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sábado, 19 de maio de 2012

Sapeca o dedo!



Em São Paulo, um grupo de estudantes aproveitou a inauguração do museu do MAC-USP e a presença de autoridades do governo paulista para protestar contra o violento despejo do Pinheirinho. A imagem do secretário de Cultura de Alckmin, Andrea Matarazzo, botando o dedo na cara e batendo boca com uma estudante teve ampla repercussão na imprensa.

“Hoje eu estava no ponto do ônibus, próximo  ao Comando  da PM, quando chegou um sanfoneiro cego com  seus cabras da peste. Tocaram forró autêntico  para  a moçada, ali mesmo, na parada de ônibus. Fui ter com o cego que se chama Léo, perguntei se o mesmo tinha interesse de ser entrevistado pelo programa Alô Comunidade. Gostou da ideia.  O conjunto é chamado de Trio Asa Branca e o contato é 8878-5100. Se tiverem interesse, é só sapecar o dedo.”

M. Veloso

“Amar é ter um pássaro pousado no dedo. A qualquer momento ele pode voar” (De um poema besta romântico, autoria de poeta idem). Ameba: “Sapeca o dedo no passarinho que ele fica todo sapeca e não voa mais”.


“Na terra onde bebês tomam leite com água e soda cáustica, quem pode menos chora mais. A Justiça só vai em cima de quem usa chinelo, o rap é o dedo na ferida”. De um rap, parodiando Emicida.

Tens língua comprida
Pensamento curto
Te sobra malvadeza.
Sou o teu outro lado
Sou teu lado errado
Como tanto dizes
Sou tua diferença
Tua arranhadura
E tuas cicatrizes.

(Dedo na cara, de Vital Lima).

Dedos que apontam caminhos
são os mesmos que me apontam.
E as mãos que às vezes me acenam
às vezes me desapontam.
Por isso esse olhar de cisma,
por medo do dedo em riste.
Por isso, esse “Deus me livre!”
E esse sorriso triste.

(Éver Silva)

“O que danado é fio terra?”, pergunta Sonsinho durante um entrevero de cama com Madame Preciosa, a insaciável.

Fecharam o paletó do dedo duro
Pra nunca mais apontar
A lei do morro é barra pesada
Vacilou levou rajada na idéia de pensar.

(Bezerra da Silva)

Já fui dedógrafo, campeão em agilidade numa Remington ou Olivetti, o dedo mais rápido do oeste. Fui escrivão de polícia, que mudava o papel na máquina enquanto o delegado sapecava os cinco dedos na cara do acusado. Hoje, meus dedos estão entrevados e tortos por causa da artrite. Mas têm história pra contar...!

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