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sábado, 19 de dezembro de 2009
2009 foi 10!
O ano que está se findando foi legal pra mim. Afora os lances negativos, que esses a gente esquece, bota na conta do equilíbrio natural das coisas. Algumas covardias, dois ou três negócios mal feitos, incompreensões e maldades de certas pessoas. Tudo bem, o mundo necessita de mais dois mil anos para ser coerente e honesto. Por exemplo: um sujeito de moral fossilizada está me processando por difamação e quer um troco pela sua honra.
Winston Churchill, estadista britânico, afirmou que “o sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo”. Assim prossigo, sempre com a consciência de libertário, mas sabendo das limitações de minha prisão porque ninguém é mais escravo do que aquele que se considera livre sem o ser, conforme Goethe, também pensador e escritor alemão.
Mas 2009 foi um ano positivo. Depois de quatro anos de luta, consegui instalar o Ponto de Cultura em Itabaiana. Minha filha única terminou o curso de Relações Públicas na Universidade Federal da Paraíba, consegui aprovar projeto para edição de um livro pelo Ministério da Cultura e realizei o tal sonho da casa própria. Comprei uma casinha financiada pela Caixa Econômica Federal, com a ligeira impressão de que esse sonho vai virar pesadelo no futuro devido aos juros altos que chegam às raias da extorsão. No fim, o saldo devedor está sempre mais alto do que as prestações pagas.
Para terminar o ano, a Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares vai produzir um documentário sobre as mulheres no rádio popular, com roteiro e direção deste amigo de vocês. O projeto foi aprovado pela Fundação de Cultura de João Pessoa.
Não foi um ano excepcional, mas positivo. A crise financeira internacional não me atingiu porque cachorro morto não pega calazar. Meu Clube Náutico Capibaribe foi rebaixado para a segunda divisão, mas em compensação o Sport também morreu agarrado ao pescoço do timbu. Para não perder de todo, o Treze foi campeão da Taça Paraíba.
O balanço é favorável. Espero 2010 com a esperança e o ardor das viúvas prontas para aliviar o luto e o resto.
Por falar em luto, morreu Sivuca. Não o sanfoneiro famoso, mas outro Sivuca de Itabaiana, meu amigo José Cardoso Rodrigues, filho de João do Bode, o pioneiro no serviço de alto-falante naquela terra. O livro que irei lançar em 2010, “A Voz de Itabaiana e outras vozes”, começa com uma crônica onde falo de Sivuca, do seu pai e sua família de comunicadores. Sivuca era um locutor de voz macia e educada. Gostava de tomar umas biritas, depois converteu-se ao protestantismo. Tanta gente ruim dando sopa e a morte acha de levar Sivuca, um homem de bem. Deus me perdoe, que eu sou um ateu consciencioso.
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