

E a outra bicha, gritando: - QUE O VÔO VAI LEVAR UMAS 12 HORAS!

- Ah, bom!

O vôo continuou tranqüilo e, no meio da viagem, o comandante interveio: - Senhores passageiros, estamos a uma altitude de 5.000 metros e não temos sinais de turbulências. Logo daremos início ao nosso serviço de bordo.

E a bicha surda: - O que ele disse?

- QUE TÁ TUDO INDO BEM E O RANGO VAI SER SERVIDO JÁ!

- Ah, bom! Adorei!

Já no final do vôo, novamente o comandante: - Senhores passageiros, já temos permissão para pousarmos na cidade de Wacka-Wacka, Timbuktu. A cidade possui cerca de 3.000 habitantes, sendo que metade deles é portador do vírus da AIDS e a outra metade tem tuberculose.

E a bicha surda: - O que ele disse?

E a outra grita: - QUE É PRA VOCÊ SÓ DAR A BUNDA PRA QUEM ESTIVER TOSSINDO!


Pescada no blog www.setecandeeiroscaja.blogspot.com

Se meu Voyage falasse...

O carro do Ameba em ligeiro pit stop para manutenção



MODISMO

O compadre Ameba anunciando que acaba de adquirir um pára-raio para seu automóvel. Diz que é para evitar sequestro relâmpago...

BEBINHO I

Biu Penca Preta prometeu que não ia mais beber. Depois, ao ser flagrado bebendo, desconsiderou: “Eu só podia estar bêbado pra prometer uma coisa dessas”.

BEBINHO II

O filho de Biu foi buscá-lo no bar. Biu, contrariado: “Eu tenho o direito de ir e vir, de estar e permanecer. Eu sei que tou bêbado, mas não gosto que ninguém diga. É um segredo meu...”

ELOGIO

Biu Penca Preta tentando elogiar seu amigo Ameba: “Você é uma pessoa inoxidável e estrambótica, cabiocária e muito submediocrática, além de ser uma pessoa batráquia, estrogonoficamente sensível, uma pessoa que veio do nada e hoje não tem porra nenhuma, receba o meu respeito tecnológico e mediovágico”.

POETA

Ameba saiu-se com essa meia quadrinha, ao ver passar uma mulher gordinha de mini-saia: “Madame, não infunda/uma mini-saia/numa máxi-bunda”.

CARRO VELHO

Ameba já foi um feliz proprietário de um Fiat 147 azul calcinha. Atualmente é dono de um possante Voyage, tão velho que tem um adesivo: “Botafogo da Paraíba campeão”. Sonsinho tem um Opala. Queria vender o bichinho, foi aconselhado a mudar o contador de quilometragem, de 450.000 Km para 50 mil Km. Depois que mandou o mecânico fazer o serviço, desistiu de vender. “Agora que ele só tem 50.000 Km rodados, eu fico com ele”.

PROBLEMA DE FREIO

O carro do nosso amigo Sonsinho enguiça e ele vai com o filho ao mecânico. Após verificar o motor do velho carro, o mecânico fala:


- O problema está no freio. Vou ter que mexer no burrinho.


Sonsinho puxa o garoto para traz e fala:


- Não senhor! No garoto ninguém mexe!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Atrás do bloco da saudade só não vai quem já morreu ou tá liso como eu


Este ano a galera vai vibrar

Quando o bloco da saudade recordar

Os carnavais do passado.

Faz o povo delirar

A saudade é tão grande que lembrei

Dos Taiobas e Pão Duro que brinquei

Do 24 de Maio

Ah, saudade, como é perfeito o amor!

A gente brinca sorrindo

Lembrando do que passou.

(Letra do hino do Bloco da Saudade, de Itabaiana/PB – Autor: Orlando Otávio)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Deus não dá esmolas


Hoje é dia de branco. Desânimo, cansaço, letargia. Não tenho assunto para a postagem, por isso mando procês três frases que colhi ao acaso.

“As três coisas mais difíceis do mundo: guardar um segredo, perdoar uma injúria e aproveitar o tempo”. Essa, não lembro onde vi. Fico devendo o crédito. Diz que é de Benjamin Franklin, político e cientista americano.

“Deus não dá esmolas”. Ouvi esta frase em um CD que ganhei do SESC, com músicas selecionadas na Mostra Sesc de Música Paraibana, incluindo a “Canção do desterro”, melodia do poeta Hugo Tavares com letra minha. A frase está na letra da música “Rebento”, de Júnior Targino e Fernando Moura:

“E a lembrança do vazio que um dia fora

Com a chegada do guri mandei embora

Esse presente dado pela natureza

E a certeza de que Deus não dá esmola.

A frase está em um contexto poético mais difuso. Entendendo, porém, que se existe Deus, ele não te dá nada. Você recebe aquilo que merece. Não adianta pedir. Só vem se tiver crédito.

Legal a frase. O cantor e compositor gospel Waldecy Aguiar gravou a música “Deus não dá esmola”, onde tem esse verso:

Deus não dá esmola pra ninguém (bis)
O chão onde a gente pisa.
O ar que a gente respira.
A água que mata a sede e enche o mar.
Tudo é obra de Deus.
Tudo do alto vem.

A outra frase, vi durante partida de futebol do campeonato português na TV fechada.

