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sexta-feira, 21 de maio de 2010
No purgatório com dor no ombro
Mais de dez dias sem caminhar, bursite no ombro direito, tomando antinflamatório por conta própria, fui ao médico e ele me deu uma injeção local.
Tou desanimado. O livro não sai do canto na gráfica, o lançamento gorou, doença por toda parte, lamentos e gemidos de dor, parece o purgatório de Dante, que no inferno ainda não adentrei, como diz o chavão dos locutores de pista.
Falar em locutor, tenho que gravar um programa de rádio do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar que estréia dia 29 de maio. Falta estúdio, equipamentos de gravação de áudio digital e disposição para correr atrás da pauta.
A concepção do purgatório como uma montanha é idéia de Dante, esse poeta tão imaginativo. O inferno sempre foi associado com o mundo subterrâneo e o Céu sempre foi visto como a morada dos deuses e dos por eles escolhidos. Se estou no purgatório, tenho que subir uma montanha imensa, com dores no joelho e ombro bichado. As portas do inferno estão sempre abertas, o caminho é fácil, aparecem até umas moças caridosas para ensinar o trajeto.
Domingo, dia 23 de maio,o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar vai receber o Vladimir Carvalho, monstro sagrado do filme documentário. Palestra e exibição de filme do Vladimir, além de tocata com o grupo de violões dos alunos do Ponto. Não estarei lá. A saúde faz seu chamado de alerta. Talvez não interesse a todos saber, mas como eu sempre faço questão de dividir minhas alegrias com meus queridos amigos e leitores, também me sinto compelido a dividir momentos não tão alegres.
C’est la vie!
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