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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Associação cultural lança bumba-meu-boi no carnaval de Itabaiana



No carnaval de 2014 em Itabaiana - Paraíba teremos mais um bumba-meu-boi nas ruas, que se juntará aos demais já existentes na cidade na preservação do folclore. É o Boi Memo, criado pela Associação Cultural Memória Viva.

Muitos trabalharam nesse boi: Galego da Imperatriz na armação, Seu Borboleta na confecção da roupa, Luciano, Margaret, Dona Tonha Marinho, Ivana Sueli e Genilson nos adornos finais.

O batuque ficará por conta das mãos ritmadas dos garotos Leandro, Leonardo, Welson, Lucas e Josinaldo, todos moradores do bairro Açude das Pedras e alunos de percussão da Tia Margaret, quando esta trabalhou naquela comunidade.

O Boi Memo, acompanhado de Mateus e burricas, sairão um único dia, domingo de carnaval. A concentração será na Praça Epitácio Pessoa às 15 horas.

Traga suas crianças, vista suas fantasias e burricas, e venha abrilhantar esse folguedo de nossa cultura popular.


Margaret Bandeira

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014


Sr. Fábio Mozart:

Através de um amigo do meu esposo, chegou em minhas mãos um exemplar de seu livro "Biu Pacatuba, Um Herói do Nosso Tempo", onde inclui "Mari, Araçá e outras árvores do paraíso".

Fiquei bastante feliz porque este livro fala da minha terra natal e, para minha maior surpresa, também fala do meu querido irmão Adauto Paiva " in memoriam”. Sendo assim, gostaria de saber como adquirir alguns exemplares, pois meu compadre e amigo José Martins também ficou interessado em adquirir. 

Atenciosamente,

Ivete Paiva



quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Sobre a arte de ver o tempo passar




Eu gosto de escrever o texto à mão. Escrevo rápido as ideias principais e reescrevo. Depois digito no computador. 


É terapêutico escrever abobrinhas diariamente ao nascer do sol, neste espaço cibernético. Queria ter a mesma assiduidade com as coisas práticas do dia-a-dia. Sou o rei da procrastinação. “Não deixe para amanhã o que pode ser feito depois de amanhã”. Tarefas que a gente vai encostando, perdendo tempo com bobagens tipo Facebook, Twitter, Gmail, bar de Zé. Enquanto isso, a pia cheia de louça suja, a agenda repleta de compromissos inadiáveis que vão sendo adiados, os livros a serem lidos, os projetos para sonhar, o cachorro pra vacinar.

Tenho o questionável hábito de levar a vida sem referências concretas. Um dia quero uma coisa, no outro isolo o foco em determinado objetivo, vou perambulando pelos alvos sem me concentrar em nada especificamente. Um beija-flor ingênuo que nem percebo que os tempos são outros, que o tempo propriamente dito vai acabando para mim e nada de abandonar aquele olhar descomprometido sobre a vida.

Com mais de dez anos de ócio de aposentado, o trabalho me convoca todos os dias, estou sempre atrasado, com muito tempo para sonhar e criar que fico assim como mosquito em campo de nudismo, sem saber onde pousar. Gosto de pensar que todo dia reinvento a vida. Ela, a vida, me quer frenético, eu fico só dando pistas falsas, prometendo sem cumprir. De vez em quando me aventuro nos espaços simbólicos e sombrios, dando lugar para o que não tem lugar, exercitando meus mistérios. Isto não está na agenda. Isto é poesia.

“O tempo, esse ‘chronos’ devorador voraz dos próprios filhos, na sua obsessão pelo poder”, na visão de Luiz Henrique Pellanda, escritor curitibano. Esse danado é que é o supra sumo da verdade, embora abstrato, que para contá-lo somos obrigados a mentir. Mentimos sobre nossa verdadeira idade cronológica, sobre nossas espectativas. Já reparou como a gente se recusa a seguir adiante? Talvez por isso, para adiar o tempo que nos resta, protelamos as coisas. Vai que a morte tenha a relação de tarefas que devemos realizar antes de partir. Tenho pra mim que só estarei preparado para o andar de cima quando deixar de olhar a vida e o mundo como criança, com a curiosidade e o encanto da primeira vez. E sempre tem novas paisagens pra se ver amanhã.




