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segunda-feira, 5 de julho de 2010
Aventuras de Biu Pacatuba no mundo acadêmico
Fidélia Cassandra (Pintura e foto de Sandoval Fagundes)
Meu condescendente leitor vai perdoar, mas volto ao assunto do livro “Biu Pacatuba – um herói do nosso tempo” e suas aventuras pelo mundo virtual. De Campina Grande, escreve meu compadre Benjamim para informar que terei mais dois ilustres leitores. Uma é Fidélia Cassandra, poetisa, compositora, cantora e professora em escola pública. “Seu pai era comunista, militante, ativíssimo. Um mecânico que fazia poesia e lia Baudelaire. Por ser inteligente e culto, esse operário dedicou a sua vida à transformação do mundo. Pagou caro; preso, torturado, a família atravessou a vida em quase indigência. Faltava-lhes tudo - a água, o pão, a luz. Sobrava o ódio dos circunstantes. Não entendendo a missão heróica de Zequinha, o “Vermelho”, vizinhos e outros pobres, envenenados pelo discurso dos vencedores, maltratavam em demasia a família, órfã de um homem preso e torturado por amar a humanidade, por clamar contra as injustiças e compreender logicamente que o caminho da emancipação, da liberdade e da vida com dignidade, era a sociedade socialista. Morreu pobre, Zequinha, um pouco magoado com as contramarchas da história. Porém honrado, pleno de dignidade e reverenciado, amado e respeitado por aqueles que com ele conviveram”. Eu diria, semelhante ao nosso Pacatuba.
Eis o que escreveu Fidélia Cassandra: “Onde conseguir esse livro? Lembro-me que meu pai viajava muito ao interior da Paraíba para ajudar na organização e nas lutas das Ligas Camponesas. Isso tudo me soa muito familiar. E eu nem entendia direito o significado de tudo isso! Meu pai é meu herói!”
Benjamim assim exalta meu livro: Vamos ler “Biu Pacatuba – um herói do nosso tempo”, lutador das Ligas Camponesas na Paraíba. As Ligas... o maior carimbo, a maior marca da resistência popular neste quadrante do Brasil do séc. XX. Vamos 'correr campo' junto com Biu e Fábio, autor do livro. Vamos ler o livro, divulgá-lo; estaremos prestando um serviço a nosso povo. Acompanhar Biu Pacatuba é ato de solidariedade.
Outro que quer ler o livro de Pacatuba é o professor Rangel Junior, mestre de psicologia, poeta, compositor, pró-reitor de planejamento da UEPB e dono de um interessante blog (Caçador de Arco-Íris www.rangeljunior.blogspot.com). “Se for o caso, a gente agenda uma visita dominical a Itabaiana, guiada por você, pra um papo direto com o (competente, exótico e produtor - como ele mesmo disse um dia - vagabundo aposentado...) autor Fábio Mozart. Se não for assim, arranje um livro pra mim e diga o preço”, solicita Rangel Junior ao professor Benjamim.
Essas as informações sobre a trajetória do livro, sendo que hoje, domingo (04 de julho), visitei o casal Zenito Oliveira e Irene Marinheiro, ambos meus ex-professores, para entregar pessoalmente um exemplar do “Biu Pacatuba – um herói do nosso tempo”, e tive uma belíssima surpresa que publico amanhã neste mesmo Bat Canal.
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