“Eu não sou o melhor, mas ninguém é melhor do que eu”. Tomei nota e depois descobri que se tratava de um comercial de banco, com o treinador José Mourinho. Esse rapaz diz que é o melhor treinador do mundo. É conhecido pela arrogância. Na propaganda, o técnico português diz que "há quem me ache arrogante por dizer que sou o melhor, o número 1. Mas não é exatamente assim: eu não sou o melhor, mas ninguém é melhor do que eu". Ganhou um milhão de euros pra dizer isso na propaganda do banco.

Em outro contexto, a frase de Mourinho poderia significar igualdade entre seres humanos. Uma puta frase para campanha contra o racismo, a diferenciação social, xenofobia e nacionalismo que são um problema global. Pena que a expressão sirva apenas para um megalomaníaco ganhar fortuna de um banco, esse equipamento criado para roubar a humanidade.


O papagaio que detonou a ponte


A madame mudou de casa para um apartamento. Sozinha, precisava ter mais segurança. Mandou papagaio de estimação para a casa da mãe (dela). Lá, o bichinho encontrou novas amizades, compreendeu que o mundo não se resumia à salinha onde vivia isolado, com medo dos fiscais do Ibama. A madame ficou numa tristeza de dar pena. As penas do papagaio rejuvenesceram com os novos ares, esqueceu logo da madame e seus carinhos habituais. Arrumou um amigo que o leva a passear pelas ruas do bairro tranquilo. Já adiciona novas palavras ao seu curto vocabulário. Olvidou o velho estilo de vida.

Foi duro, mas a antiga dona aprendeu a arte do amor possível. O papagaio compreendeu que é necessário, na vida, detonar pontes. A escola do sofrimento e da maturidade ensinou isso aos antigos amigos inseparáveis.

Chega um certo momento em que você deve atravessar a ponte pela última vez. Determinado o ponto preciso onde instalar os explosivos, fazer explodir a ponte e seguir em frente, por mais cruel que seja o ato. É necessário não deixar nenhuma possibilidade de regresso. Apenas uma ligeira lembrança, como os clarões rápidos da memória dos esclerosados.

O papagaio detonou a ponte e seguiu sua vidinha de papagaio. A madame, vez por outra ainda chora a saudade do bichinho. Da antiga afeição, não restou nem um espaço para uma visita de vez em quando. Não existe mais ponte. Com a explosão, os pontos cardeais da bússola dos afetos ficaram confusos. Jamais apontarão para nenhum norte do outro lado do rio, agora sem ponte.

Ao romper com o antigo modo de viver, a gente está escolhendo um caminho sem volta. Não se faz revolução sem queimar as pontes. E também não se contesta e invalida uma vida toda por qualquer motivo. Eu não ando satisfeito com minha vidinha besta, mas tem o tempo de plantar e o tempo de colher. Infelizmente, não dá para inverter a ordem natural da vida. Meu roçado já produziu e hoje está no remanso da entressafra. Certo que tudo é por um triz, por isso, não se deve esperar o amanhã para fazer o que se gosta. Se queres mudar tudo, tens que queimar as pontes. É hora de calcular o custo-benefício da bem-aventurança de mudar de vida e o sofrimento, a amargura da transformação radical de uma existência.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

GOLPE DA CASA PRÓPRIA


Prestações da casa própria: Caixa quer cobrar juros mais altos

Quem quiser obter um financiamento bancário com prazo de 15 anos para comprar um apartamento no valor de R$ 100 mil deve pensar muito antes de assinar qualquer papel. Ao final dos 180 meses de contrato, o tomador do empréstimo terá desembolsado o equivalente a três apartamentos para zerar sua dívida com banco por causa dos juros de 12% e da correção do débito pela Taxa Referencial (TR). Parece ruim, mas vai haver negócio pior. De acordo com cálculos da Associação dos Mutuários do Distrito Federal (Asmut-DF), as novas linhas de crédito da Caixa Econômica Federal podem transformar o sonhado apartamento de R$ 100 mil em uma despesa (ou dívida) superior a R$ 500 mil.

Comprei uma casa pela Caixa Econômica no ano passado, depois de enfrentar um tsunami burocrático. Em um ano, paguei quinze mil reais. Desse montante, só quatro mil foi para amortização da dívida. O restante refere-se a juros e taxas.

O estarrecedor é verficar que a fonte desses financiamentos é o próprio trabalhador, através do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Sua lógica é a de uma intensiva extorsão de recursos dos mais pobres (compradores) e, no fim da linha, uma nova extorsão dos pagadores contumazes de impostos no Brasil. O trabalhador acaba pagando mais que o dobro do valor dos seus imóveis. Quem ganha no final? Os de sempre: os contribuintes virtualmente isentos (ricos em geral, e a classe média dona de negócios, escritórios, consultórios, com enorme índice de sonegação), fabricantes de materiais de construção e empresários do ramo da construção civil, além dos ladrões do sistema financeiro.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

DEU ZEBRA NA RODA


A proibição do jogo do bicho na Paraíba afeta 20 mil trabalhadores diretamente. A atividade foi atingida pela liminar do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, determinando que a Loteria do Estado da Paraíba (LOTEP) não mais expeça novos atos de autorização para a exploração de quaisquer modalidades de jogos lotéricos no Estado da Paraíba, independente da denominação.
Os cambistas estão desempregados e os bicheiros atrapalhados. O que será do deputado João Gonçalves sem essa fonte de renda? Elias da Banca, vereador de Itabaiana, e tantos outros políticos que vivem do bicho já não vão poder mais misturar atividade política com contravenção. A parte mais fraca, claro, sofre mais: Zé do Bar apurava todo mês seus 230 reais com a atividade de cambista. Isso para quem não tem quase nada é muito. O cambista defende a legalização dos jogos. “Não são poucas as pessoas que dependem desse trabalho. Não tenho carteira assinada, mas recebo comissão de 10% sobre os jogos que passo”, comenta Zé, desolado.