O pessoal de Ricardo Coutinho está prometendo atribuir aos cassistas todos os casos de coma alcoólico, overdose e insucesso erétil ocorridos neste carnaval. E vice-versa.

“Cassistas são iguais aos gatos, que às vezes se fingem de domesticados para melhor se infiltrar em nosso território e conhecer nossas fraquezas” - Um ricardista abalado emocionalmente.

Político recentemente separado procura parceiro com situação financeira e eleitoral definida para futuros conchavos.

Carga tributária de 40% do PIB nacional não é pra qualquer um. Só no país Banânia.

"Sempre defendi a união civil de pessoas de qualquer sexo com o próprio dinheiro". – Ameba

Mobilizar um país inteiro para organizar um torneio de futebol, só na Banânia, a terra da piada pronta.

Vai chegar uma hora em que a Terra não vai aguentar mais tanto calor vindo do sol. Em Itabaiana, só aguentamos porque somos muito passivos.

Políticos defendem mais de dois candidatos para manter a biodiversidade na floresta.

Ameba entrou na seita Universo em Desencanto, desencantou-se e abriu um cabaré.

A morte, como sabem os legistas, é um longo processo, por isso é bom dar início a ele o quanto antes. Vamos ao álcool, tabaco e frituras.

Divergir do Grande Mestre é uma afronta muito grave à ordem das coisas.

Corretor de imóveis é a profissão mais antiga do mundo, nascida no momento em que Adão foi expulso do Jardim do Éden e a região se valorizou.

Nosso provincianismo não permite enxergar a insignificância e o ridículo da farsa dos coronéis da politicagem.

Política orgânica: "Cássio jamais foi um girassol. Ele era apenas o adubo da planta".

Não tem futebol, mas tem violência. Brigas entre torcidas na PB já teriam causado a morte de sete, segundo dados da PM.

Os seguidores de Cássio estão hoje mais iluminados do que placa de motel.

Brasil consome 14 agrotóxicos proibidos no mundo. Sem falar no veneno da maledicência geral.

"Ele está voltando!", gritam os adoradores pelas ruas, em êxtase.

"Vou adotar o sobrenome Fuleco em solidariedade à tragédia que vai ser a copa." – Ameba

O ser humano realmente não merece confiança. Até os cegos preferem ser guiados por cachorros.

RC se sentido mais desprezado do que fruta cristalizada do panetone.

Maldade: Na festa do Oscar tinha 600 lagostas e 4.000 vinhos. Lista de compras feita na granja...

Separação é fogo! O coração partido de RC está doendo na Paraíba inteira!

Ameba para a namorada: "Sabe aquele iPhone branco que a gente viu ontem? Vou te dar um chinelo daquela cor".

"O bom de ser brasileiro é que você já nasce com uma profissão garantida que é a de palhaço." - Maciel Caju, depois da entrevista de Cássio.

A moça da operadora perguntou qual meu plano. Eu disse: casar e arrumar um emprego na prefeitura". - Ameba.

"Se os russos tivessem colonizado o Brasil não existiria esse calor todo." – Sonsinho

Após rompimento, Ricardo Coutinho troca a senha do banco e a fechadura.

Não preciso de ninguém pra me perturbar e piorar minha vida, eu sou auto-suficiente." – Ameba

A minha meta é chegar na quarta-feira de cinzas com os mesmos dez reais que tenho agora.

Sonsinho: "Se você levar uma facada na barriga neste carnaval, corra pra academia. Lá, você fica com a barriga sarada".

A vida não ta fácil pra ninguém, imagina pro tucano que terá que deixar a boquinha no Estado.

“58% querem a Copa. Eu quero o ás de copa”. – Vavá da Luz.

Político que não mente não convence a gente.

PSDB fará consulta se Cássio deve tocar tambor ou reco reco no carnaval.

Hora da desmama. Cássio Cunha Lima pede que tucanos entreguem os cargos no Governo do Estado.

