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sábado, 8 de maio de 2010

Seria José Bezerra filho de Itabaiana?


Na nossa busca incansável dos valores da terra, que a atual geração tem o dever de reconhecer e destacar, pinçamos o nome de José Bezerra, que é para a cultura paraibana um extraordinário homem de teatro, além de jornalista. José Bezerra é autor da peça “Enquanto não arrebenta a derradeira explosão”, um marco da dramaturgia paraibana.

Não afirmo peremptoriamente que José Bezerra seja itabaianense, mas desconfio que Itabaiana seja seu berço a partir de crônica publicada no jornal O Norte, de 8 de setembro de 1992, onde o jornalista Benedito Maia transcreve um diálogo com o ex-governador Ernani Sátyro:

“Todos os dias, ao ver um dos seus assessores de imprensa, o jornalista e dramaturgo Gilvan de Brito, o governador perguntava:

─ Amigo velho, como vai Itabaiana?

─ Não sou de Itabaiana, Governador. Quem é de lá é o seu fotógrafo José Bezerra.

─ Muito bem, amigo velho.

E no dia seguinte, ao ver Gilvan, perguntava:

─ Amigo velho, como vai Itabaiana?”

Daí a dedução sobre a “pátria” deste homem de teatro. A verdade é que José Bezerra cultivou um teatro de alta qualidade, com alguns textos de sua autoria publicados com patrocínio do Estado, quando a Paraíba se dava ao luxo de financiar a cultura.
Uma das mais ricas e complexas formas de arte, o teatro teve em José Bezerra um criador indispensável para a evolução do universo cênico na Paraíba. Hoje, José Bezerra já não escreve nem atua plenamente, e infelizmente seus textos desapareceram de nossos palcos tão pobres de forma e conteúdo. Mas aqui fica a incógnita: seria José Bezerra filho de Itabaiana?

Sobre o assunto, recebo mensagem do companheiro teatrista Osvaldo Travassos Sarinho: “Mozart, acho que o Zé Bezerra de Ernany Sátiro é outro. O nosso cineasta dramaturgo, diretor, ator, cantor, escritor e bancário do BB aposentado deve ter nascido no bairro da Torre. Pelo menos sua infância se passou assistindo as "fitas" do Cine Metrópole, segundo seu último romance. Um abraço a ele extensivo a você”.

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