O “efeito renda” do jogo do bicho incide direta e indiretamente sobre 150 mil pessoas. Sem falar no lado lúdico e salutar desse jogo. Tem muita gente que vai ter esgotamento mental sem poder fazer sua fezinha todo dia. Minha vó era viciada na roleta zoológica. Nunca falhava com seus dez mil réis no avestruz.

Corretores zoológicos são os que recolhem as apostas na dezena, na centena ou na milhar, descarregam as apostas nos bicheiros e depois divulgam os resultados da extração, pagando religiosamente aos vencedores - não por acaso, apostar no bicho é "fazer uma fezinha"... Aquele papel mal escrito tem mais garantia do que cheque de certas prefeituras mal prefeituradas. Todo mundo tem uma história para contar sobre esse jogo. Eu passei vinte anos jogando na milhar 1587, a do Leão. No dia em que deixei de jogar, deu na cabeça.

O jogo já era mal visto pela sociedade no final do século XIX, como registra em sua primeira página o jornal Vicentino, publicado em São Vicente, em 2 de outubro de 1899:
“O jogo do bicho alastra-se, como erva nociva, que involuntariamente ele nos entra em casa até mesmo trazido pelo verdadeiro. Acautelem-se todos: não há garantia nenhuma, agora, contra o impudor do banqueiro, porque este não dá nem bilhete, nem cautela, nem recibo da aposta que é feita. O jogo, hoje, assenta na confiança e, Santo Deus, que confiança podem merecer essas harpias esfaimadas que com um riso canalha oferecem 20% sobre a aposta?”

Notar que naquele tempo nem pule havia. Era na base da confiança na palavra do banqueiro. Época em que a palavra de um homem merecia fé, até mesmo de um jogador clandestino.
No início do século XX, as sugestões de apostas eram divulgadas nos jornais, da mesma forma como décadas depois, restando na legalidade apenas as loterias controladas pelos governos. Já os resultados do bicho ilegal aparecem em enigmáticos papéis branco-azulados, colados em postes de iluminação e nas paredes dos bares.

POESIA


Leão de bibelô

Objeto de adorno

De ordinária vaidade

Que se põe sobre uma mesa

Sem nenhuma utilidade.

Leão de boa aparência

A plebe rude aprecia

Porcelana fina e bela

No entanto sem valia.

O teu translúcido ser

De massa branca e fina

É produto rejeitável

O descarte é sua sina.

Brinquedo de porcelana

Que se quebra e pouco dura

Não satisfaz à psique

De uma pessoa madura.


Fábio Mozart

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

País rico é país sem pobreza

Marconi tem razão: que frase idiota, meus senhores! Assim, até eu sou publicitário. Dou por visto a nota preta que a agência de publicidade que criou essa frase besta não ganhou do Governo Federal.

Imagine uma linha imaginária! Sou mais o gênio Sonsinho que inventou a lanterna de luz solar. Será que Dilma leu essa frase antes de aprovar? Esse povo trata os brasileiros como imbecis.

A nova marca do governo federal foi criada pelos publicitários João Santana e Marcelo Kertész.

A placa no Bar do Fritz mostra que babacas podem ser também alemães, não só portugueses ou brasileiros deste “país sem pobreza”.

O blogueiro Adão Braga mandou ver: “É claro que quem é rico, não é pobre, exceto pela ideia mistificante que é fazer a população pobre, miserável e faminta do Brasil a acreditar que é rica, que não passa fome, que não é miserável. Daqui a pouco estão todos os pobres repetindo que se o Brasil é rico, não existe portanto pobreza entre nós, afinal, todos nós somos e formamos o Brasil, e se o país é rico, todos somos ricos, apesar de não termos o que é necessário: saúde, educação, proteção e bens de consumo. Não há pobreza entre nós, porque somos um país rico. Já começou!”

Para homenagear a idiotice nacional, seguem algumas cenas de:

AMEBA E OUTROS PROTOZOÁRIOS

Sonsinho e Ameba na rodoviária

Sonsinho vai comprar uma passagem na rodoviária.

--- Quero uma passagem para Ameba – solicita no guichê.

--- Não entendi. Pode repetir?

--- Quero uma passagem para Ameba.

Sinto muito, senhor. Não temos passagens para Ameba.

Aborrecido, Sonsinho se afasta do guichê, se aproxima do amigo que o estava aguardando e lamenta:

--- Olha, Ameba, o homem disse que pra você não tem passagem, não!

Essa alma quer reza

“Aprendi que o brasileiro não quer ser “ex” em nada. O brasileiro quer ser alguma coisa na vida, um vencedor, e não quem foi e não é mais”.

Luiz Ignácio Lula da Silva, O Globo, em dezembro de 2002.


Lista de desafetos

Uma prefeita aqui de uma cidadezinha no vale do Paraíba mandou sua secretária fazer uma relação dos nomes das pessoas descontentes com seu governo.

--- Está em ordem alfabética? – perguntou a prefeita.

--- Sim, é uma lista telefônica do Município – respondeu a assessora.

Sonsinho na escola

O assunto na aula de Ciências era Dolly, a ovelha clonada na Escócia. A professora explicou como os cientistas removeram o núcleo do óvulo da ovelha e o substituíram pelo núcleo da célula do pai. Os estudantes ficaram fascinados. Sonsinho em particular:

--- Isso é demais – disse ele. – Eu não sabia que ovelhas botavam óvulos.

Sonsinho no jogo da adivinhação

Na mesa do bar, Sonsinho puxa assunto para o outro mané, seu parceiro de birita:

--- Se você adivinhar quantos ratos da índia em tenho em casa, eu te dou um e fico com três.

Enganando as formigas

Madame Preciosa pergunta a Sonsinho:

--- Sonsinho, onde está o açúcar?

--- Guardei o açúcar na lata onde está escrito “arroz”.

--- Mas onde já se viu colocar açúcar na lata de arroz, seu besta?

--- Faço isso para enganar as formigas!

O sonho de Benjamim

Placa indicando venda de areia na beira do rio Paraíba, na estrada que liga Itabaiana a Mogeiro


Meu compadre Professor Benjamim reage bem à notícia de que o Ministério Público começa a agir no caso da extração de areia do rio Paraíba em Itabaiana. “É hora de botar o bloco na rua e por a galera do Cantiga de Ninar trabalhando com as ferramentas da cultura em defesa do nosso rio”, sugere. Na cabeça de Benjamim, já se forma um festival chamado “Cadê meu rio que tava aqui?”, com concurso de música, poesia, fotografia, pintura, dança, redação e etcéteras. “Sonho em ver as margens do rio ao passar por Itabaiana ‘urbanizada’.

Ali, para um lado e para outro da ponte velha deveria haver jardins e bancos de praça.
Parece que hoje acumula-se muita sujeira, diz Benja, que me chama de vigilante do povo. Mas não sou não. Em Itabaiana tem gente que está valentemente empenhada nessa luta em defesa da vida, merece ser citada na batalha contra fortes interesses econômicos. Falo do meu compadre Marconi Xavier e do João Batista, ativista ecológico, vozes corajosas.

Meu compadre Quelyno Sousa também dá a sua contribuição em favor do nosso rio. Repassou o material com as denúncias para Rossana Honorato, da Superintendência de Administração do Meio Ambiente na Paraíba.

O itabaianense Orlando Araújo considera vitória parcial se o Ministério Publico conseguir parar a retirada da areia do rio Paraíba. Ele não acredita em penalidades para os responsáveis pelo crime ambiental. “As leis brasileiras são redigidas com inteligência brilhante, mas aplicadas com efeitos de apagões de energia elétrica. No caso em questão, a Lei sancionada foi a de nº 9.605/98 que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Seu conteúdo é extenso, mas se apenas três artigos nela constante fossem levados a sério, o caso da areia provavelmente teria outro desfecho final e provaria que no Brasil nem tudo fica impune”, opinou Orlando.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

MOSTRA SESC DE MÚSICA PARAIBANA


Músicas de Fábio Mozart e Adeildo Vieira serão lançadas em CD

Incentivar a produção musical, qualidade artística, representatividade regional, originalidade e inventividade; promover o intercâmbio cultural; intensificar o movimento musical no estado da Paraíba; descobrir e valorizar novos talentos e difundir a música como um dos meios de expressão cultural são os objetivos da Mostra Sesc de Música Paraibana 2010, que foi realizada em julho, do ano passado.

Como resultado da Mostra Sesc de Música será lançado o CD com as 19 composições selecionadas na Mostra, entre elas composições de Adeildo Vieira e do poeta Fábio Mozart, em parceria com Hugo Tavares. A coletânea conta com faixas exclusivas dos músicos e das bandas que se apresentaram no palco da área de lazer do Sesc Centro, durante três noites de evento.

A música “Canção do desterro”, de Fábio Mozart e Hugo Tavares, foi defendida na Mostra pelo cantor Túlio Melo (foto), com arranjo da Banda Puro Charme, liderada pelo músico itabaianense Arnaud do Sax.

O disco tem de tudo um pouco: blues, jazz, choro, baião, música popular e instrumental. O evento de lançamento do CD da Mostra Sesc de Música Paraibana 2010 será no dia 24 de fevereiro, na feirinha de Tambaú, às 20h, com as apresentações da banda Sudamérica e do músico Henrique Ornellas. A noite também contará com participações especiais dos artistas que foram selecionados na Mostra Sesc e que integram suas composições no CD.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

De mentiras e mentiras


Ai quem me dera uma feliz mentira
que fosse uma verdade para mim!
J. DANTAS

“Mentir é universal – todos nós o fazemos. Entretanto, uma coisa sábia é treinarmos a nós mesmos para mentirmos conscientemente, prudentemente; mentirmos por um bom objetivo e não para um mal; mentirmos para a vantagem dos outros e não para a nossa própria; mentirmos profilaticamente, caridosamente, humanitariamente, e não cruelmente, ferinamente, maliciosamente; mentirmos graciosa e gratuitamente, e não grosseiramente, desajeitadamente; mentirmos firmemente, francamente, retamente, com a cabeça erguida, não vacilantemente, tortuosamente, de um modo pusilânime, como se estivéssemos com medo. Então seremos libertos da verdade pestilenta que está apodrecendo a terra; então seremos livres, grandes, bons e belos, dignos habitantes em um mundo onde até a benigna natureza habitualmente mente, exceto quando ela promete tempo ruim”. (Mark Twain)

Conheci grandes mentirosos. Na minha cidade, Itabaiana, o mais famoso deles atendia pelo nome de Zé 41, caçador invulgar, atirador fino e contador de estórias. Lembro de muitas delas. Dizia que sua mulher era uma costureira tão rápida que costurou uma camisa inteira numa noite escura, somente com a luz de um relâmpago na tempestade. Na mesma noite, ele encontrou-se com o diabo na cancela da porteira. Conversaram por horas, ficando acertado que nem Zé 41 caçaria no inferno nem o demônio espantaria sua caça nas matas de Itabaiana.

Já os mentirosos da política são perigosos, covardes. Mentem oficialmente e descaradamente. Suas mentiras ofendem a barriga cheia de vermes do menininho da periferia e o futuro da mocinha que estuda na escola pobre do interior. O ex-presidente Lula falou um dia: “A desgraça da mentira é que, ao contar a primeira, você passa a vida inteira contando mentira para justificar a primeira que contou”. Os caras que estão no poder ou buscando essa meta são tão loucos que já nem sabem onde começa a realidade e a fantasia. A mentira fica sendo lugar comum. Eles chegam a acreditar em suas próprias mentiras de tanto manipular a verdade.

A mentira mais nojenta do político: o imundo quebra as pernas do cidadão, a seguir dar-lhe muletas e diz: "veja você, sem eu ninguém pode caminhar." Todos eles servem ao demônio que comanda essa mentirada universal dos podres poderes. Obama serve aos interesses de Wall Street, Clube Bilderberg, CFR e etc. Já o Lula, a Dilma, o Serra e demais mentirosos servem ao Diálogo Interamericano, que serve aos americanos e assim gira a roda da mentira. O olho que tudo vê nos escraviza através da mentira veiculada por uma mídia asquerosa.

Na nossa terra, nossos mentirosos oficiais também não possuem estilo. Não sabem governar sua cozinha, mas querem administrar cidades. Suas línguas viperinas estão sempre mentindo. Roubam, fazem alianças espúrias. Se deixar, eles vendem até o eleitor. E sempre mentindo.

Mentir é uma das mais difíceis artes criada pelo homem. Portanto, viva o mentiroso da vertente que afirma: a arte é uma mentira que revela a verdade. Abaixo a mentira falsa, mentira oficial. Em Itabaiana, é famoso o meu amigo Índio, já falecido. Dizia o velho Índio que comprou trinta cordas de caranguejos em Cabedelo e veio tangendo os bichinhos pela estrada até Itabaiana. Só perdeu três caranguejos: dois fugiram para o mato e um morreu por ter chupado um picolé de groselha suado.

Caros compadres

Filhos de Adeildo Vieira tocando no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar (Itabaiana/PB)


Caro cumpade Mozart!

Obrigado por incluir minhas idéias nesse poço de idéias férteis, que é a Toca do Leão!

Mas, realmente este tema me aflige muito por se tratar de exploração sobre meus companheiros de música. A coisa fica ainda mais grave quando vemos o problema como bichos ferozes com garras afiadas pra atacar nossos rebentos. É que tenho dois filhos que optaram pela música como profissão. E pelo que vi nas fotos em seu blog, você também foi agraciado por ver os sons da natureza se manifestarem no coração de seus filhos, né?

Bom, apesar de ver a tamanha dificuldade de organizar a nossa categoria, coloquei o tema em discussão. Já há posicionamentos sobre o caso. Vamos ver no que dá, né mesmo? É uma questão de se trazer dignidade para os companheiros que atuam nessas casas de fazer dinheiro, que chamamos de restaurantes e bares.

Há braços itabaianenses!!!

ADEILDO VIEIRA


Caro Fábio. Admirei a tirada filosófica na crônica “Os opróbrios”. Há momentos em que me sinto tão insignificante junto a este imenso universo, que ignoro a minha própria insignificância. E por falar em filosofia, informo que fui agraciado com a aprovação exatamente nesse curso, junto à UFPB.

Saudações, Ecílio Palhano.


Rapaz, deixa de ser mole! Parece que não é sertanejo! Olha bem: Tenho 60 anos, 45 de teatro, mais de 50 textos teatrais escritos. Pobre, lutando desesperadamente para viver e sustentar uma família enorme. Basta lhe dizer que meu ultimo filho tem apenas 01 ano de idade (Chama-se SHIVA).

Estou tentando agora, junto à Universidade da Paraíba, editar o meu primeiro livro. Como dizia meu avô, sertanejo do Pajeú: "Cabra frouxo! Segura as conversas e toca pra frente". Não admito um dos nossos falar em fracasso. Você é um vencedor e vai ganhar todas. Além disso, como você mesmo diz; "Só escrevo o que quero e quando quero". Estamos juntos. Olhe bem! Não lhe enviei a grana do seu livro porque estou em crise. O que é uma constante em minha vida e assim mesmo, consumo arte, compro esculturas, quadros, livros e outros. Nunca mais me venha com esse tipo de conversa, ou do contrário vai levar uns sopapos. Um abração e aguarde novidades.

Marcos Freitas


Fabio,

Leonilla Almeida tem qual grau de parentesco com Solon Almeida?
Sólon é antigo fiscal da prefeitura, cantor dos bons (voz de Nelson Gonçalves, Chico Alves, Orlando Silva...) Solon me segredou que certa vez cantando no mesmo programa de auditório da Rádio Borborema, Nelson fez o convite para que ele fosse para o Rio e lá o procurasse, apadrinharia sua carreira. O sentimento nativista o fez voltar para Itabaiana. O Brasil perdeu um grande cantor.


Também foi locutor de rádio do programa "Seresteiros da Noite" , citado no livro de Fabio A Voz de Itabaiana e outras vozes, pg 18.

Há cerca de dois anos Solon operou-se do coração. . . ainda na ativa, arrecadando para o município-prefeitura.

Passando na BR-230 no destino Campina-João Pessoa, em Boqueirão (a entrada de Itabaiana) numa terça-feira fiquei remoendo o mote (ah se Jessier pega!):

" . . . e Hoje não tem fiscal
na feira de Itabaiana"


Mas, Solon sendo de Campo Grande/Itabaiana, a mesma terra de Leonilla,
e sendo Almeida, tem parentesco com Sivuca; com o ex-prefeito Alceu Almeida;
claro, deve ser (é) parente de Leonilla. Qual seria este grau deste parentesco?

Benjamim – Campina Grande/PB

domingo, 20 de fevereiro de 2011

TOCA DO LEÃO CITADA EM MATÉRIA DO JORNAL DA PARAÍBA


MP apura remessa ilegal de areia do rio Paraíba para outros países

Valéria Sinésio

Do Jornal da Paraíba

A Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), órgão que tem o dever de fiscalizar e evitar a degradação da natureza, está prestes a ser alvo de uma ação do Ministério Público (MP) por danos ambientais. O motivo seria a concessão de licença ilegal para extração de areia no leito do rio Paraíba, no município de Itabaiana. A promotora Rhomeika Maria de França Porto disse que, por meio de uma premissa falsa, a Sudema e a prefeitura de Itabaiana sustentam a autorização para a retirada mecanizada de aproximadamente 60 caminhões de areia diariamente na comunidade Guarita. O Ministério Público também apura denúncias de que a areia está sendo vendida até para outros países.

A situação, segundo a promotora, “é absurda no rio Paraíba. “Como pode um órgão ambiental, que deveria coibir ações de degradação ambiental, conceder uma licença desse tipo?”, questionou. O MP quer conseguir um laudo técnico, que prove que o rio está sofrendo sérios danos com a extração da areia, para entrar com uma ação civil pública contra a Sudema e a prefeitura de Itabaiana. “É uma situação muito complicada, porque há omissão de toda parte, enquanto isso a natureza clama por socorro”, disse a promotora. Ela cogitou buscar apoio de órgãos ambientais de outros Estados para intervir no caso.

Denúncias que chegaram ao Ministério Público dão conta que há interesses particulares por trás da concessão da licença da prefeitura. “Inclusive a primeira ação foi contra a prefeita Eurídice Moreira, o filho dela, que é secretário de Saúde, além da Sudema e da empresa”, explicou a promotora. Outra denúncia é de que areia estaria sendo exportada para outros países. A empresa que faz a retirada da areia é a AFA Construções ME, cujo dono não atendeu as ligações feita pela reportagem do Jornal da Paraíba

Mas a realidade seria outra, segundo a promotora. “Pelo que tomamos conhecimento e estamos apurando, a AFA seria apenas ‘fachada’, que cumpriria ordens de uma grande e poderosa empresa nordestina”, declarou Rhomeika. Um esquema teria sido montado no município para regularizar a situação da empresa, que em outubro extraía a areia de forma irregular. Há indícios de que uma licença foi forjada para que, assim, a empresa não fosse impedida de continuar seu trabalho de degradação ambiental. Atualmente a empresa está regular diante da lei, pois apresentou toda a documentação que lhe foi solicitada. “Isso é o que complica, pois o problema está exatamente nas licenças que precisam ser derrubadas”, comentou.

A promotora disse que tentou, por meio de ofício, conversar com a Sudema para saber o motivo da licença, mas não consegue retorno. “A comunicação com o órgão está muito difícil, lento”, reclamou. “Já enviei ofício para que a licença seja analisada, mas até agora nada foi feito”, acrescentou.

População está revoltada com o caso

Inconformada, a população do município, que fica a 70 km de João Pessoa, acompanha a dolorosa morte do rio Paraíba. “Dolorosa e revoltante”, é assim que definem. Representando a Associação Paraibana dos Amigos da Natureza (Apan), João Batista Silva, a retirada da areia é feita “a qualquer hora, em plena luz do dia, seja feriado ou final de semana”. Em seu blog, o ativista cultural Fábio Mozart expõe a indignação. “É preciso denunciar o crime que se comete contra o Rio Paraíba em Itabaiana”, diz um trecho, que continua: “...ninguém é dono de Itabaiana, do seu rio, do seu povo”. No município, o assunto é discutido até durante a missa. “Se você parar cinco minutos na praça Epitácio Pessoa verá mais de dez caminhões trafegando com livre acesso”, contou um morador da cidade.

O problema teve início há 10 anos, quando três empresas, de Pernambuco, começaram a extrair areia do leito do rio. Desde então, os órgãos de proteção ao Meio Ambiente foram comunicados do que estava ocorrendo. Três anos depois, segundo João Batista, a licença para a extração mecanizada de areia foi cassada, após o clamor da população contra a degradação ambiental em Itabaiana. No dia que a reportagem do Jornal da Paraíba esteve no local, flagrou pelo menos cinco caminhões fazendo a extração. A licença está sendo reavaliada pela Sudema. “Não há como dizer que não é crime ambiental, a degradação impressiona”, afirmou João Batista Silva .


www.paraiba1.com.br/Noticia/56229_ministerio-publico-apura-extracao-clandestina-de-areia-do-rio-paraiba.html

Leão encarcerado


Poucos leões se salvaram
Dessa grande humilhação,
Pior dos mundos possíveis:
A execrável prisão.

Na solidão comovente
O leão vê a ruína
Do seu sonho soberano
Sem entender sua sina.

Daí o caos, o abismo,
A vida sem um sentido,
Olhando de sua jaula
Um mundo desconhecido.

Leão de feira e de zôo
Cego, com frio e chinfrim,
Violentando o instinto
Comendo alface e capim.


Fábio Mozart

sábado, 19 de fevereiro de 2011

AS MAIS NOVAS DO MEU AMIGO AMEBA

No flagrante, Sonsinho tentando plugar uma camisinha para fazer sexo virtual



ESTUPIDEZ

Ameba me confidenciou que nosso amigo comum Sonsinho teve mais um entrevero com sua parceira, madame Preciosa. Antes, afirmo com o dramaturgo Nelson Rodrigues: “A estupidez é uma força da natureza. É muito mais forte do que a inteligência”.

Sonsinho estava lendo no jornal que uma atriz casou com um atleta de QI baixinho, desses que começam entrevistas dizendo: “acho que...”. Sonsinho perguntou à madame:

--- Por que os imbecis sempre ficam com as mulheres bonitas?

Madame Preciosa abriu um sorriso de prazer.

--- Ah, querido Sonsinho, obrigada.


SOBRANDO VAGAS

Biu Penca Preta está animado, pensando em arrumar um emprego no Governo da Paraíba. É que o governador Coutinho dispensou tanta gente inútil que agora há escassez desse povo.


FOTO RECENTE

Sonsinho foi tirar título de eleitor, levando uma foto muito antiga. Explicaram que as fotos precisavam ter no máximo um ano. No dia seguinte, Sonsinho voltou com a foto de um bebê sentado num penico, e disse: “Nesta foto eu tinha 8 meses”.


NA LANCHONETE

Sonsinho trabalhando na lanchonete. O cliente pede um guaraná e dois cachorros-quentes, sendo um sem molho.

--- Qual deles é sem molho? - quis saber Sonsinho.


BILHETE DE ANIVERSÁRIO

Careca trabalhava no Correio há seis anos, andando quilômetros pela cidade entregando cartas todos os dias, com um sol de lascar torrando sua cabeça pelada. No dia do seu aniversário recebeu uma mensagem da empresa: “Que o sol brilhe intensamente em sua caminhada”. Mandou o Correio tomar no cu e foi tomar uma cerveja no bar de Rosalvo.


NAMORO IMPOSSÍVEL

Sonsinho era doido pra namorar uma prima. Todo dia insistia e ela dizia que não, porque era prima. Um dia ele perguntou:

--- E se eu não fosse seu primo?

--- Eu inventaria outra desculpa.


AMBIENTE CARO

A mulher de Ameba queria ir a um lugar caro. E ele:

--- Sem jeito, que aqui não tem nenhum poço de petróleo...


SONSINHO NA ESCOLA

--- Onde ficam localizados os Alpes?- perguntou a professora.

--- Os Alpes, são por acaso montanhas? – quis saber Sonsinho.

--- Sim, disse a professora.

--- Ficam localizados na direção de cima – explicou Sonsinho.


AMEBA NO MÉDICO

No consultório, o médico pergunta ao Ameba:

--- O senhor já foi examinado por outro?

--- Sim, procurei um curandeiro – respondeu Ameba.

--- E que besteira ele disse?

--- Que fosse me consultar com o senhor.


NO ORELHÃO

Sonsinho fazendo ligação para saber o saldo da conta correne.

--- Saldo de conta corrente é em outro telefone, senhor – informou a atendente.

--- Por que? Não pode ser mais de orelhão?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Músico paraibano fala de rádios comunitárias e livres em programa radiofônico

Pedro Osmar

O programa se chama “Macacos me mordam”. É um programa temático, falando sobre carnaval tradição, depois sobre vida e obra de Geraldo Vandré, em seguida sobre a morte, sobre rock, sobre música brega etc. O apresentador e produtor é Pedro Osmar, conhecido compositor, músico e poeta paraibano.

Na próxima sexta, dia 18/02, o programa vai falar sobre rádio pirata, rádio livre, rádio comunitária, rádio alternativa e suas experiências na cidade de João Pessoa e estado da Paraíba. O debate alcançará a legislação e a luta pela democratização dos meios de comunicação no país, com a participação de alguns agitadores da área, como o pessoal da Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares e a galera da Rádio Comunitária Diversidade do Jardim Veneza.

O programa “Macacos me mordam” é veiculado pela Rádio Comunitária Cruz das Armas, de João Pessoa, toda sexta-feira às 12 horas.

A Rádio FM Cruz das Armas fica na Rua Abel da Silva (ao lado do mercado público do bairro de Cruz das Armas).

CLUBE DOS AMIGOS DO PONTO DE CULTURA CANTIGA DE NINAR

Público em evento no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar. À frente, Nel Ananias (in memoriam) e a professora Celeste Fonseca, grandes incentivadoras do Ponto.

Clube dos Amigos do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar amplia seu quadro de associados

O Clube dos Amigos do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar amplia seu quadro de associados, categoria individual, com a inclusão de diversos colaboradores, a exemplo do médico José Mário Pacheco, que de Natal, onde reside, enviou sua ficha de inscrição.

José Mário Pacheco vem colaborando com o Ponto de Cultura desde o ano passado, quando destinou parte da arrecadação da venda de camisas promocionais da Cavalgada da Integração João Duré para a Sociedade Amigos da Rainha do Vale do Paraíba, mantenedora do Ponto.

Em 2011, Pacheco já anunciou que a parceria será renovada.

O que é o Clube dos Amigos do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar?
É uma entidade informal que tem por finalidade reunir instituições e pessoas físicas para manter o trabalho de integrar a comunidade em torno de objetivos comuns de educação, lazer, defesa de nossa cultura e consequente desenvolvimento, através do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, promovendo eventos sociais congregando todos os sócios que serão ouvidos nas deliberações da entidade.

Como funciona?
O Clube dos Amigos do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar aceita sócios que desejarem colaborar mensalmente com o Ponto, proporcionando receita para a manutenção da instituição. Quando atingir o número de 50 associados, o Clube reservará uma importância mensal para promover encontros entre os associados e brindes para os aniversariantes do mês.

Quais as vantagens de ser sócio?
Os sócios do Clube vão ter sempre algumas vantagens sobre o freqüentador comum do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar. A primeira vantagem se refere aos convites especiais para todos os eventos programados para o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar.
O SÓCIO tem direito a uma assinatura anual do jornal TRIBUNA DO VALE.

O SÓCIO tem direito a indicar alunos (duas vagas) para qualquer curso a ser realizado no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar.

Onde conseguir mais informações?
Com os coordenadores no próprio Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, em Itabaiana, ou pelo celular: 9165.6741 (Clévia Paz)

Ainda pelo email: pccn.itabaiana@gmail.com

EXPLORAÇÃO MUSICAL

Arnaud do Sax
Max Mozart, músico da noite

Item 171 do cardápio

Se tem uma coisa que me emociona é frequentar um bar ou restaurante ao som de um companheiro de música, mesmo que no repertório não se incluam as canções dos nossos companheiros compositores. O fato de não encontrarmos nas músicas executadas nos bares o espelho da nossa cena musical pode até nos dar um certo desgosto, não causa nenhum demérito aos músicos que massageiam nossos ouvidos, tornando a nossa vida menos indigesta.

Agora, se tem uma coisa que me revolta em proporção muito maior do que as emoções musicais causadas pelos meus companheiros, é saber que o ingresso para ouvi-los é compulsório e está impresso no menu, mas que, via de regra, tal receita bruta, e nem líquida, chega aos seus sagrados bolsos. Contentem-se eles com a receita gasosa. O dinheiro arrecadado dos couverts artísticos evapora pela fornalha da contabilidade desses empregadores, chagando aos músicos apenas o cheiro do suor do seu trabalho. A maior parte daquilo que destinamos aos músicos é usada como suplemento de receita para o pagamento de despesas correntes dos bares e restaurantes como água, luz, telefone, enfim, trata-se de uma grande fonte de renda excedente para os empresários. Mas, na verdade, eu vou direto ao assunto, pois acho que o lucro dos bares e restaurantes já é o suficiente para pagar suas contas. O dinheiro dos músicos é usado mesmo é pra pagar a prestação do carro importado desses comerciantes, ou suas viagens pra Europa, ou mesmo o seu apartamento de cobertura.

Imagina só se os músicos recebessem seus cachês a partir das vendas de tira-gosto. Ou se lhes fosse destinado o lucro da venda da carta de vinhos. Seria inadmissível, não é? No serviço público chamamos a isso troca de rubrica, ou seja, pagamento com erro de destinação. Então, traduzindo este termo para o campo privado, por que a rubrica “couvert artístico” não alcança o seu justo destino: o trabalhador da música que oferece sua labuta artística?

Na verdade estamos diante de uma luta de classe, aquela mesma definida por Marx. Neste caso, a nossa classe está pagando pelo erro de sua falta de organização enquanto categoria. O patrão se fortalece na fraqueza do seu empregado, gerando essa injustiça tamanha. Quem assina essa fatura somos nós mesmos que permanecemos calados, ruminando a sorte a cada fim de noite enquanto gastamos boa parte do cachê pagando o taxi de volta pra casa.

Eu não sou músico da noite, mas me revisto do problema já que atinge meus companheiros. Como frequentador dos bares, eu reivindico a mesma decisão que foi tomada em referência aos 10% dos garçons, tornando esta prática facultativa. Se o pagamento aos músicos é fixo e não depende do montante apurado nas mesas, eu não me sinto na obrigação de pagá-lo. Isso não quer dizer que eu seja contra a cobrança de couvert artístico, apenas quero ter a certeza de que minha contribuição a este valioso serviço chegará ao seu valioso destino. Como tenho a certeza de que não é assim que funciona, eu como consumidor não me sinto obrigado a corroborar com esta prática injusta. O oferecimento de música ao vivo tem que ser encarado como mais um serviço oferecido pela casa, gerando-lhe mais uma despesa corrente. Aliás, um maravilhoso serviço que agrega valor ao ambiente e gera mais lucro. Não se trata de despesa, mas de investimento.

Convido a todos para uma reflexão. Aqui me coloco como músico e consumidor de música. Músico por profissão – mesmo que pareça estranho atuar profissionalmente e não sobreviver do ofício – e consumidor, porque se trata da expressão que mais anima minha existência. O fato é que essa situação me incomoda, porque não é digna, já que todos somos vítimas desta prática, os músicos, que não recebem o que lhes é devido, e os consumidores que, de certa forma, estão sendo enganados no pagamento a este serviço.

Daqui pra frente é melhor atentar pra o item 171 do cardápio!

Adeildo Vieira

www.diariopb.com.br