FUMAÇA BRANCA NO PSDB. "Habemus Papangu". Tudo a ver com o carnaval popular.

"Comeram a carne por 3 anos, estão largando o osso." - Wellington Moura.

"Falar mal de Cássio é uma heresia!" - Nilvan Ferreira, apresentador de programa de rádio em João Pessoa.

"Mais cedo ou mais tarde, todo político acaba correspondendo aos que não confiam nele”. (Millôr Fernandes)


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Aniversário do golpe de 64 me lembra Chico Veneno

O golpe militar de 64 está perto de completar 50 anos. Hora de lembrar nossos subversivos, os tais “marcados para morrer” que faziam parte do plano comunista da conquista do mundo ocidental, como imaginavam as cabeças dos militares da época. Manipulados por civis da direita entreguista, esses militares deram o golpe que chamaram de Revolução. Quem acabou “solapando a democracia” foi o próprio Exército, pensando que salvava o sistema econômico baseado no lucro.

Nessa onda, muita gente foi presa, morta ou expulsa dos seus empregos. Os chamados “Quinta-colunas” eram dedurados em toda parte. Bastava um qualquer apontar um inimigo para a repressão cair em cima. Tempos de ódio, de medo e censura. Na minha cidade, Itabaiana do Norte, muita gente foi presa acusada de subversão, outros fugiram.

Francisco Almeida era um rapaz inteligente que morava ao lado de nossa casa. Muito jovem, já criava situações de agitação nas escolas onde estudou. Um carbonário, um sujeito contestador, um libertário bom de discurso e melhor escritor. Fundou um jornal, Evolução, onde publicava suas ideias socialistas. Acho que foi o precursor da imprensa engajada de esquerda em Itabaiana. Depois nascia o jornal “O Combate”, redigido pelo meu pai Arnaud Costa. As intervenções abertas do Chico Almeida deram a ele a fama de agitador. Participava de comícios e outras atividades políticas nos tempos agitados pré-64. Acusado de incitar a baderna e a intolerância, aos olhos dos reacionários da época, foi expulso de muitas escolas.

Essa figura tão combativa era, no entanto, frágil no seu interior. Encurralado por seus problemas íntimos, algumas vezes tentou acabar com seu sofrimento acabando com a própria vida. Por ter experimentado veneno algumas vezes e escapado, ficou conhecido como Chico Veneno. Ou talvez porque seus discursos inflamados contra o totalitarismo e as injustiças sociais soavam como veneno aos ouvidos dos conservadores de sua cidadezinha. “Todo mundo virava a cara quando ele passava”, testemunha sua prima, Socorro Almeida. O certo é que o filho de seu Zé de Zino escapou das masmorras da ditadura, voltou a Itabaiana e continuou sua militância política, desta vez em um partido. Passou a defender a bandeira da líder dona Dida, uma corrente política considerada à direita no espectro ideológico do lugar. Mais uma contradição do Chico Veneno, talvez sua penúltima ação autodestrutiva. Depois, enfim teve êxito na tarefa de se suicidar. Partiu para o andar de cima deixando em branco sua ficha pessoal, porque até hoje ninguém sabe o que provocava nele uma animosidade agressiva contra o mundo, sendo que ele dirigia essa agressividade contra si próprio. Foi um cara que, no fundo, tinha ideais generosos. Era uma figura marcante, que deixou traço indelével na minha geração.



domingo, 23 de fevereiro de 2014

Descobri mais um poeta itabaianense

Marcus Alves
 Caros leitores e caríssimas leitoras, eu confesso que estou enrolado na organização do lançamento do livro “Artistas de Itabaiana” que sai sob os auspícios do Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos da Secretaria de Cultura do Estado da Paraíba. Um pouco porque não domino todas as etapas da produção de um livro, preciso da ajuda de outras pessoas, profissionais de diagramação, capistas, revisores e da disponibilidade da gráfica. Mas, entretanto porém e todavia, a coisa está indo, a bola vai acabar no fundo da rede que esse gol eu não perco. Meu compadre Luciano Marinho já colocou à disposição seu salão de recepções em Itabaiana para a solenidade de lançamento, que não será solene como se entende que seja um evento desses. Nada de formalidades que não faz parte do meu estilo.

Em matéria de lançamento de livro à distância, o campeão é meu compadre Agenor Otávio, autor da façanha de vender quase 500 livros de porta em porta na cidade Itabaiana do Norte. Eu não tenho esse talento, essa técnica de Testemunha de Jeová, aliás, nem gosto de vender livro que é mercadoria sagrada feito hóstia consagrada, vá desculpando a heresia.

Meu livrinho servirá para eternizar as pessoas que nasceram nesta terra, ou aqui se estabeleceram, deixando qualquer legado de arte e cultura. São mais de cem biografias, entre elas do poeta Marcus Alves, até recentemente Secretário de Comunicação da Prefeitura da capital da Parahyba do Norte. Eu soube que Marcus é itabaianense durante entrevista que fizemos com o dito cujo no programa radiofônico “Alô comunidade”. Pois o poeta mandou uma mensagem semana passada nos seguintes termos: “Fábio, gostaria de saber se você topa organizar o lançamento do meu livro “Arqueologia” aí em nossa Itabaiana. Vamos pensar isso? Marcus Alves.” Foi aí que liguei pra ele e lancei a proposta de um lançamento conjunto. Tudo indica que vamos marcar esse gol literário juntos, em nossa terra.

Fui ver do que se trata, descobri que o livro de Marcus Alves é coisa de fino trato e do mais alto teor. Assim entende um crítico literário do Correio da Paraíba: “Uma leitura capaz de despertar os sentimentos, aguçar os sentidos e trazer à tona emoções adormecidas. Assim é o livro Arqueologia, o mais recente trabalho do jornalista e escritor Marcus Alves, publicado pela editora Moura Ramos. A coletânea de poemas trata de temas do cotidiano e exibe detalhes rotineiros que passariam despercebidos se não fossem os olhares encantados e perspicazes de um jornalista que foi buscar nos sentimentos da humanidade inspiração para se tornar poeta. Portanto, é mais um poeta de Itabaiana que temos o dever de abraçar e recepcionar.


POEMA DO DOMINGO

Tela de Isa Galindo

"O poema não é bom nem ruim. O poema é uma ideia" - Marcelo Dolabela.


CARNAVAL

Nossa vida carnaval
Segue rota e sem destino
Atrás do boi de menino
E seu toque acidental.

Nessa algazarra anual
Não sou eu que determino
A data, o tom e o hino,
Pois não é festa autoral.

Folia artificial,
Deixou de ser genuíno
O batuque cabotino
Com auspício oficial.

Já não é bom o astral
E com isso não me afino
Porque não sou bailarino
De tal entrudo fecal.

De dentro do aluvial
Desse rio uterino
Fica preso ao seu destino
O histrião que é carnal.

Acima do bem e mal
Se for pra perder o tino
Prefiro ser clandestino
No protesto/carnaval.

Quebrando a rima
Por trás do muro:
Dá trabalho ser clow,
Requer ser puro.


 F. Mozart

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Líder político de Itabaiana fala sobre cultura no interior da Paraíba

O advogado Zé Ramos, um dos fundadores da Sociedade Amigos da Rainha do Vale do Paraíba, mantenedora do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, fala sobre sua vivência nos grupos de cultura e arte dos anos 70 em Itabaiana, sua terra natal.

A entrevista vai ao ar neste sábado, às 14 horas, no programa “Alô comunidade”, que também trará matérias de Pilar, com entrevista do escritor Lucimário, autor de livro que conta a história da terra de José Lins do Rego.

“Alô comunidade” é um programa produzido pela Rádio Comunitária Zumbi dos Palmares, de João Pessoa, parceria com a Rádio Tabajara da Paraíba AM (1.110 Khz), transmitido em 12 rádios comunitárias do Estado.

Produção e apresentação de Fábio Mozart e Marcos Veloso.

Ouça em tempo real pelo site da Rádio Tabajara AM: